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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vídeo do discurso de José Eduardo Dutra que deixa a presidência do PT para cuidar da saúde

"Para que serve a monarquia inglesa" - texto do jornal britânico Socialist Worker

Publicado em 28.04.11 – Por Socialist Worker / Versão em português do site Revolutas>]

Por que ainda temos uma monarquia? A Inglaterra abriu o caminho na luta para abolir poder absolutista da monarquia, quando o Rei Charles I foi executado em 30 de janeiro de 1649.>

Foi logo após a Guerra Civil Inglesa entre forças leais à monarquia e as que defendiam o parlamento, lideradas por Oliver Cromwell.>

Apesar disso, a monarquia ainda reina na Grã-Bretanha, ao contrário de países como França, Alemanha e Rússia, onde foram derrubadas.>

Isto tem a ver, em parte, com a restauração da monarquia britânica após o governo de Cromwell.
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A cada vez mais poderosa classe dos comerciantes fez as pazes com a monarquia para recuperar a estabilidade social.>

Assim, Carlos II subiu ao trono em 1660, embora ele e seus sucessores desfrutassem de um poder bem menor que o que seu pai exercia.
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O poder na Grã-Bretanha de hoje não está nas mãos da rainha. Mas também não se está sob controle de nossos representantes eleitos.
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Quem controla o poder é a classe capitalista, os que enriquecem à custa do resto de nós. A realeza age como um símbolo de classe.
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Sua utilidade está na participação em missões comerciais e como atração turística ajuda a manter a imagem do sistema britânico de classe como algo “natural”.

A monarquia é um golpe de relações públicas em favor do capitalismo britânico.>Nossos governantes, políticos e a mídia ainda nos encorajam a olhar a realeza com respeito e temor.

Se nós veneramos nossos supostos superiores dessa maneira, significa que somos menos tentados a tomar medidas contra as condições sob as quais temos que viver.
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Espera-se que a lealdade à monarquia unifique o povo inglês como uma família que estaria de certa forma acima da política, unidos como britânicos, não importa a que classe pertençamos.
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Muitas pessoas acreditam que a monarquia é vital para a manutenção de um sistema parlamentar estável.
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Para alguns, mesmo na esquerda, a idéia de reformar gradualmente o país depende de que esse sistema funcione.
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Mas os socialistas deveriam rejeitar essa idéia. Ela implica concordar com o argumento que diz que outros aspectos do Estado também são neutros, como a polícia e juízes. E sabemos que não é o caso.

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O Estado existe para defender os interesses da classe dominante. Na sociedade capitalista, isto significa defender os patrões.>

Houve uma tentativa para tentar mostrar a monarquia como pessoas que estão "fazendo sua parte" nos últimos anos.

Elas até tentam se comportar como pessoas comuns.>Este casamento não é exceção.

A origem de classe média alta de Kate Middleton tem sido usada para dar a idéia de que a monarquia está se modernizando e permitindo que "novos ricos" participem de seu círculo restrito.>

Faz parte de um projeto de reabilitação da imagem de uma monarquia que vem perdendo apoio rapidamente nas últimas décadas.>

A imagem começou a ficar arranhada nos anos 1980 e 1990 quando a mídia começou a mostrar detalhes sobre a vida de luxo de que desfrutava a realeza às custas do Estado.>

A revolta aumentou durante o período de recessão em que o governo conservador iniciou ataques brutais contra os trabalhadores.>

Logo em seguida, o conto de fadas sobre casamentos reais também começou a desmoronar.>Em 1992, três dos filhos da rainha, Charles, Anne e Andrew, haviam se divorciado publicamente.
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No mesmo ano, o Castelo de Windsor, uma das muitas residências da realeza, pegou fogo. O prejuízo foi pago pelas pessoas comuns.>

Tablóides>

A popularidade da monarquia caiu tanto que a realeza teve que se adaptar. A rainha concordou em pagar imposto de renda pela primeira vez (usando o dinheiro que tira de nós) e turistas foram autorizados a visitar o Palácio de Buckingham (pagando uma taxa).>

Mas essas reformas fizeram pouco para melhorar a popularidade da realeza.>

Em 1994, Charles e Diana se divorciaram após vários anos em que sua vida privada ter sido uma fonte de notícias para os jornais sensacionalistas. Diana morreu em um acidente de carro em 1997.>

Ela não era uma plebéia, mas a percepção de que a família real não a respeitava porque não seria fina o bastante atingiu a popularidade da monarquia ainda mais fortemente.>

Hoje existe pouco entusiasmo com a realeza, apesar de todo o frenesi da mídia com o casamento. A ideia de que Deus escolheu a família real para nos governar já foi amplamente aceita. Poucos acreditam nisso, agora.>

Mas num momento em que temos um governo de milionários que estudaram em escolas de elite, a promoção da monarquia é parte do esforço da elite para reafirmar seu domínio sobre nós.>

A monarquia é parte do sistema capitalista no país.>

Somente através de uma mudança revolucionária é que podemos nos ver livre desse sistema de classes e todos os seus absurdos.>

Até isso acontecer, nossa sociedade continuará a ser governada por um poder que não foi eleito, cujo trabalho é manter o resto de nós em nosso lugar. 

Postado no Piratininga.org

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Globo chega aos 46 anos com o menor ibope da história

Do R7
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Nesta terça-feira (26), quando completou 46 anos de existência, a Globo recebeu de presente uma notícia nada agradável. Dados apontaram que a emissora teve somente 16,2 pontos de média de audiência do início do ano até agora, entre 7h e 0h na Grande São Paulo. Esse resultado está 0,3 ponto abaixo da média registrada ao longo de todo o ano de 2010 e é o mais baixo registrado pela emissora do Jardim Botânico, desde sua fundação.
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As quedas de audiência da Globo vêm se acentuando desde 2006. Naquele ano, a emissora registrava média de 21,4 pontos, ou seja, 5,2 pontos a mais do que tem apresentando atualmente. Esse número representa também o terceiro recuo consecutivo em três anos e indica uma queda de cerca de 26% em relação ao maior ibope obtido pela Globo nos últimos dez anos: 21,7 pontos em 2004.
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Como não houve uma mudança grande no número de televisores ligados nesse mesmo período, esses dados mostram que a Globo perdeu telespectador, seja para outras emissoras abertas, canais fechados ou DVDs.”
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Leia na íntegra aqui
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Postado no blog do Saraiva

