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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os marajás do STJ

Pelo menos 16 dos 30 ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) receberam, no ano passado, salários acima do teto máximo permitido pela Constituição Federal, que é de R$ 26.700 por mês.
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Em média, foram pagos R$ 31 mil mensais aos magistrados --R$ 5 mil a mais que o previsto na legislação.
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Mas, houve o caso de um único ministro receber R$ 93 mil de salário. O tribunal não informou o nome de quem ganhou mais que o teto.No total, o STJ pagou mais de 200 supersalários e, em apenas 26 casos, houve devolução de parte dos valores.
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O pagamento de benefícios como, por exemplo, o auxílio para mudança, é o que faz com que os salários cresçam. Mas a lei determina que os bônus deveriam ser incluídos na hora de se calcular o teto e esse total não poderia ultrapassar os R$ 26.700.
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Em 2010, os gastos totais do tribunal ficaram em R$ 10,8 milhões, dos quais R$ 8,9 milhões foram destinados apenas à folha de pagamento dos supersalários, o que representa 82,40% do total.
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Para o presidente do STJ, Ari Pargendler, as bonificações mensais deveriam estar excluídas do pagamento mensal. "Por que um servidor que ganha R$ 10 mil pode receber e quem está perto do teto não? A lei não vale para todos?", afirmou o ministro.
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Os integrantes da Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) responsável por investigar irregularidades no Judiciário, o entendimento da Constituição deveria prevalecer e o pagamento de qualquer benefício não poderia levar os rendimentos totais a ultrapassarem o teto imposto pela lei. No entanto, o CNJ não quis se pronunciar oficialmente.
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Em 2006, o órgão editou uma resolução sobre os salários dos magistrados. De acordo com o texto, o "subsídio constitui-se exclusivamente de parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, verba de representação ou outra espécie remuneratória".
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Postado no blog Os amigos do Presidente Lula

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Jean Wyllys reage à ofensiva evangélica contra gay

Para frear contestação de benefício no Imposto de Renda para casais homossexuais, deputado ameaça questionar falta de prestação de contas por parte das igrejas. Ele diz que crítica a portaria da Fazenda “mascara” homofobia
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Primeiro gay a se eleger deputado federal defendendo a bandeira dos homossexuais, Jean Wyllys (Psol-RJ) anuncia uma contra-ofensiva à iniciativa de parlamentares evangélicos de tentar derrubar a principal novidade da declaração do Imposto de Renda deste ano: a inclusão de parceiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal. O deputado disse que vai discutir esta semana com outras lideranças da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero), ainda em reestruturação, uma maneira de barrar o movimento articulado pelo deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), que considera o benefício ilegal.
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Jean Wyllys afirmou ao Congresso em Foco que pretende utilizar o mesmo argumento “legalista” do colega, que é pastor da Assembléia de Deus, para cobrar que as igrejas, que têm imunidade fiscal, passem a prestar contas à sociedade. “Posso recorrer também à legalidade para exigir do ministro da Fazenda que ele explique por que as igrejas não prestam contas à sociedade. Se os partidos políticos prestam, por que igrejas não?”, questionou.
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Pastor da Assembléia de Deus, Ronaldo Fonseca tem em mãos desde a quinta-feira passada um parecer técnico elaborado na Câmara (leia a íntegra) que contesta a concessão dos benefícios aos homossexuais, conforme revelou o Congresso em Foco. O deputado do DF estuda recorrer à Justiça e apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da portaria da Fazenda que garantiu o benefício aos homossexuais. Ele também cogita chamar à Câmara o ministro Guido Mantega para dar explicações sobre sua portaria.
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Apoiado no parecer, o deputado alega que a medida é inconstitucional, viola o artigo 226 da Constituição e precisaria do aval do Congresso para entrar em vigor. Ronaldo busca apoio da Frente Parlamentar Evangélica, que deve se decidir sobre o assunto nos próximos dias. “Na canetada, eu não vou [aceitar], não. Tem de ter o debate”, disse Ronaldo Fonseca na quinta-feira.
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“Motivação homofóbica”
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“Ele disse que na canetada, não. Eu digo que no grito da falsa legalidade, nós também não vamos aceitar”, respondeu Jean Wyllys. Para o parlamentar, a ofensiva evangélica sobre o assunto tem motivação homofóbica.  “A máscara do discurso deles é da legalidade, mas isso tem uma motivação homofóbica disfarçada”, acusou.
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O deputado fluminense ressalta que a portaria que beneficia os homossexuais está amparada em parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda, que está ancorado, por sua vez, no artigo 87 da Constituição, que define os poderes de Estado, e também no artigo 5, que diz que “todos são iguais perante a lei” no Brasil. Para ele, a portaria da Fazenda é legal. “O direito é extensivo aos homossexuais. Em nenhum momento, a lei diz que companheiro ou companheira tem de ser heterossexual. Pode ser tanto homossexual ou heterossexual”, afirmou o deputado.
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Jean Wyllys diz que vai tratar do assunto na terça-feira em reunião com a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) e na quarta, com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), responsáveis pela reativação da frente parlamentar que defende os direitos dos homossexuais. O deputado também rebate o argumento utilizado por Ronaldo Fonseca, sustentado no parecer da Câmara, de que o governo está abrindo precedente a outras categorias ao atender às reivindicações dos homossexuais.
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Impacto
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Ele conta ainda que pediu um estudo à sua assessoria técnica para levantar de quanto será a renúncia fiscal com a dedução do Imposto de Renda por parceiros do mesmo sexo. “O impacto será muito pequeno. A Receita só vai aceitar a inclusão como dependente de casais reconhecidos pela Justiça, que ainda são muito poucos no Brasil”, afirmou.
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O deputado diz que não pretende tratar a bancada evangélica como “inimiga”, mas cobra respeito dos parlamentares religiosos à causa dos direitos humanos e civis e à tolerância de credo. “A liberdade religiosa deles, em geral, só vale para um lado, não pensam em termos de pluralidade. Eles vêm sempre agindo nisso. Com minha presença e por estar trabalhando na frente parlamentar, isso acirra mais os ânimos. Não sou inimigo, nosso espaço é do diálogo. Se eles tiverem projeto de interesse coletivo, vou defender. Mas eles têm de se abrir ao diálogo, e não ficarem presos a dogmas”, declarou.
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A nota da Consultoria da Câmara ressalta que o artigo 226 diz que apenas “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher”. Afirma ainda que a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga toda concessão de benefícios fiscais, como a dedução de imposto para os gays, lésbicas e transexuais vir acompanhada de impacto orçamentário e fonte de compensação da receita a ser perdida. De acordo com o estudo, isso não aconteceu.
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Nota técnica
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A nota alega ainda que a concessão desse benefício aos homossexuais abrirá brecha para outros segmentos da sociedade exigirem novas isenções de imposto. O texto cita como exemplo os irmãos solteiros que moram juntos; os filhos  solteiros que permanecem morando com os pais, às vezes adotando filhos; e as pessoas celibatárias que vivem juntas fraternalmente.

