tag:blogger.com,1999:blog-43392983968653169502024-03-19T00:22:55.729-03:00Diário do Cezar MirandaDiário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.comBlogger806125tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-44363909942090655092013-04-01T20:51:00.003-03:002013-04-01T21:05:55.128-03:00Os jornalões no golpe militar de 1964<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Por Ana Flávia Marx, no sítio <span style="color: red;"><a href="http://www.vermelho.org.br/sp/noticia.php?id_noticia=209640&id_secao=39">Vermelho</a></span>:</b></span></span>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;"><span style="background-color: white;">></span></span><br />
A participação dos veículos de comunicação na preparação do golpe de 64
já é conhecida e registrada na história do Brasil por estudiosos,
historiadores e jornalistas. Contudo, diante da marca de 49 anos da ação
golpista é bom tirar lições sobre o papel que a grande imprensa jogou e
joga no país, observado com alta dose de displicência do ministro da
comunicação do governo Dilma, Paulo Bernardo.</span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O envolvimento e articulação dos dirigentes dos
jornais começou logo após a posse do presidente João Goulart. Com o
estímulo e financiamento de empresários que em boa parte eram de fora do
país, foi fundado o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES)
[1], que além do capital externo, tinha como associados militares da
Escola Superior de Guerra e donos de veículos de comunicação em que o
objetivo comum era “combater o plano de socialização dormente no seio do
governo”.</span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Com a formação do IPES, estava sacramentada a agrupação formal dos
conspiradores e para dar mais consistência às ideias engendradas e se
tornar oficialmente o núcleo que orientava a elite e os deputados da UDN
(União Democrática Nacional). A Folha de São Paulo em conjunto com o
Correio da Manhã, promoveu o Congresso Brasileiro para Definição das
Reformas de Base, que moldou a atuação das forças conservadoras no
Congresso Nacional.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">H</span> </span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
De frente à uma elite ainda vacilante, o veículo da família Frias,
incitava no editorial “Esses não se omitiram”, do dia 21 de janeiro de
1963 [2]: “Será pouco provável que fique desaproveitado o fruto que vai
surgir desse congresso de homens que não desejam se omitir, promovido e
apoiado pela imprensa que igualmente não deseja omitir-se”.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A coesão das forças ditatoriais estava legitimada com os jornalões que pregavam ser “instrumento de utilidade pública”. </span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b> </b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="color: white;">></span> </b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A articulação do golpe</b></span></span>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Boa parte das discussões passavam por Assis Chateaubriand, dono dos
Diários Associados, que abriu a sua casa para os conspiradores. Há
quatorze dias do golpe, Chatô recebeu o dono do banco Bradesco, Amador
Aguiar para divulgar para outros banqueiros, empresários, militares e os
donos dos principais jornais do país o artigo de sua autoria que seria
publicado no dia seguinte.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Com toda a pompa de uma festa, Chatô convocou o narrador da Rádio Tupi,
Lima Duarte para ler o texto aos presentes: “Só temos uma mensagem para
mandar aos inimigos da paz pública. Será irmos para as ruas [...] chuçar
as hordas marxistas que o governo arregimenta e comanda, de acordo com
os planos do comuno-nacionalismo. Somos nós que vamos assumir a
ofensiva” [3].</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Os ensaios do golpe serviram para unir Júlio de Mesquita Filho, dono do
jornal O Estado de S. Paulo, e Chatô, pois o primeiro não se conformava
com o apoio dos Diários Associados para Getúlio Vargas e os dois
mantinham uma briga anunciada em seus editoriais. Porém, depois de
assistirem a Marcha da Família com Deus pela liberdade, no dia 19 de
março de 64, o dono do Estadão passou a frequentar a Casa Amarela e
bureau do golpe, como era conhecida a casa de Chatô.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Para o jornalista Cláudio Abramo, a “nova amizade” era sinal de que o
golpe iria mesmo acontecer. “A burguesia é muito atilada nessas coisas,
não tem os preconceitos pueris da esquerda. Na hora H ela se une” [4],
relatou Abramo em seu livro.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Júlio de Mesquita estava no centro da conspiração. Ainda em 62, recebeu
das mãos de Orlando Geisel, irmão de Ernesto Geisel, as normativas para
após o golpe. O jornalista respondeu com uma carta cujo título era
“Roteiro da Revolução” [5].</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
O roteiro formulava as linhas e entrelinhas de como funcionariam as
instituições brasileiras após o golpe. Mesquita chegou a preocupar-se
com o tempo em que os militares iriam ficar no poder, mas não insistiu
na questão, que era considerada menor. No roteiro, o jornalista propôs o
estado de sítio; uma limpeza nos quadros da justiça para esta não
atrapalhar em nada e, entre outras “cláusulas” do contrato, a nomeação
de ministros indicados por ele.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Depois de emitir o guia para a regulamentação do golpe, Júlio de
Mesquita procurou o jurista Vicente Rao, ministro da justiça do Estado
Novo para formulação de um Ato Institucional.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
As coincidências entre o texto elaborado junto com Rao e o ato
institucional de abril são muitas. Eles apontaram que o fechamento do
senado e do congresso, a nomeação de interventores nos governo estaduais
e a suspensão temporária de direitos constitucionais eram essenciais