25 de Abril 1974 - Revolução dos Cravos

PSDB utiliza R$ 32 mil do Fundo Partidário para comprar ração animal

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Depois da falta de exemplo do tucano Aécio Neves ao dirigir alcoolizado, com carteira de habilitação vencida, e negar-se a fazer o teste do bafômetro...
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Depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedir para o PSDB esquecer o povão e dar atenção apenas aos ricos...
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O Partido do Senador Dirigindo Bêbado dá mais um exemplo para a nação brasileira... 
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Na Paraíba, o PSDB utilizou o dinheiro do fundo partidário para comprar... 
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RAÇÃO PARA CACHORRO!
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PSDB da PB utiliza R$ 32 mil do Fundo Partidário para comprar, entre outras coisas, ração animal
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“Não podemos apenas aplicar essa pena, pois o caso é grave”
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A Corte do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) ficou surpresa na tarde desta terça-feira (26) ao analisar as contas do PSDB paraibano referente ao exercício financeiro de 2009.  É que a direção estadual do PSDB paraibano utilizou R$ 32 mil do Fundo Partidário para, entre outras coisas, comprar ração animal.
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Ao relatar o fato, o desembargador Genésio Gomes chegou a conclusão de que a verba tinha sido utilizada indevidamente já que o dinheiro do Fundo Partidário não pode ser utilizado para compra de produtos, como por exemplo ração.
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No seu voto, o relator pediu a reprovação das contas e condenou o PSDB paraibano a devolver os R$ 32 mil ao Fundo Partidário de forma parcelada e também pela suspensão do repasse do dinheiro ao partido. Apesar de votar pela punição, o relator não informou quais foram as outras coisas adquiridas pelo partido, além da ração.
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Na ocasião, a juíza Niliane Meira não concordou com o relator e disse que a pena estava muito branda pela gravidade do ocorrido e pediu vista para analisar melhor o caso. “Não podemos apenas aplicar essa pena, pois o caso é grave”, disse.
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O caso da ração do PSDB deve voltar a pauta de julgamento no TRE na próxima terça-feira (3).
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Postado no Folha 13
Com PolíticaPB

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Chico Buarque - Tanto Mar

MEC já trabalha com metas do Plano Nacional de Educação

A grande ousadia do Plano Nacional de Educação, em tramitação no Congresso Nacional, é fixar metas de qualidade. A afirmação é do ministro Fernando Haddad, em seminário realizado na noite desta terça-feira (26) Brasília, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino – Andifes. “Em um país que nunca valorizou os processos educacionais, nós estamos dando um salto histórico”.
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Com relação à fixação de um volume de investimento obrigatório em Educação, o ministro Fernando Haddad explicou que só uma emenda constitucional pode evitar um veto presidencial, como ocorreu no PNE anterior, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso praticamente inviabilizou as propostas apresentadas ao cortar os recursos necessários para implementá-las. “Desta forma, cabe ao Congresso Nacional fixar este percentual”.
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Haddad reconheceu que todos os textos enviados pelo Ministério da Educação ao Congresso Nacional saíram de lá mais bem acabados do que chegaram.
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 “Com uma única exceção, o do PL do Prouni, que piorou com a intervenção dos parlamentares”. O ministro disse não ver razão para que o PNE não seja aprovado ainda este ano na Câmara. “Talvez, tenha dificuldades no Senado. O único problema disso é a aprovação dos planos regionais. Da parte do MEC nós já estamos trabalhando com as metas propostas”, disse o ministro.
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Postado no Site da Undime

Negras e com baixa escolaridade são maioria das trabalhadoras domésticas

Roberta Lopes
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Repórter da Agência Brasil
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Brasília - Mulheres negras e com baixa escolaridade formam a maioria das trabalhadoras domésticas brasileiras. Em entrevista por ocasião do Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas, a presidente da federação da categoria, Creuza Maria de Oliveira, disse que no Brasil a atividade deriva do trabalho escravo e por isso grande parte da categoria é negra. “O trabalho doméstico no Brasil é executado por mulheres negras, que não tiveram a oportunidade de ir para uma faculdade [por exemplo] e o trabalho que é valorizado é o acadêmico”, afirmou.
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A assistente de programas da Organização das Nações Unidas para as mulheres, a ONU Mulheres, Danielle Valverde, afirmou que a maioria das trabalhadoras domésticas não chega a concluir o ensino básico.  
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“É um trabalho que tem grande componente de gênero, porque é exercido por mulheres, e também étnicorracial. No caso do Brasil, é feito por mulheres negras. Na América Latina, é um emprego exercido em grande parte por mulheres indígenas”, afirmou.
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Ela disse ainda que grande parte das empregadas domésticas tem direitos legalmente reconhecidos, como a Carteira de Trabalho assinada e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas que na prática eles ainda não são considerados.
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“Embora seja definido pela legislação que devem ter a carteira assinada, ainda estão na informalidade. Isso significa falta de acesso a uma série de direitos como o  Instituto Nacional do Seguro Social [INSS], a licença-maternidade e o seguro-desemprego por falta da assinatura [da carteira]”.
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Daniella afirmou também que o Artigo 7º da Constituição Federal garante esses direitos, mas não obriga os patrões a concedê-los. ”A Constituição Federal, no Artigo 7º, ainda não garante a igualdade de direitos em relação a outras categorias. Por exemplo, o  FGTS ainda é facultativo para as empregadas domésticas. Os empregadores ainda não são obrigados a pagar o fundo de garantia.”
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Creuza, por sua vez, disse que há 36 anos as trabalhadoras domésticas garantiram esses direitos, mas é necessário que os patrões mudem de mentalidade e os reconheçam. “Estamos na luta para que haja mudança de mentalidade dos empregadores, que é o reconhecimentos das leis. No Brasil há 8 milhões de trabalhadoras domésticas, mas 80% não têm carteira assinada nem contribuição para a Previdência”, informou.
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Para a presidente da federação que representa a categoria, ainda falta às trabalhadoras domésticas garantir o direito à hora extra, ao salário família, seguro-desemprego e auxílio por acidente de trabalho. “Estamos lutando ainda por equiparação de direitos aos de outros trabalhadores”, acrescentou.
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Edição: Graça Adjuto
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Postado no Agência Brasil