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A consultoria da Câmara entende que o governo federal foi descuidado ao tentar encaixar os gays nas hipóteses de dedução de imposto.
Em nota enviada ao site, a Procuradoria da Fazenda diz ter “plena convicção da constitucionalidade e legalidade de seu parecer”, que embasou a decisão do ministro Guido Mantega.

Leia ainda:
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Evangélico faz ofensiva contra dedução de IR a gay
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Fazenda diz que portaria é constitucional e legal
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Postado no Congresso em Foco

A Folha e o neocolonialismo petroleiro

Com o título de “TV Companheira”, o jornal Folha de São Paulo – que tem o nome marcado por ter defendido e colaborado com operações da ditadura em torturas e mortes de prisioneiros políticos - publicou artigo de Eliane Cantanhêde tentando atingir, sem o lograr, a credibilidade jornalística da Telesur, La nueva televisión del sur, em seu esforço de cobrir a crise na Líbia.
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Há muitas lições a partir da precária nota da jornalista. Primeiramente, está escancarado que a grande mídia comercial brasileira, seguindo orientações dos conglomerados internacionais midiáticos, editorialmente controlados pelas indústrias bélicas, petroleiras e a ditadura financeira, sempre protegeram os ditadores do Oriente Médio que serviram e ainda servem a estes interesses.
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A Folha de São Paulo está dentro deste leque de proteção aos “ditadores amigos”. Assim é que durante mais de 30 anos protegeu Mubarak, tratando-o como o árabe moderado, porque transformou o Egito em cúmplice do massacre do povo palestino por Israel, com o apoio de Washington.
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Durante 30 anos a Folha de São Paulo jamais cobrou eleições diretas ou democracia no Egito, mas, revelando a imensa hipocrisia da sua linha editorial de dois pesos, duas medidas, engajou-se na campanha dos oligopólios midiáticos mundiais contra o governo da Venezuela que, em 12 anos, eleito pelo voto, realizou mais de 15 eleições, plebiscitos e referendos livres, vencendo 14 deles e respeitando democraticamente o único resultado eleitoral adverso registrado.
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Lei na íntegra aqui
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Postado no redecastorphoto

PCB disponibiliza parte de sua produção político-cultural dos anos 30 aos 60

O PCB passou a disponibilizar em sua página  na internet (na Seção de Cultura) o link ao arquivo do site Marxists.org, que abriga várias edições da Revista Problemas, publicadas pelo Partidão entre os anos de 1947 e 1956, no auge da Guerra Fria, período marcado pela perseguição implacável aos comunistas em todo o mundo.
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A existência da Revista Problemas no período comprova que, apesar da repressão, o PCB continuou cultivando uma prática nascida com sua fundação e que cresceu, evidentemente, após a queda do Estado Novo: a difusão das suas ideias e resoluções por intermédio de um razoável aparato político-cultural e de uma imprensa partidária sempre atuante, mesmo que, em diversos momentos, clandestina.

Para conhecer mais sobre essas publicações históricas clique aqui  e leia o texto de apresentação do secretário nacional de formação política do PCB, Ricardo Costa e tenha acesso os respectivos links para os arquivos da revista de agosto de 1947 a junho de 1956.
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Postado no blog Terra Brasilis

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Elis Regina: O bêbado e a equilibrista