A disputa Facebook-Orkut no Brasil

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Os números das redes sociais no Brasil:
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Do JB
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JB online
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O Facebook já ultrapassou o Orkut no Brasil quando a unidade de medida é o tráfego de internet. Em número de usuários, o Orkut segue muito superior no país. Segundo dados da comScore, o Facebook teve quase 18 milhões de visitantes únicos em fevereiro, contra 32 milhões do Orkut. Mas quando se leva em conta o número de usuários e de page views, tráfego medido pela Alexa, o jogo vira. No último mês, segundo o Alexa, o tráfego no Facebook representou 6.2% do total no País, contra 2,1% do Orkut.
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O Facebook já vinha dando sinais de crescimento maior que o Orkut no Brasil, único país em que a rede social do Google segue líder em número de usuários. No ano passado, o Orkut fechou um ano com crescimento de 45,5% no ano passado, contra 2,85% da rede de Mark Zuckerberg.
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Ainda assim, o Brasil tem uma fatia muito pequena do tráfego total do Facebook no mundo, com apenas 2,2%. Já quando o assunto é Orkut, o Brasil tem 98,4% do tráfego mundial do site.
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Brasil é 3º em lista de países com maior penetração do Twitter
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Brasil é o país com a terceira maior penetração do Twitter no mundo, de acordo com uma pesquisa divulgada pela comScore nesta terça-feira. Com 23% de uso entre os usuários de internet com mais de 15 anos e que acessam a web de casa ou no trabalho, o Brasil perde para Holanda e Japão no ranking.
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A Holanda lidera a lista, com uma penetração de 26,8%, seguida de perto pelo Japão, com com 26,6%. Em seguida vem o Brasil, com 23%, Indonésia (22%), Venezuela (21%) e Canadá e Argentina (com 18% cada).
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Mídia lamenta “esfarelamento” da direita

Por Altamiro Borges
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A mídia demotucana está apavorada com o esfarelamento dos partidos da direita nativa. Editorialistas e “calunistas” tentam entender o que se passa. Como autêntico partido da oposição, conforme confessou no ano passado Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a mídia teme ficar ainda mais isolada.
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O Globo quer cassar o PSD
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Em seu editorial de hoje, O Globo parte para o desespero. Ele critica os “oposicionistas inseguros que debandam em busca do remanso no bloco situacionista”. O alvo da sua ira é o PSD, “legenda de conveniência do prefeito Gilberto Kassab”. Acuado, o jornalão da famiglia Marinho prega abertamente a cassação dos mandatos dos “adesistas”.
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“Não se nota qualquer forte justificativa para a Justiça permitir que a fidelidade partidária seja atropelada nesse surto de adesismo”, esbraveja O Globo. O seu temor é com a ampliação da base de apoio do governo Dilma, que “contraria a vontade do eleitor”, alega o jornal, o mesmo que apoiou o golpe militar e tantas outras tramóias. Haja cinismo!
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Folha chora “revoada da oposição”
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No mesmo rumo, editorial da Folha lastima a “revoada na oposição”. Para a famiglia Frias, “a saída de seis vereadores do PSDB paulistano evidencia conflito Alckmin-Kassab e amplia o desgaste entre oponentes do governo federal”. O jornal até trata a briga como “paroquial e provinciana”, mas reconhece que a oposição vive uma situação “desesperante”.
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“O racha no partido e a exposição agora aberta da rivalidade entre Alckmin e Kassab dificultam eventual candidatura de José Serra em 2012. Citado como único nome capaz de ainda unir prefeito e governador na sucessão municipal, Serra encontrará no quintal de sua própria casa um terreno mais minado do que imaginava”, aponta o jornal serrista.
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Desespero dos serviçais de FHC
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Os sinais de desespero da mídia são risíveis. A cada nova desgraça – demos e tucanos ingressam no PSD, Alckmin e Serra se bicam com violência, Aécio é detido em blitz policial –, a mídia demotucana se contorce. Alguns colunistas inclusive já decretaram o “desmanche da oposição”, a sua falência múltipla e completa.
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Rubens Barbosa, ex-embaixador de FHC em Washington, colunista do Estadão e estrela da TV Globo, é um dos mais deprimidos. Em artigo publicado hoje no Estadão, ele choraminga: “As três últimas derrotas do PSDB em eleições presidenciais deixaram a oposição sem discurso e sem bandeiras – como a modernização do país e as privatizações –, cujos resultados positivos foram renegados três vezes, pelo próprio partido, durante as campanhas eleitorais”.
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A mídia é a verdadeira oposição
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Ele até reforça a tese de Judith Brito. “De maneira competente, o governo do PT ocupou todos os espaços políticos. A oposição, reduzida aos pronunciamentos parlamentares, teve pouca relevância e influência no processo político, pela dificuldade de ser ouvida pela sociedade. O papel da oposição, em larga medida, foi representado pela mídia”.
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Mais resignado, Fernando de Barros e Silva, colunista da Folha, até zomba da crise demotucana. “Roupa suja se lava em casa. Sim, mas a oposição já não tem roupa, está pelada no meio da rua, exibindo a sua crise em praça pública. Perdeu, literalmente, a vergonha de mostrar seus vexames. A nudez é tanto do DEM quanto do PSDB”.
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Para ele, o “esfarelamento da oposição” é inevitável e o clima de guerra entre os demotucanos deve piorar ainda mais. Como prova, ele cita a reação furiosa do demo-ruralista Ronaldo Caiado, que disparou no seu twitter: “Que os coveiros fracassados sigam o caminho adesista e de traição”. A mídia chora, mas não deixa de ser divertida a briga da direita!
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Postado no blog do Miro

Cuidado, Serra: vem aí o PSDEMB…

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo noticia o jornal O Globo. confessou hoje  entendimentos sobre a fusão do PSDB com o DEM. Porém, ele afirmou que as conversas ainda são preliminares.
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Quanto ao que seriam “entendimentos preliminares”  para a união estável entre tucanos e  demos , deixo que meu malicioso leitor imagine.
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Estamos na iminência de um quatro partidário inacreditável na oposiçao. Uma luta entre o PSD(EM)B  e o PS(de Serra)D. Ou, como dizia o meu avô, o diabo e o coisa-ruim.
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Fernando Henrique, louco para detonar Serra, o manco, contemporiza com a revoada tucana em direção ao partido de Kassab, naquele jeitão “cult” que diz nada de maneira complexa, vejam só:
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-  Esse esforço (de coesão) implica que as várias tendências do partido entendam que tendências são normais, que opções por pessoas são normais. O que não é normal é ruptura, em função seja de personalismo, seja da falta de aceitação da diversidade. Ninguém pode pregar a democracia, que implica pluralidade, se não a pratica. Temos de ter pluralidade interna, expressão da nossa divergência, mas também uma coesão. Deixo um apelo pela unidade.
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Sei… Unidade? Não tem unidade, coisa nenhuma, para Fernando Henrique que não passe pelo reconhecimento de sua magna liderança. Ele não perdoa Serra pelo “lulismo” hipócrita que este praticou – inclusive “exilando-o”  -  no início da campanha, mas não desdenha a força que este acumulou.
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Está evidente que ele vai se apresentar como fiador da composiçao entre os dois grupos nas eleições municipais.  Como ter um candidato do PSDemB  e outro do PS(erra)D?
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Fernando Henrique é o ACM com doutorado.
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Postado no Tijolaco do Brizola Neto

Luiz Couto defende preservação da Caatinga

Os Deputados da bancada do PT na Câmara defenderam nesta segunda-feira (25) a aprovação da PEC 115/95, de autoria do ex-deputado Pedro Wilson (PT-GO), que reconhece a caatinga, o cerrado e o pampa entre os biomas nacionais. Segundo os parlamentares, que participaram de sessão solene em homenagem ao Dia Nacional da Caatinga (28 de abril), pesquisas apontam que 59% do bioma caatinga já foram destruídos em função da ocupação indevida, do agronegócio, do avanço da cana de açúcar e pela produção de carvão. Com o reconhecimento, esses biomas passariam à condição de patrimônio nacional e teriam garantidos em lei a sua preservação.
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Autor do requerimento para a solenidade de homenagem, o deputado Assis Carvalho (PT-PI) denunciou o crescente desmatamento da caatinga e propôs uma mobilização em favor da inclusão da PEC na pauta de votações do Plenário. "A caatinga é o único bioma genuinamente brasileiro. Até quando vamos conviver com a degradação da caatinga, do cerrado e do pampa? O Brasil precisa reconhecer imediatamente esses biomas como patrimônio nacional", defendeu. Segundo o parlamentar, a caatinga é encontrada em 850 mil quilômetros quadrados em área contínua que abrange os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e o norte de Minas.
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Ainda segundo o deputado, a caatinga é o terceiro bioma mais fragilizado e ameaçado de extinção no País, perdendo apenas para a mata atlântica e o cerrado. "É preciso acabar com o estigma de que a caatinga não tem valor. O Brasil precisa ter compromisso com o semi-árido, com Nordeste e com a imensa riqueza da sua biodiversidade", afirmou.
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Presente na solenidade, o deputado Luiz Couto (PT-PB) reclamou da demora na aprovação da proposta e sugeriu uma ampla mobilização para acelerar a aprovação da PEC. "Neste dia temos que fazer uma profunda reflexão sobre todo o processo de destruição e degradação da caatinga, do cerrado e dos campos sulinos. Vamos juntar forças para aprovar essa PEC e instituir uma política de preservação desses importantes biomas", defendeu.
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Luiz Couto explicou que a PEC já esteve diversas vezes na pauta de votação, mas sempre contou com algum impedimento que impediu a votação.
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Caatinga: Um patrimônio nordestino
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A Caatinga é uma vegetação adaptada às condições de aridez (xerófila), de fisionomia variada ocupa cerca de 11% do território nacional, abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais. Na cobertura vegetal das áreas da região Nordeste, a Caatinga representa cerca de 800.000 km2, o que corresponde a 70% da região.
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De modo geral, a Caatinga tem sido descrita na literatura como pobre e de pouca importância biológica. Porém, levantamentos recentes mostram que este ecossistema possui um considerável número de espécies endêmicas, ou seja, que ocorrem somente nesta região, e que devem ser consideradas como um patrimônio biológico de valor incalculável.
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Além da importância biológica, a Caatinga apresenta um potencial econômico ainda pouco valorizado. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a canafistula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destaca-se o umbu, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicinais, encontra-se a aroeira, a braúna, o quatro - patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entr e outras.
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Porém, este patrimônio nordestino encontra-se ameaçado. A exploração feita de forma extrativista pela população local, desde a ocupação do semi-árido, tem levado a uma rápida degradação ambiental. Segundo estimativas, cerca de 70% da Caatinga já se encontram alterados pelo homem e, somente 0,28% de sua área se encontra protegida em unidades e parques de conservação. Estes números conferem à Caatinga a condição de ecossistema menos preservado e um dos mais degradados.
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Como conseqüência desta degradação, algumas espécies já figuram na lista das espécies ameaçadas de extinção do IBAMA. Outras, como a aroeira e o umbuzeiro, já se encontram protegidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção. Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado catingueiro e capivara), as aves (ararinha azul, pombas de arribação) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural.
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A Paraíba é o 6º em maior percentual de degradação da Caatinga
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Com 56.439 quilômetros quadrados (km²) de área territorial, a Paraíba possui 51.357 km² de seu território composto pela Caatinga, o que equivale a mais de 90%. Nos últimos anos, entretanto, essa biodiversidade está ameaçada.
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Um levantamento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente entre os anos de 2002 e 2008, revela que o Estado perdeu 1.013 km² da vegetação por conta da devastação ambiental.
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O número não parece expressivo, mas representa uma área superior à soma das áreas dos municípios e Campina Grande (621 km²) e João Pessoa (211 km²), que equivalem a 832 km². Fazendo-se o comparativo anualmente, o território paraibano perdeu aproximadamente 168 km² a cada 12 meses. Em outras palavras, uma área de Caatinga maior do que muitos municípios, a exemplo de Teixeira (114 km²), Maturéia (84 km²) e Lagoa Seca (109 km²) sumiu do mapa. Até 2002, o Estado havia perdido 22.342 km² de Caatinga.
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No ranking dos Estados que mais perderam vegetação, a Paraíba aparece na 6ª posição. Em primeiro está a Bahia, com uma área desmatada de mais de 4,5 mil km². Logo depois surge o Ceará, com 4,1 mil km² e o Estado do Piauí, com 2,5 mil km² de área devastada. Pernambuco perdeu 2,2 mil km² e o Rio Grande do Norte 1,1 mil km² de área. Após a Paraíba aparecem Minas Gerais, com 359 km²; Alagoas, que perdeu 353 km² de Caatinga; Sergipe com 157 km² e o Maranhão, com 97 km² de área.
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Do Site PT na Câmara com informações do Portal PT Paraíba