Pô! Deixem os gays em paz, senhores deputados evangélicos e católicos

>>>>>>>>>>Evangélico faz ofensiva contra dedução de IR a gays
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Deputado recorre a parecer jurídico feito na Câmara para tentar derrubar portaria que permite a homossexuais declararem companheiros como dependentes. Fazenda diz que contestação não procede
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Eduardo Militão
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Parlamentares evangélicos preparam uma ofensiva para tentar acabar com a principal novidade na entrega da declaração do Imposto de Renda deste ano: a inclusão de parceiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal. A arma utilizada é uma nota técnica da Consultoria de Orçamento da Câmara que considerou ilegal a medida adotada pela Receita Federal. Concluído ontem (24), o parecer jurídico sustenta, sem entrar no mérito da questão gay, que renúncias fiscais dessa natureza só podem ser feitas por meio de lei, que precisam ser debatidas na Câmara e no Senado antes de virarem realidade, e não por meio de uma “canetada” do Executivo.
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Nesta sexta-feira (25), o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) entrará em contato com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, deputado João Campos (PSDB-GO). Eles vão discutir medidas para cassar a possibilidade prevista na entrega das declarações de IR, que começa daqui a quatro dias.
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Fonseca diz que vai tomar uma das três medidas sugeridas na nota: ajuizar uma ação popular contra a permissão de dedução tributária, apresentar um projeto de decreto legislativo para suspender a medida da Receita ou pedir que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, compareça à Câmara para prestar explicações. 
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João Campos afirmou que vai conversar antes com o colega para avaliar se a Frente Evangélica vai tomar alguma medida conjunta. Por sua vez, Fonseca tem certeza de que parlamentares evangélicos e até católicos vão apoiar qualquer medida para barrar a inclusão de homossexuais como dependentes nas declarações do Imposto de Renda.
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“Isso é totalmente ilegal. Se precisar ir para o Judiciário, nós vamos”, afirma Fonseca, que é pastor da Assembleia de Deus e solicitou o estudo à Consultoria de Orçamento da Câmara.
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Discriminação
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Em nota ao Congresso em Foco, o procurador-Geral Adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário, Fabrício da Soller, afirmou que a PGFN não ultrapassou suas competências ao definir o conceito de “companheiro e companheira”. Ele garantiu que a interpretação se baseou nos princípios constitucionais, como a proibição da discriminação por questões de gênero, e julgamentos do Judiciário.
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Leia mais no Congresso em Foco
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Postado no blog Folha 13

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Folha reconhece que imprensa é golpista

Reproduzo artigo de Eduardo Guimarães, publicado no Blog da Cidadania:
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No último sábado, o jornal Folha de São Paulo reconheceu, publicamente, que pessoas como a maioria das que escrevem neste blog têm razão quando dizem que a grande imprensa brasileira é golpista. A partir desse momento histórico, portanto, espera-se que mesmo os seus simpatizantes mais exaltados parem de contestar o que ela mesma reconhece.
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Reproduzo, abaixo, essa matéria da Folha que me foi mostrada pelo radialista Colibri, da Rádio Brasil Atual, durante entrevista sobre os 90 anos do jornal que gravei nos estúdios dessa rádio ontem e que foi ao ar na manhã desta quarta-feira. Em seguida, mais alguns comentários.

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A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.

Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.

As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.

A entrega da Redação da “Folha da Tarde” a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos ‘terroristas’ mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.

Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da “Folha da Tarde” à repressão contra a luta armada.

Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.
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http://www1.folha.uol.com.br/folha90anos/877777-os-90-anos-da-folha-em-9-atos.shtml
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Segundo relato de Colibri, ele trabalhava na Folha na época em que ela não apenas entregou a redação aos militares, mas ajudou-os a prender seus funcionários dentro de suas instalações, o que lhe valeu a piada de que era o jornal de maior “tiragem” do Brasil, pois vivia cheio de “tiras”. E o radialista nega que houvesse algum movimento organizado dentro do jornal.

Mas vejam só que coisa: a Folha diz que sua redação estava cheia de militantes da ALN e que, por isso, permitiu aos militares que fossem prendê-los dentro de suas instalações em vez de demiti-los, por exemplo. Essa era a visão do jornal sobre liberdade de imprensa, então. Isso mostra o quanto é vazio o seu discurso atual sobre o assunto.

A parte mais divertida da nota é a que afirma que “a direção da Folha não tinha conhecimento” de que seus carros eram usados para esse fim, como se fosse possível um empresário não ter conhecimento do que seus funcionários fazem com a sua frota de veículos. Sugere, aliás, que meros motoristas se apropriavam dos veículos para servirem à ditadura.

E um detalhe importante: notem que o jornal não diz que seus carros não foram usados para esse fim, mas que não tinha conhecimento desse uso.

Diante de tudo isso, penso que é plenamente justificável que as pessoas se indignem por os três poderes da República terem ido prestigiar uma empresa que tanto mal causou ao Brasil ao atuar de forma tão ativa em prol da censura e da supressão das liberdades democráticas, castigos a este povo que duraram duas décadas.
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Contudo, o desalento com a rendição da República a esse jornal criminoso não altera o fato de que ninguém tem opção de desistir de apoiar este governo ou de deixar de militar em blogs como este. O editor deste blog não tem como desistir nem de uma coisa, nem de outra. É preciso muita “coragem” para desistir. Não sou tão corajoso
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Postado no blog do Miro