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os adoradores de dinheiro e o deus mercado

sábado, 23 de abril de 2011

FHC e os que ignoram o povo

O povão e a rejeição às mudanças
Francisco Viana
De São Paulo
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Não tenho dúvidas de que no futuro Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, não merecerá dos historiadores mais do que uma nota de pé de página. Todos os que ignoram o povo seguem a mesma trilha. Portanto, não estou fazendo um exercício metafísico de futurologia, mas registrando uma tendência facilmente constatável. Se havia dúvidas quanto a este destino inexorável, estas foram dissipadas pela forma com que Fernando Henrique tratou o chamado "povão"- palavra horrível e politicamente incorretíssima pois o que existe é o cidadão ou o povo, no sentido amplo - em artigo publicado pela revista Interesse Nacional.
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Como se trata de uma nota de pé de página na história, não merece continuar os comentários. O que precisa ser discutido é outra coisa: há no Brasil uma tendência da direita tentar parecer esquerda ou progressista. Isto vem desde os tempos da ditadura quando múltiplos personagens, inclusive Antonio Carlos Magalhães, notório sustentáculo dos militares, se colocaram contra o regime e a favor da democratização. Na realidade, compreenderam mal o Brasil. Ou, o que é mais correto, tentaram dar uma nova aparência à velha essência conservadora. Autoritária, mesmo. Tentaram agir como os antigos pitagóricos. Ambicionavam um mundo ordenado por eles, um governo de eleitos, os ditos sábios ou mais preparados, distantes do povo, aquilo que vulgarmente se chama de povão.
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Pensavam num governo hierarquizado. Com claro distanciamento aristocrático da sociedade, imaginavam que se sairiam muito bem. Tudo ficaria em seus lugares, como números e dali não sairiam. Estátuas sociais imóveis. A conformação (provisória) dessa hipótese veio de duas formas: a primeira, com a eleição de Collor, a segunda com a destituição deste da presidência. Parecia ir tudo muito bem, quando Lula se elegeu e mostrou, claramente, que o governo dos "aristóis", os aristocratas, tinha fôlego curto. E realmente teve. Prevaleceu uma alternativa muito mais real, muito mais em movimento, muito mais testada pela prática e não por uma visão de teoria. O ordenamento matemático do mundo não deu certo. Prevaleceu o processo de multiplicidade de ações e visões de mundo.
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Por isso, paira a questão: que democracia iremos ter? Que democracia desejamos construir? Uma democracia que inclua amplas massas? Tudo indica que sim. A sociedade está em conflito com as empresas, com o Estado, com a visão tradicional da política. A sociedade quer participar de verdade. E, nesse sentido, abre espaços. Portanto, a sociedade diz não ao governo pitágorico - aqueles filósofos antigos que viam a matemática, isto é o ordenamento, como a ciência primeira e inquestionável - sempre trouxe prejuízos, e imensuráveis, ao pais. A grande massa a ser incluída é consequência dessa autêntica catástrofe. Foi a forma trágica que a sociedade encontrou para contestar o cientificismo social da direita.
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A exclusão da esquerda do processo político foi, por outro lado, uma dessas conseqüências. Dramática, coberta de sangue, um sangue que a direita não limpará jamais e que a nova direita tenta esquecer, fazer de conta que não existe ou não existiu. Muitos tucanos sempre se declararam de esquerda, mas quando a realidade impôs que tirassem ou mantivessem as máscaras, penderam a direita, defendo uma democracia não participativa. Viraram as costas às mudanças, às reformas. O próprio tucano busca afirmar que derrotou Lula duas vezes. Na realidade, a questão é outra: por duas vezes venceu a ilusão, mercadejada amplamente, na disputa com a realidade. É a realidade é o que se afirma hoje: a participação da sociedade.
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Claro, é uma participação ainda incipiente. Fosse diferente, não teríamos uma autêntica guerra contra os governos e as empresas privadas para fazer prevalecer direitos, para organizar as relações entre a infra-estrutura e a super- estrutura social ( ou seja, o fazer novo, democrático, e uma concepção antiga do fazer). A realidade é que o cidadão - o dito povão, porque povão para os "aristóis" são todos, incluindo as classes medias - ainda se encontra bastante desprotegido e sem meios para ocupar o seu lugar.
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A justiça é lenta, cara e de difícil acesso, por exemplo. Se discute e se muda quase nada a economia política, a infra-estrutura é precária e ainda vivemos muito em função do consumo. Em resumo, uma vida ainda medíocre - no sentido original do termo de mediana, de baixa qualidade. Mas, há liberdade e não há esse sentido vulgar do governo dos eleitos, como se a sociedade fosse uma matemática, com seus números, sua cientificidade organizacional e suas hierarquias, começando dos melhores, os mais sofisticados, para os mais simples. Como se existisse o UM, todo poderoso, a determinar regras, princípios, atitudes, enfim, o que fazer e o que não fazer.
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Esse tipo de postura é pura nota de pé de página na história. Puro quase nada, sem nenhum demérito para as notas de pé de páginas que acrescentam informações, diferentemente das notas de pé de página política que traduzem a carência de virtù, ou seja, a incapacidade para mudar o destino. Portanto, é preciso olhar de muito perto o discurso tucano e ver, por exemplo, que a critica a inflação é uma critica meramente retórica. Não mobiliza a sociedade, mantém a sociedade distante dos acontecimentos, tal como imaginava Dom Pedro I. Não é uma atitude democrática, mas uma atitude aristocrática. Pitagórica na essência, sem novidade na história brasileira. Uma repetição de um Brasil imóvel, contra um Brasil que se recria e se revela móvel, determinado a se superar e criar uma grande democracia social.
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Francisco Viana é jornalista, mestre em filosofia política pela PUC-SP, consultor de empresas e autor do livro Hermes, a divina arte da comunicação. É diretor da Consultoria Hermes Comunicação estratégica.
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Postado no blog do Saraiva

Estudo liga homofobia à excitação homossexual

WASHINGTON – A teoria psicanalítica defende que a homofobia – o medo, ansiedade, raiva, desconforto ou aversão que algumas pessoas ostensivamente heterossexuais sentem por indivíduos gays – é o resultado de impulsos homossexuais reprimidos dos quais a pessoa não tem consciência ou os quais nega. 
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Um estudo publicado em agosto de 1996 na publicação científica Journal of Abnormal Psychology, da Associação Psicológica Americana (APA), fornece novas evidências empíricas que são consistentes com essa teoria.
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Pesquisadores da Universidade da Geórgia conduziram um experimento envolvendo 35 homens homofóbicos e 29 homens não-homofóbicos, classificados de acordo com um índice de homofobia. Todos os participantes selecionados para o estudo se descreveram como exclusivamente heterossexuais ambos em termos de excitação e experiência.
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Cada participante foi exposto a estímulos sexualmente explícitos consistindo em vídeos para heterossexuais, para homossexuais masculinos e para lésbicas (mas não necessariamente nessa ordem). Seu grau de excitação sexual foi medido por pletismografia peniana, que mede precisamente e registra o inchaço peniano.
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Homens em ambos os grupos (homofóbicos e não-homofóbicos) excitaram-se no mesmo grau pelo vídeo mostrando comportamento heterossexual  e pelo vídeo mostrando duas mulheres fazendo sexo. A única diferença significativa no grau de excitação entre os dois grupos ocorreu quando assistiram ao vídeo mostrando sexo homossexual masculino: “Os homens  homofóbicos mostraram um aumento significativo na circunferência peniana ao assistir ao vídeo homossexual masculino, mas os controles [não-homofóbicos] não mostraram este aumento.”
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Analisadas mais profundamente, as medidas mostraram que enquanto 66% dos não-homofóbicos não mostraram inchaço peniano enquanto assistiam ao vídeo homossexual masculino, apenas 20% dos homens homofóbicos mostraram pouca ou nenhuma evidência de ereção. Similarmente, enquanto 24% dos homens não-homofóbicos mostraram ereção completa ao assistir ao vídeo homossexual, este número foi de 54% para os homens homofóbicos.
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Quando foi pedido que dessem sua avaliação subjetiva do grau com o qual se excitaram ao assistir cada um dos três vídeos, homens dos dois grupos deram respostas que seguiram de perto os resultados das medidas psicológicas objetivas, com uma exceção: os homens homofóbicos subestimaram significativamente seu grau de excitação causado pelo vídeo homossexual masculino.
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Estes achados significam, então, que a  homofobia em homens é uma reação a impulsos homossexuais, como a psicanálise teoriza? Enquanto a descoberta é consistente com essa teoria, os autores da pesquisa notam que há uma explicação teórica alternativa: ansiedade. De acordo com essa teoria, assistir ao vídeo homossexual masculino  pode ter causado emoções negativas (como ansiedade) nos homens homofóbicos, mas não nos homens não-homofóbicos. Como os autores notam, ‘foi mostrado que a ansiedade pode aumentar a excitação e a ereção’, então também é possível que ‘uma resposta a estímulos homossexuais [nestes homens] seja uma função da condição ameaçadora em vez de excitação sexual por si. Essas noções alternativas podem e devem ser avaliadas em pesquisas futuras’.
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Postado no Bule Voador