Ditadura Militar e rachas sociais no Brasil

Wikileaks: Ditadura Militar e rachas sociais no Brasil
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Apesar de ter terminado em 1985, fissuras abertas persistem na sociedade brasileira e parte delas foi aberta na Ditadura Militar, segundo análise da embaixada dos Estados Unidos. Em um dos telegramas vazados pelo Wikileaks, o diplomata sustenta que esse passado continuará a ser motivo de “atritos, e manchetes ocasionais, por alguns anos futuros”.
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O segundo lote de telegramas vazados pelo Wikileaks no Brasil para um conjunto de blogueiros trata de questões relacionadas à Ditadura Militar no Brasil e a anistia. São quatro telegramas que, a exemplo de boa parte do material, traz mais resumos baseados no que foi publicado em jornais e revistas do que análises ou opiniões do governo estadunidense. O tema foi amplamente demandado.
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Os dois primeiros datam de 2004. Um envolve o aniversário de 40 anos do golpe – chamado assim mesmo, de “golpe” e jamais de “revolução” para alívio deste blogueiro. O outro fala das fotos publicadas à época pelo Correio Braziliense que supostamente mostravam o jornalista Wladimir Herzog preso antes de ser assassinado por agentes do regime.
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Depois, há um telegrama de 2008, em meio aos primeiros debates sobre a revisão da lei de anistia, que culminaria, em 2010, na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de arquivar o pedido de revisão. Por fim, um relatório sobre a polêmica de janeiro do ano passado sobre o terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).
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Feridas abertas
Apenas em um trecho do primeiro telegrama, consta uma ideia de que a memória do regime está bem resolvida para a sociedade. “Passados 40 anos do golpe e 19 desde a volta do Estado civil, a era militar é cada vez menos relevante para uma sociedade que avança e na qual um terço da população nasceu depois de restaurada a democracia”, propõe o telegrama.
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Por outro lado, nos documentos mais recentes, fica claro que a turma da embaixada percebeu que a coisa é mais complexa. Sobre a possibilidade de revisão da anistia, os funcionários dão-se conta de que “sentimentos fortes” são evocados tanto entre militares quanto em ex-opositores do regime quando se toca no assunto.
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No relato mais recente, de 2010, é dada como clara a existência de rachas na sociedade afloradas pelo PNDH, mas cuja origem remete, de alguma forma, ao período autoritário. Em relação a violações de direitos humanos, estão, de um lado, militares, de outor civis. No campo, proprietários rurais contra o “ainda potencialmente perturbador” Movimento dos Sem Terra. Entre os que clamam por liberdade de imprensa e os que veem a mídia como frequentemente irresponsável. E entre o moralismo conservador e os direitos humanos.
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Considerando-se que se trata de um material produzido 10 meses antes das eleições presidenciais, o cenário de Fla-Flu contém ares até proféticos. Um grau de ponderação não muito comum nos telegramas da estrutura diplomática ligada a Washington.
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Visão dos EUA
Apesar de ter muito relato, há avaliações e juízos dos diplomatas incluídos.
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Os textos parecem considerar que as violações de direitos humanos durante a Ditadura são inegáveis (apesar de tratar na condicional o fato de Herzog ter sido assassinado por torturadores). A possibilidade de o governo dos Estados Unidos ter apoiado o golpe de Estado é tratado com ares de hipótese. Para escrever de um modo mais claro: nada sobre Operação Condor ou coisa do gênero.
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Há passagens curiosas. “Ainda ocorre um certo rancor sutil contra o governo dos EUA, devido a uma ideia entre alguns oficiais mais antigos de que os EUA mudaram abruptamente de um apoio ao governo militar para uma condenação por violações de direitos humanos”, escreve o diplomata. O funcionário, porém, não opina sobre a tal mudança. Talvez seja porque, como para mim, a avaliação tenha pouco respaldo em fatos.
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Em outro momento, aponta-se que, no aniversário do golpe, “publicações sensacionalistas traçaram elaborados paralelos entre 1964 e o nível de influência dos EUA no Brasil de hoje”. O diplomata diz que o golpe indiretamente ajudou a ampliar o prestígio de Fidel Castro, ex-presidente de Cuba.
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Por fim, consta que as instituições civis e políticas no Brasil são “plenamente democráticas” – a despeito do que acreditam parte dos colunistas da mídia velha. Como a instauração da “democracia” fez parte da retórica para intervenções militares recentes no Afeganistão e no Iraque, é bom saber que os gringos acham que essa questão está resolvida por aqui.
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Jobim
Ministro da Defesa desde junho de 2007, Nelson Jobim é o segundo personagens mais citado no bloco, com 10 menções (Lula é citado 24 vezes). Jobim indispôs-se contra Tarso Genro, então titular da Justiça, e com Paulo Vannuchi, da Secretaria especial de Direitos Humanos. Cada episódio mereceu seu telegrama.
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Não há, desta vez, informação privilegiada nem conversa reservada com o peemedebista da cota pessoal de Dilma.
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Jobim defende os militares, tromba com colegas de Esplanada, xinga os outros de “revanchistas”, consegue pôr o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva a seu lado… É um protagonista.
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Apesar de detalhar vários dos pontos polêmicos sobre o PNDH-3, o funcionário da embaixada dos EUA em Brasília insunua que a repercussão foi exagerada. Por se tratar de um plano de intenções sem qualquer garantia de implantação, o texto deixa claro que o embaixador tentou entender melhor algumas questões.
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Postado no blog Escrevinhador