Lula, Dilma e o futuro do Brasil

por Emir Sader
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Os brasileiros foram decidindo, ao longo dos últimos anos, o tipo de país que queremos. Lula tornou-se o presidente de todos os brasileiros, ancorado em um modelo econômico e social de democratização do país. Reformulou o modelo econômico e o acoplou indissoluvelmente a políticas sociais de distribuição de renda, de criação de emprego e de resgate da massa mais pobre do país. Dilma pretende consolidar essa hegemonia também no plano político.
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Mas a questão essencial, aberta, sobre o futuro do Brasil, não se dará nesses planos: o modelo econômico, submetido a difíceis e inevitáveis readequações, será esse, com aprofundamento e extensão das politicas sociais. A possibilidade do governo consolidar sua maioria e de se intensificar e estender a sangria da oposição, é muito grande.
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A questão fundamental que decidirá o futuro do Brasil se dá no plano dos valores. Nosso país foi profundamente transformado em décadas recentes. Esgotado o impulso democrático pela frustração de termos um governo que democratizasse o país não apenas no plano político e institucional, mas também nas profundas estruturas injustas e monopólicas geradas e/ou consolidadas na ditadura, sofremos a ofensiva neoliberal dos governos Collor, Itamar e FHC, que não apenas transformaram o Estado e a sociedade brasileiros, mas também os valores predominantes no país.
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O resgate no plano da economia e das relações sociais que o governo Lula logrou - e a que o governo Dilma dá continuidade – não afetou os valores predominantes instalados na década anterior. O justo atendimento das necessidades de acesso aos bens e serviços básicos de consumo da massa mais pobre da população foi acompanhada, pela retomada da expansão econômica, pela continuidade e a extensão dos estilos de consumo e dos valores correspondentes gerados no período anterior.
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Que valores são esses? Eles se fundamentam na concepção neoliberal da centralidade do mercado em detrimento dos direitos, do consumidor em detrimento do cidadão, da competição em detrimento do justo atendimento das necessidades de todos. É o chamado “modo de vida norteamericano”, que se difundiu com a globalização e com a hegemonia mundial que os EUA conquistaram no final da guerra fria, com o fim do mundo bipolar e sua ascensão a única potencia global.
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Trata-se de uma visão do mundo não centrada nos direitos, na justiça, na igualdade, mas na competição entre todos no mercado, esse espaço profundamente desigual e injusto, que não reconhece direitos, que multiplica incessantemente a concentração de riqueza e a marginalização da grande maioria.
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A extensão do acesso ao consumo para todos e o monopólio dos meios de comunicação – concentrados em empresas financiadas pelos grandes monopólios privados – favoreceram que as transformações econômicas e sociais não tivessem desdobramentos no plano da ideologia, dos valores, no plano cultural e educativo. No momento em que a ascensão social das camadas pobres da população ganha uma dimensão extraordinária, o tema dos valores que essas novas camadas que conseguem, pela primeira vez, ter acesso a bens fundamentais, fica em aberto que valores serão assumidos por esses setores, majoritários na sociedade brasileira.
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Não por acaso setores opositores, em meio a uma profunda crise de identidade, tentam apontar para essas camadas sociais ascendentes como seu objetivo, para buscar novas bases sociais de apoio. E o próprio governo tem consciência que na disputa sobre os valores desses setores ascendentes se joga o futuro da sociedade brasileira.
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Há várias questões pendentes, preocupantes, com que o governo Dilma se enfrenta. As readequações da política econômica não conseguiram ainda dar conta da extensão dos problemas a enfrentar: taxas de juros altas e em processo de elevação, desindustrialização, riscos inflacionários, insatisfação com o aumento do salario mínimo – para citar apenas alguns.
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Da mesma forma que as condições em que se dão obras do PAC revela como a acelerada busca dos objetivos do plano não levou devidamente em consideração as condições a que as empreiteiras submetem as dezenas de milhares de trabalhadores das obras mais importantes do governo federal. Jirau, Santo Antonio, Belo Monte – são temas que estão longe de ter sido devidamente equacionados.
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As mudanças, mesmo se de nuance, na politica externa, suscitam perguntas sobre se a equilibrada formulação de perseguir o respeito aos direitos humanos sem distinção do país, se reflete na realidade, quando inseridas em um mundo extremamente assimétrico, em que, por exemplo, o Irã é denunciado, enquanto os EUA – por Guantánamo – e Israel – pela Palestina – não são tratados da mesma forma. Em que a Líbia é bombardeada, enquanto se trata de maneira diferenciada a países em que se dá o mesmo tipo de movimento opositor, como o Iémen e o Bahrein, para citar apenas alguns casos. Se iniciativas que impeçam que se trate, objetivamente, de dois pesos, duas medidas, não forem tomadas, o equilíbrio que se busca não se refletirá no conflitivo e desequilibrado marco de relações internacionais.
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Mas a questão estrategicamente central - mencionada anteriormente - é a questão das ideias, dos valores, da cultura, das formas de sociabilidade. Nisso, as dificuldades na politica cultural (retrocessos, isolamento politico, ausência de propostas, falta de consciência da dimensão da politica cultural no Brasil contemporâneo), na educativa - com a indispensável e estreita articulação entre politicas educativas e culturais - e o seu desdobramento fundamental nas politicas de comunicação, são os elementos chave. Com a integração das políticas sociais – do Bolsa Família às praças do PAC -, das politicas de direitos – dos direitos humanos aos das mulheres e de todos os setores ainda postergados no plano da cidadania plena – deveria ir se constituindo uma estratégica ampla e global para promover e favorecer formas solidárias e humanistas de sociabilidade. Para que estejamos a favor do governo não apenas porque nossa situação individual está melhor, mas porque o principal problema que o Brasil arrasta ao longo do tempo – a desigualdade, a injustiça social, a marginalização das camadas mais pobres – tem tido respostas positivas e sua superação é o principal objetivo do governo.
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Foi criada no Brasil uma nova maioria social e politica, que elegeu, reelegeu Lula e elegeu Dilma. Trata-se agora de consolidar essa nova maioria no plano das ideias, dos valores, da ideologia, da cultura. Esse o maior e decisivo desafio, que vai definir a fisionomia do Brasil da primeira metade do século XXI.

O anticomunismo tacanho do Estadão

Reproduzo artigo de Saul Leblon, publicado no sítio Carta Maior:
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Trava-se nas páginas do Estadão uma disputa surda, que avança cabeça a cabeça para definir quem receberá o troféu "Almirante Pena Boto", inspirado no militar que presidiu a 'Cruzada Brasileira Anticomunista' nos anos 50/60.
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Baluarte dos valores 'liberais', que apoiou todos os golpes de Estado no país e na América Latina, com destaque para as campanhas 'jornalísticas' pela derrubada de Getúlio, em 54, de Goulart, em 64 e de Allende, no Chile, em 1973, o jornal exibe dois talentos frescos engalfinhados numa disputa até o pescoço.
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Um sociólogo/geógrafo e um comunicólogo da ECA colecionam credenciais ao panteão do udenismo lacerdista. No futuro, possivelmente, um deles será "o" editorialista do jornal. Um sucessor de Oliveiros S. Ferreira.
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O duelo de titãs enseja versões alternadas de anti-petismo típico dos egressos da esquerda, como é o caso, engajados na expiação pública de um passado convertido em moeda de troca de carreira e bajulação.
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No ano passado, na abertura do 8.º Congresso Brasileiro de Jornais, por exemplo, o sociólogo/geógrafo do Estadão (e também do Globo) denunciou a emergência de "democracias plebiscitárias" na América Latina. No seu entender, elas subtrairiam da imprensa o papel de mediador, para estigmatizá-la como um partido político, "um jogador da política", como qualquer outro.
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"O projeto da tirania plebiscitária", advertiu, "exige a eliminação do mediador, que é, no fundo, a eliminação da opinião pública". Um exemplo dessa ofensiva, segundo o colunista sociólogo, "para eliminar a imprensa e fazer com que o Estado converse diretamente com os cidadãos", seria o Blog da Petrobrás.
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Arrojado? Sem dúvida
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Justiça seja feita, porém, esta semana o comunicólogo e professor da ECA atropelou o sociólogo no derby dos novos vulgarizadores do conservadorismo nativo.
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Seu artigo neste 21 de abril não surpreende pela direção. Trata-se de uma variação na constante de manifestações recentes, mas condensa em uma única cápsula todos os cacoetes, chistes e coágulos tradicionalmente injetados no metabolismo do alvo intolerável da direita: Cuba. Nisso torna-se uma peça superlativa da vulgarização anticomunista.
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O socialismo em Cuba é um produto histórico, uma carpintaria política erigida sob relações de forças brutalmente adversas. Como tal enseja críticas, comporta avanços e desafia a rupturas renovadoras e desassombradas. O VI Congresso, gancho do artigo do comunicólogo, revelou-se uma porta aberta a essa saudável e urgente renovação histórica. Mas não é isso que avulta nas linhas em questão. O que emana ali é a férrea determinação em proclamar o fracasso irreversível da sociedade que ousou afrontar o império para se construir de forma diversa e solidária, a 145 quilômetros de Miami.
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Ignora-se olimpicamente o colapso estrutural decorrente do cerco iniciado em 19 de outubro de 1960, quando a administração Eisenhower impôs um embargo econômico aniquilador contra Cuba, até hoje mantido.
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O articulista prefere elidir esses incômodos. Aliviado da carga histórica, pode patinar o gelo fino do cinismo e carimbar a resistencia anti-imperialista cubana como 'a religião' do regime que nisso se ombrearia -rodopia nosso Baryshnikov dos salões liberais - à demonização norte-americana promovida pelo Estado iraniano.
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Nada como matar dois coelhos a serviço do mesmo minueto conservador. Mas a prioridade é clara.
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No momento em que Cuba abre um ciclo de renovação política, trata-se de subtrair ao povo cubano - à esquerda em geral, sejamos francos, esse é o ponto - a capacidade histórica de se reinventar no socialismo. É nisso que o artigo se credencia como um libelo de anti-comunismo visceral.
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Em nome do mesmo anticomunismo cego, Pena Boto denunciava ao "Globo", em 5 de outubro de 55, que um embrião de soviet germinaria no Brasil se a eleição de Juscelino Kubitschek fosse consumada: 'É indispensável impedir que Juscelino e Goulart tomem posse dos cargos para que foram indevidamente eleitos", convocava o almirante golpista.
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A profilaxia anticomunista fracassou; Boto escafedeu-se; seu parceiro de armas, Carlos Lacerda, exilou-se na embaixada de Cuba, onde teve imediata acolhida do ditador Fulgêncio Batista. A ilha então era um campo indiviso de bordel e miséria, povoado de gente barata integralmente disponível ao repasto dos magnatas norte-americanos. Não por acaso, esse passado de fastígio 'democrático' e relações carnais com o império merece silêncio obsequioso do comunicólogo da ECA que, pelo visto, não rompeu apenas com a esquerda, mas também com a honestidade histórica. 
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Postado no blog do Miro

Relatório revela que a igreja católica de SP teria planejado golpe contra o governo em 1980


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O assunto ganhou repercussão com a matéria publicada em um dos principais jornais do país. O texto revela que a igreja católica de São Paulo tinha a intenção de derrubar o governo do país, nos anos 80. O objetivo da cúpula da igreja paulista seria criar um estado religioso independente do vaticano. O relatório sobre o possível golpe da igreja foi produzido em 1980, no 4º Comando Aéreo Regional de São Paulo
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Postado no R7
Com OpenSante

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lula e a Reforma Politica

Evangélico pirado: Homem escuta ‘voz divina’ e persegue menina de 13 anos

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Uma “voz divina” fez com que Vitor Escossia dos Santos, de 27 anos, parasse atrás das grades. Ele foi preso nesta terça-feira à noite, depois de perseguir uma adolescente de 13 anos por dois dias seguidos, em Nilópolis. Vitor foi indiciado por perturbação do sossego alheio e só foi preso porque estava foragido, por furto. O crime foi cometido em 2006.
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A inusitada história do homem que diz ouvir a voz de Deus começou no domingo, quando a garota cruzou por ele enquanto estava a caminho de uma igreja evangélica.
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Transmissão de pensamento
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A adolescente, que pertence ao grupo de coreografia da igreja, passou em silêncio pela rua, mas Vitor disse ter ouvido a sua voz, transmitida por pensamento.
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— Ela disse: “se arruma que eu vou para a igreja com você”. Ela falou isso... Em pensamento! — contou Vitor, com as sobrancelhas esticadas, em entrevista na 57ª DP (Nilópolis), onde foi preso.
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Depois, disse ter ouvido a voz de Deus, ordenando que ele casasse com a menor. Vitor tomou banho e trocou de roupa, como quem se arruma para conhecer a mulher da sua vida. 
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Vitor se apresenta a quem acredita ser sua futura esposa
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Sem terno e gravata, mas acreditando que conheceria a sua futura esposa, ele foi à igreja. Antes de sentar ao lado da menina, na terceira fileira da igreja, Vitor pediu licença. Depois, perguntou o nome da garota e passou a olhar fixamente para ela.
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Com os olhos arregalados, Vitor não piscava: apenas sorria, com uma expressão estranha. A garota se assustou e levantou do local onde estava.
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— Ele perguntou o meu nome e eu respondi. Depois, saí de perto e ele veio atrás de mim.
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Homem tenta pular muro para se aproximar de menina
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A garota buscou refúgio numa casa, que também pertence à igreja. Vitor a perseguiu. Ela fechou o portão.
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Vitor não desistiu e tentou pular o muro. O pastor tentou impedi-lo e quase foi agredido.
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Perseguição por dois dias
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Nos dois dias seguintes, Vitor persistiu na obsessão. Ele descobriu onde a garota morava e foi à casa dela. Permaneceu mais de 30 minutos no outro lado da rua. Depois, bateu na porta e chegou a conversar com o pai da adolescente, dizendo que os dois deveriam casar.
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— Fiquei assustada. Tinha medo até de sair na rua — lembrou a menina, que tenta se recuperar do susto.
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Assustada, mãe de adolescente deixou de ir ao trabalho
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A mãe dela, uma acompanhante de idosos de 43 anos, deixou de ir ao trabalho por causa da perseguição que a filha passou a sofrer.
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— Estou em casa, cuidando da minha filha e tentando me acalmar um pouco. A minha filha é uma criança. De repente, aparece um maluco dizendo que escuta a voz de Deus e quer casar com ela — desabafou.
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Assustada, a família procurou a polícia, que prendeu o homem que acredita falar com Deus e não desiste da ideia de obedecer a voz que acredita escutar.
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“Deus é justo” em tatuagem no antebraço
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Apesar de estar trancafiado na carceragem da 57ª DP, Vitor não demonstra medo. Pelo contrário. Caminha lentamente a uma sala, no interior da delegacia, onde mostra convicção de que realmente escuta a voz de Deus.
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A certeza de Vitor está marcada no seu corpo. Numa tatuagem no antebraço direito, está escrito “Deus é justo” sobre uma coroa de espinhos.
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Vitor: “Deus falou e eu vou cumprir!”
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— Não é criação da minha cabeça. Ele fala comigo diretamente. Muitos não vão acreditar. A única que acredita é ela.
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Diz que costuma se comunicar com a “voz divina” quando está sozinho e altera a voz para demonstrar confiança de que vai se casar com a adolescente.
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— Deus falou: “É essa, filho”. Deus falou que uma garota de 13 anos ia ser a minha futura esposa. E eu vou cumprir a palavra dele, pô!
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Postado no Extra
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