Charge Online do Bessinha # 456

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Globo insulta povo egípcio

>>>>>>>>>>>>>>>>>>A direita o babaca do Mainardi
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Na edição do programa da Globo News Manhattan Connection exibida na noite do último domingo ocorreram ataques ao povo egípcio tão graves que fazem imaginar que se o Egito não estivesse vivendo uma crise institucional formularia um protesto ao Brasil, possivelmente em termos diplomáticos.
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Apesar de o programa em questão não passar de uma reunião semanal de gente paga para insultar e nada mais, sua última edição foi particularmente virulenta.
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Inicialmente, espantou assistir Diogo Mainardi dizendo que o recente incêndio na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro, foi uma “boa notícia”. Ele mesmo, logo após se comprazer pelo sofrimento daquela gente humilde que teve uma de suas poucas alegrias na vida destruída, disse que, se fosse a Globo, não contrataria a si mesmo e que deveria ser “censurado”.
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Sua intenção óbvia foi a de ridicularizar o gosto musical do populacho, tripudiar sobre pessoas que passam o ano inteiro juntando os tostões para desfilar.
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O espanto, porém, só durou até o programa suplantar aquela barbaridade com outra ainda maior. Começaram ataques a uma nação inteira, de uma forma que, além dos prejuízos morais, por certo provocarão, no mínimo, prejuízos econômicos ao turismo egípcio.
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Reproduzo, a seguir, os insultos da Globo a um povo que, demonstrando uma  coragem que encantou o mundo, acaba de se libertar de uma ditadura de 30 anos.
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Comentando os ataques físicos de viés sexual sofridos recentemente no Egito pela repórter Lara Logan, da rede de TV americana CBS, que cobria a comemoração pela renúncia de Hosni Mubarak, os integrantes do Manhatan Connection Lucas Mendes e Caio Blinder disseram o seguinte:
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Lucas Mendes – 70%, 80% das egípcias e 90% das estrangeiras se queixam dos homens egípcios. O que é que há com os homens egípcios?
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Caio Blinder – Não, não com os homens egípcios, homens de países que têm uma cultura… Não é, sabe…Eu queria voltar… Primeiro que a pesquisa diz que 98% das mulheres estrangeiras reclamam, no Egito. Em árabe – e isso eu li num [inaudível] da vida, num Google, aí – não existia, até pouco tempo, uma palavra pro termo, em inglês, arrestment, e português, assédio…
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Mendes – O Caio, especialmente…
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Blinder – O Cairo, não o Caio…
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Mendes – O Cairo, que podia tá na lista das cidades mais feias do mundo… O Nilo, se tirar o Nilo, se tirasse o Nilo do Cairo, é uma…
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Blinder – Milão é mais feia…
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Mendes – O Cairo é feio [sic] que parece uma… Parece…
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Blinder – E a explicação das mulheres?
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Mendes – Além de ser feia, quando eu estava lá tinha um casal da embaixada brasileira que me acompanhava e a mulher dizia: “Olha, não ando sozinha numa rua do Cairo – de jeito nenhum –, não entro num elevador, com um egípcio, sozinha…”
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Mendes – Porque elas eram, “rotinamente” [sic],  “bulinada” [sic]… Hã… Beliscão…
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(…)
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Entra Diogo Mainardi:
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A situação das mulheres, isso num governo secular como o do Egito… Se esse, se esse… Se a situação piorar, nesses países do Oriente médio… Isso é, se os fanáticos religiosos assumirem o poder, realmente cada mulher, no Oriente Médio, irá se sentir como o Justin Bieber
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Faltou explicar que pouco antes de começarem a insultar o povo egípcio, Mainardi e companhia faziam troça com a sexualidade do cantor adolescente americano que se tornou um fenômeno da música internacional, por dizerem-no “andrógino”.
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Naquela conversa homofóbica também citaram a modelo transexual Lea T, filha do  ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, que discutiram se realmente era transexual por terem dúvidas sobre se havia “cortado” o pênis…
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Se alguém se interessar em assistir a esse diálogo surreal que consumiu longos quinze minutos em uma concessão pública, pode clicar aqui por sua conta e risco.
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Postado no blog da Cidadania

Vídeo mostra como está a situação na Líbia

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

CPMI do MST é encerrada; nada foi encontrado

Acabou
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Foi formalmente encerrada a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A instância criada pelos ruralistas para vasculhar as contas do movimento foi coberta com uma pá de cal no último dia 31 de janeiro, sem que o relatório final fosse submetido à votação dos membros da comissão.
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Apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em 21 de outubro de 2009, o requerimento que criou a CPMI do MST assim definia seus objetivos: “apurar as causas, condições e responsabilidades relacionadas a desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários, investigar o financiamento clandestino, evasão de recursos para invasão de terras, analisar e diagnosticar a estrutura fundiária agrária brasileira e, em especial, a promoção e execução da reforma agrária”.
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Ao longo das 13 reuniões oficiais, foram ouvidas dezenas de pessoas – de integrantes de entidades e associações que desenvolvem atividades no meio rural a membros das mais diversas pastas do Executivo federal, passando por especialistas na questão agrária.  Além das oitivas, o processo contou ainda com apurações paralelas (por meio de requisições de documentos e informação, por exemplo) que constam do plano de trabalho previamente aprovado pela comissão presidida pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE).
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Cumprido o previsto, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) apresentou o relatório final em julho de 2010, no qual frisava a “inexistência de qualquer irregularidade no fato de as entidades [denunciadas pelos idealizadores da CPMI] manterem relações e atenderem público vinculado a movimentos sociais”.  Restava apenas a votação da peça conclusiva na própria comissão. Mas os propositores originais pressionaram com a ameaça de um voto em separado e conseguiram forçar a prorrogação da CPMI por mais seis meses.
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Na ocasião, a secretaria nacional do MST divulgou nota em que repudiou a manobra e enquadrou a CPMI como uma tentativa ruralista “para barrar qualquer avanço da reforma agrária, fazer a criminalização dos movimentos sociais, ocupar espaços na mídia e montar um palanque para a campanha eleitoral”. Enquanto isso, o vice-presidente da comissão (Onyx) declarava que, se confirmada a prorrogação dos trabalhos até janeiro de 2011, haveria condições de provar que o governo utilizou dinheiro público para financiar ações do movimento. Um recurso contra o modo como a CPMI ganhou sobrevida foi apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), mas a sua colega Kátia Abreu (DEM-TO) tratou de indeferir o pedido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já em outubro de 2010.
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O prazo da prorrogação chegou ao fim, no final de janeiro, sem que nada mais fosse votado ou discutido. Em tempo: a confirmação do encerramento formal da CPMI do MST surge no bojo do anúncio da decisão unânime da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que determinou o trancamento do processo instaurado contra integrantes do MST, acusados da prática de crimes durante a ocupação da Fazenda Santo Henrique/Sucocitrico Cutrale entre agosto e setembro de 2009, mesma época em que foi articulada a ofensiva contra os sem-terra que veio a dar origem à comissão.
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Leia outros textos de Outras Palavras
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Postado no blog Escrevinhador

Nunca Dantes aumenta venda de computador em 23%. Que horror!

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Lula 10 x 0 FHC/Cerra
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Saiu no Globo (logo onde…):
Venda de computadores cresce 23,5% no Brasil em 2010, segundo IDC

SÃO PAULO – As vendas de computadores pessoais no Brasil em 2010 cresceram 23,5 % sobre o ano anterior, para 13,7 milhões de unidades, colocando o país na quarta posição mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.

Segundo a empresa de pesquisa de mercado IDC, o volume comercializado ficou perto da previsão de vendas de 13,8 milhões de unidades feita em novembro e que havia revisto estimativa de início de 2010, em que a empresa havia calculado as vendas este ano em 13,2 milhões de PCs.

O destaque das vendas ficou com o terceiro trimestre, que registrou vendas de 3,6 milhões de equipamentos, segundo a IDC. “O quarto trimestre de 2010 mostrou um cenário diferente do que víamos no passado, quando eram vendidos mais computadores por conta do Natal. Com a antecipação do varejo nas compras de final de ano, o terceiro trimestre de 2010 foi mais forte”, afirma a empresa de pesquisa em comunicado à imprensa.}

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Clique aqui para ler “Anatomia da inveja – ou rancor – do FHC”.
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Clique aqui para ler “Entrevista de Cerra ao Globo é um estelionato eleitoral”.

Clique aqui para ler “Dilma investe R$ 120 bilhões no Nordeste e pega o estelionatario de calça curta”.
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Que horror !

Paulo Henrique Amorim
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Postado no blog Conversa Afiada

“Estadão ataca PCdoB para golpear Dilma"

Reproduzo íntegra da nota emitida pelo PCdoB, publicada no sítio Vermelho:

Na suas edições de 20 e 21 de fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou um arremedo de reportagem tão extenso quanto falso no qual ataca com calúnias a honorabilidade do Partido Comunista do Brasil e de um dos seus dirigentes, Orlando Silva, ministro do Esporte. Visivelmente esse movimento pretende atingir o Ministério do Esporte para golpear por extensão o nascente governo da presidente Dilma Rousseff.
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Apoiado tão somente na manipulação grosseira de um amontoado de 'estórias', o referido texto afirma de modo criminoso que o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, “além de dividendos eleitorais, transformou-se num instrumento financeiro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)”. Para sustentar esta mentirosa afirmação diz que entidades apartidárias e ONGs com as quais o Partido não tem vínculo algum seriam “subordinadas” a ele e mero biombo para supostas ações ilícitas. Mas não se apresenta nenhuma prova, nenhum fato que comprove denúncia tão grave.

E mais. Não se atendeu ao procedimento básico do jornalismo que mereça esse nome: ouvir 'o outro lado'. No texto não há a palavra do PCdoB, não foi ouvida a defesa da direção nacional do PCdoB, apenas de passagem a do ex-presidente do Partido da seção do Distrito Federal. Utilizaram de forma parcial e distorcida a nota esclarecedora dos fatos emitida pelo Ministério do Esporte.

Vamos ao mérito. O Programa Segundo Tempo tem a finalidade de oferecer a crianças e adolescentes, sobretudo, de famílias de baixa renda, atividades esportivas e recreativas como meio de inclusão social. Conforme afirmou o Ministério do Esporte, desde 2003 os governos do ex-presidente Lula e, agora, o governo Dilma já aplicaram mais de 1 bilhão de reais para torná-lo realidade. Esse programa já atendeu 1 milhão de jovens. Ainda segundo o Ministério o programa se realiza por meio de convênios com mais de duas centenas de instituições de governos estaduais e de prefeituras e, também, de entidades populares e ONGs. E rigorosamente nenhuma triagem ou distinção de referência partidária é feita para que sejam estabelecidos esses convênios.

O que fez a pretensa reportagem? Ela 'pinçou' neste amplo universo determinadas entidades servindo-se de um critério muito usado à época das ditaduras, ou seja, o da “caça aos comunistas”. Então o dito texto informa, ou melhor, denuncia, que em tal entidade há nove comunistas filiados, naquela outros tantos e por aí segue. E sem apresentar nenhuma evidência, nenhuma prova, estampa a calúnia que vincula as finanças do Partido com a atividade dessas entidades.

Desse modo, o pretenso 'furo' jornalístico se revela um arranjo, um enredo mentiroso.
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Leia na íntegra aqui
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Postado no blog do Miro

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Charge do Bessinha

Dilma anuncia fortalecimento do combate ao crack

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta quinta-feira (17), no Palácio do Planalto, a criação de 49 Centros Regionais de Referência em Crack e Outras Drogas (CRR) em 46 universidades federais de 19 estados.
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“O meu governo vai dar um combate sistemático ao crack. Tenho o compromisso com o povo do meu país, de levar uma luta sem quartel contra o crack, principalmente, porque sabemos que essa é uma droga que tem uma capacidade de propagação muito elevada”, declarou.
Dentro de um ano, 14,7 mil profissionais, entre médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários serão capacitados para prevenção, tratamento e reinserção social dos usuários de crack em 844 cidades das cinco regiões brasileiras. “Precisamos formar profissionais, sabemos que essa é uma droga que apresenta o desafio de não ter, no plano mundial, um acervo de conhecimentos e um acúmulo de metodologias para o tratamento”, explicou a presidenta.
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Além da prevenção e da assistência médica, Dilma ressaltou também a importância da fiscalização policial para evitar o trânsito da droga no território nacional. “Tanto na entrada, pelas fronteiras do Brasil, quanto nas estruturas de distribuição ligadas ao crime organizado”, afirmou. O governo estima que, atualmente, existam cerca de meio milhão de usuários de crack no País.
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Postado no Brasília Confidencial

Guantánamo e as falsas promessas de Obama

Reproduzo matéria pubicada no sítio Opera Mundi:
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O  secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, reconheceu nesta quinta-feira (17/02) que as probabilidades de fechar o complexo penitenciário de Guantánamo, em Cuba, como prometeu o governo do presidente Barack Obama, "são muito baixas".

Em pronunciamento ao Senado, Gates se referiu à promessa que Obama fez quando tomou posse em 2009 de fechar a prisão de Guantánamo em um ano, ou seja, em janeiro de 2010.

O cumprimento da promessa foi dificultado por vários fatores, entre eles a resistência governamental em chegar a acordos com outros países para receber os presos libertados, e a própria oposição do Congresso a que os supostos terroristas sejam hospedados em prisões em solo americano.

"Bem, nós estamos em uma posição, francamente, na qual as perspectivas de fechar Guantánamo, no melhor dos casos, são muito baixas, devido à ampla oposição que existe aqui, no Congresso", afirmou Gates.

No entanto, o chefe do Pentágono deixou claro que as intenções do atual governo são de não levar novos condenados à prisão de Guantánamo, localizada na base de mesmo nome, em Cuba, onde ainda há 172 detidos.
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Postado no blog do Miro

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Entra ano... sai ano...


Postado no blog do Saïd Dïb

Lula, Dilma e a velha mídia

por Emir Sader
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O esporte preferido da mídia é fazer comparações da Dilma com o Lula. Sem coragem para reconhecer que se chocaram contra o país – que deu a Lula 87% de apoio e apenas 4%b de rejeição no final de um mandato que teve toda a velha mídia contra – essa mídia busca se recolocar, encontrar razões para não ser tão uniformemente opositora a tudo o que governo faz. O melhor atalho que encontraram é o de dizer que as coisas ruins, que criticavam, vinham do estilo do Lula, que Dilma deixaria de lado.
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Juntam temas de política exterior, tratamento da imprensa, rigor nas finanças públicas, menos discurso e mais capacidade executiva, etc., etc. Como se fosse um outro governo, de outro bloco de forças, com linhas politica e econômica distinta. Quase como se a oposição tivesse ganho. Ao invés de reconhecer seus erros brutais, tratam de alegar que é a realidade que é outra.
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Como se o modelo econômico e social – âmago do governo – fosse distinto. Como se a composição do governo fosse substancialmente outra, como partidos novos tivessem ingressado e outros saído do governo. Apelam para o refrão de que “o estllo é o homem” (ou a mulher), como se a crítica fundamental que faziam ao Lula fosse de estilo.
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No essencial, a participação do Estado na economia está consolidada e, se diferença houver, é para estendê-la. Os ministérios econômicos e sociais são mais coerentes entre si, tendo sido trocados ministros de pastas importantes – como comunicação, saúde e desenvolvimento – para reafirmar a hegemonia do modelo de continuidade com o governo Lula.
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A política externa de priorização das alianças regionais e dos processos de integração foi reiterada na primeira viagem da Dilma ao exterior, à Argentina, assim como no acento no fortalecimento dos processos latino-americanos, como a ênfase na aproximação com o novo governo colombiano e a contribuição ao novo processo de libertação de reféns comprova.
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O acerto das contas publicas se faz na lógica do compromisso do governo da Dilma de estabelecimento de taxas de juros de 2% ao final do mandato, alinhadas com as taxas internacionais, golpeando frontalmente o eixo do principal problema econômica que temos: as taxas de juros reais mais altas do mundo, que atraem o capital especulativo. A negociação do salário mínimo se faz com o apoio do Lula. A intangibilidade dos investimentos do PAC já tinha sido reafirmada pelo Lula no final do ano passado.
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Muda o estilo, ênfases, certamente. Mas nunca o Brasil teve um governo de tanta continuidade como este, desde que se realizam eleições minimamente democráticas. A velha mídia busca pretextos para falar mal de Lula, no elogio a Dilma, tentando além disso jogar um contra o outro. A mesma imprensa que não se cansou de dizer que ela era um poste, que não existiria sozinha na campanha sem o Lula, etc., etc., agora avança na direção oposta, buscando diferenças e antagonismos onde não existem.
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Postado no blog Com Texto Livre

EUA dizem que somos racistas, sim

Apesar de jornalistas brancos de renome empregados em impérios de comunicação nacionais escreverem livros e fazerem comentários no âmbito de uma cruzada que empreendem com a finalidade de negar que exista racismo no Brasil, telegramas entre diplomatas americanos e o governo dos Estados Unidos que o site Wikileaks vem vazando, dizem o contrário.
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Em um pacote de 25 telegramas da embaixada dos Estados Unidos em Brasília e do consulado em São Paulo redigidos entre 2004 e 2009 e vazados pelo WikiLeaks, os diplomatas americanos informaram ao seu governo que “Muitos (brasileiros) alegam que o racismo não existe, apesar das evidências esmagadoras do contrário“.
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Certamente, os americanos, considerados um dos povos mais racistas do mundo, referem-se, acima de tudo, ao notório livro do diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, que não faz por menos e crava um título que exibe a conduta que a diplomacia americana no Brasil reporta ao seu governo: “Não somos racistas”.
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Por meio de concessões públicas de rádio e TV, a tese é martelada diariamente, para espanto não só do movimento negro ou dos neo abolicionistas que tentam pôr fim à escravidão informal que ainda vitima negros e descendentes de negros neste país, fazendo com que ganhem piores salários e formem, em esmagadora maioria, a massa pobre e miserável que persiste apesar das políticas públicas dos últimos anos que tentam acabar com essa chaga, como a política de cotas para negros nas universidades, que busca pôr fim ao absurdo de, apesar de os negros serem mais da metade da população, não serem nem  10% dos universitários.
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Na imagem acima, um dos exemplos mais dolorosos da campanha que a Globo empreende para negar o racismo que a diplomacia americana denuncia. A atriz Juliana Alves (ex-BBB), no papel de “Gislaine” na novela global “Duas Caras” (2008), lê o livro de Ali Kamel, no âmbito de uma trama que exibe uma democracia racial fictícia que qualquer pessoa racional sabe ser inexistente.
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Abaixo, áudio de comentário do “analista político” da Globo Arnaldo Jabor, que afirma que combater o racismo no Brasil e implementar políticas públicas para reduzir seus efeitos seria tornar o Brasil uma nação “bicolor”.
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Felizmente, como negros e descendentes correspondem a mais da metade da população brasileira, segundo o IBGE, e começam a ter acesso à educação, agora votam de uma forma que permite que o Estado promova políticas para atacar essa trama hedionda do racismo cordial brasileiro, trama em que o cinismo e o egoísmo da direita branca são protagonistas.
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Postado no blog da Cidadania

PIB do Nunca Dantes fecha com 7,8%. PiG, FHC e Cerra cortam os pulsos

>>>>>>>>>>>>>>O FHC prometeu enterrar a “Era Vargas”
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O nível de atividade econômica do país cresceu pelo sétimo mês consecutivo em dezembro do ano passado, e, no acumulado de 2010, avançou 7,8%, segundo números divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Banco Central. O valor estimado pela autoridade monetária ficou um pouco acima da previsão do mercado financeiro, que espera um crescimento de 7,6% para o último ano.
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http://www.bcb.gov.br/textonoticia.aspcodigo=2926&IDPAI=NOTICIAS


http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/02/pib-cresceu-78-em-2010-diz-banco-central.html

O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) -  IBGE vai divulgar em março – e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco Central explicou que o IBC-Br “constitui uma medida antecedente da evolução da atividade econômica”.

Em tempo: O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, funcionário de carreira do banco, indicou
dois novos diretores. Ambos são funcionário de carreira do banco. O Banco Central volta aos trilhos. Não é mais vilegiatura de banqueiro privado.
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Postado no blog Conversa Afiada

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um papa americano

O sonho de “matar” Lula

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Com a espantosa inteligência política que lhe é característica, o ex-presidente Lula deu uma resposta arrasadora àqueles meios de comunicação que o fustigam sem parar desde que enfrentou Fernando Collor de Mello na eleição presidencial de 1989.
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Durante participação nas comemorações dos 31 anos do PT, o ex-presidente foi direto ao ponto ao considerar que estão tentando criar diferenças entre o governo dele e o de Dilma Rousseff. Disse, textualmente, o seguinte:
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O fracasso de Dilma é o meu fracasso. Se a grande desconstrução do governo Lula é falar bem do governo Dilma, eu posso morrer feliz
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Visivelmente assustada com a possibilidade real de o PT manter o poder em 2014, a direita midiática inventou duas táticas principais que terão que ser “tratadas” devagar e sempre pelos que se opõem ao seu sonho de “matar” Lula politicamente.
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Uma dessas táticas é a de tentar envenenar a relação entre o ex-presidente e a sucessora, mirando no histórico verdadeiro de crias que se voltam contra os criadores, como no caso de Pitta contra Maluf, de Fleury contra Quércia ou, mais recentemente, de Kassab contra Serra.
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Aliás, se formos generosos com a direita, haverá que considerar que também na esquerda há fenômenos similares, ainda que não sejam idênticos aos que se viu na direita.
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De fato, há um sem-número de esquerdistas que se tornaram os piores inimigos de Lula. O PSOL que o diga. Contudo, trata-se de uma cizânia entre meros correligionários e fundada muito mais na vaidade e nos projetos pessoais dos que se sentiram preteridos pelo líder petista.
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Os motins de Pitta, Fleury ou Kassab decorreram da percepção que eles tiveram de que seus padrinhos políticos estavam em processo de degenerescência política e deles decidiram se afastar. E é aí que entra a segunda parte da estratégia midiática.
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A percepção da direita midiática é a de que, sem Lula ter como se manifestar sonoramente agora que deixou o poder – e com a suposta afasia política de Dilma que essa direita vê no estilo “discreto” dela –, será possível realizar esse antigo e tão acalentado sonho.
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O método de desconstrução do governo Lula que criaria o ambiente para uma cizânia entre o seu protagonista e a sucessora é o de apontar uma herança maldita em um governo que saiu apoiado por 83% da população devido a ter gerado um bem-estar social inédito em todas as classes sociais e regiões do país.
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A aposta é a de que ninguém se perguntará como a mídia pôde negar que foi herança maldita o país quebrado e em crise que Lula recebeu de FHC enquanto afirma que é herança maldita o país em processo de crescimento e com tantas perspectivas de futuro que Dilma herdou.
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De uma coisa, porém, todos podem ter certeza: se a aliança entre Lula e Dilma não foi produto de mero conchavo eleitoreiro, essa cizânia pode nunca acontecer. Tasso Jereissati e Ciro Gomes estão aí para mostrar como relações de amizade sobrevivem a tudo.
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O fato é que a direita se deixa convencer pelo seu discurso político sobre Lula, negando-lhe a sua inquestionável inteligência ou qualquer de seus méritos, inclusive de caráter. E confunde a postura política discreta de Dilma com desejo de se diferenciar do antecessor.
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Bastaram duas ou três declarações da presidenta sobre política externa para a direita midiática enxergar mudança de rumos na diplomacia. Em um mês e tanto de governo.
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Contenção de gastos devido à inflação de demanda causada pela forte e rápida retomada da atividade econômica, apesar de o governo Lula ter aumentado os juros em pleno processo eleitoral, é confundida com sinal de deterioração da economia.
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A mais breve análise do histórico da mídia de suas previsões sobre os rumos da economia nos últimos oito anos mostra enganos homéricos, como no caso de sua aposta de que a crise financeira internacional seria um tsnumi, ao passo que foi uma marolinha.
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Politicamente, o histórico sobre as apostas políticas tucano-pefelê-midiáticas revela outro gigante de incompetência e falta de sensibilidade que culminou com um encolhimento dos partidos de oposição que chega a ameaçar o sistema de pesos e contrapesos democrático.
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Não admira que a esquerda ande batendo em si mesma. Com adversários fracos assim, se não brigar com alguém capaz de reagir à altura acabará perdendo o jeito.
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Postado no blog da Cidadania
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