para a vitória do movimento em curso [6].</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Os donos dos veículos de comunicação devem ter começado o dia 1º de
abril com um café da manhã que tinha o sabor da vitória, enquanto
borravam a história do país e a democracia brasileira com ignorância,
violência, dor e sangue.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b> </b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b> <span style="color: white;">></span></b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>A “displicência” de Paulo Bernardo</b></span></span>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Diante desses fatos que marcaram a democracia brasileira é extremamente
importante absorver ensinamentos da história. O discurso do ministro da
comunicação, Paulo Bernardo, reforça a confusão entre marco regulatório
da comunicação e censura.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, Paulo Bernardo diz que o
“marco regulatório não pode ser confundido com controle da imprensa nem
com nenhum tipo de controle de nada” [7].</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
O ministro incorporou a tese da mídia monopolizada que, inclusive
utiliza o exemplo de outros países da América Latina diariamente em seus
jornais, para dizer que a proposta impõe a censura.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Por parte dos ativistas que, aliás, é muito mais amplo que o Partido dos
Trabalhadores, não há nada de censura e controle prévio. Há, o
contrário, propostas que favorecem a consolidação do processo
democrático do país.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
Entre as propostas consta a pluralidade e diversidade na mídia; a
restrição de monopólios e oligopólios, a unificação da legislação que é
toda fragmentada, e até mesmo o direito de resposta sobre veiculações
sem responsabilidades com a apuração real dos fatos.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span><br />
Se Paulo Bernardo e a presidenta Dilma Rousseff não encarar o tema com a
seriedade que merece, o governo brasileiro pode estar dando corda para
que o IPES de outrora seja o Instituto Millenium de hoje, onde as
discussões para intervenção formal já faz parte da pauta.</span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="color: white;">></span> </b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Notas:</b></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
[1,5,6] Oscar Pilagallo. A história da imprensa paulista. Três Estrelas. 2012. </span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">[2] Acervo Folha de São Paulo. Editorial do dia 21/01/1963</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
[4]Claudio Abramo. A regra do jogo: o jornalismo e a ética do marceneiro. Companhia das Letras.1988</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
[3]Fernando Morais. Chatô: O rei do Brasil. Companhia das Letras. 1994.</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
[7]Entrevista com Paulo Bernardo. O Estado de S. Paulo. 20/03/2013</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Blog do Miro </span></span></span></div>
<span class="post-author vcard">
</span>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-8712010196195436892013-03-30T20:01:00.001-03:002013-03-30T22:35:17.334-03:00Política no ar e no sangue: a concentração Midiática na Paraíba<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm -0.05pt 0.0001pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 47.2667px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">O</span><span style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"> modelo
de expansão dos meios de comunicação no Brasil teve sua ação centralizada e
controlada por poucos. O que colaborou para que as concessões de radiodifusão
se tornassem uma importante moeda política usada para conquista de apoio
partidário e eleitoral. O resultado disso é catastrófico: a mídia no Brasil é
fortemente caracterizada pela concentração das concessões de radiodifusão nas
mãos de poucas famílias e uma grande quantidade de políticos como
concessionários. Com os meios de comunicação atrelados a interesses
particulares, não podemos nos iludir com uma comunicação democrática. Tal
conjuntura torna impossível que a mídia atue como ferramenta para a difusão e
defesa do interesse público.</span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Na
Paraíba, a situação não é diferente: poucas famílias dominam a mídia e o número
de políticos que detém concessões de radiodifusão é considerável. Tão
considerável que é possível contar nos dedos de uma única mão as concessões que
não estão nas mãos de políticos. Apesar de ser um serviço público, o setor de
radiodifusão no Brasil ainda é pouco coberto pelas ferramentas de
transparência, que mudaram a paisagem da democracia brasileira e de certa forma
alteraram o modo de lidar com os bens públicos. Saber quem são donos e a que
interesses estão atrelados é fundamental para compreender a emissora que presta
serviço. A relevância, no entanto, não altera o quadro de quase escuridão. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Devido à
ausência dessa transparência de informações, para ter acesso a dados mais
detalhados sobre esse setor é preciso ter talento de detetive. Uma observação
rápida da lista de sócios e diretores das concessões de radiodifusão na Paraíba
é suficiente para perceber a grande repetição de nomes e sobrenomes, o que
caracteriza a concentração. Já uma observação um pouquinho mais atenta nos fará
enxergar um panorama ainda mais preocupante. A propriedade dos meios de
comunicação na Paraíba coincide com o universo de disputa política do estado.
Falamos, portanto, do controle político da produção da informação. Essa
constatação não deve colocar em alerta somente os paraibanos. Este panorama é
um retrato da comunicação brasileira, o que reforça a necessidade de que a
bandeira da democratização da comunicação precisa ser empunhada por toda a
sociedade.</span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Com os
meios de comunicação nas mãos, famílias historicamente abastardas detêm não só
um palanque midiático, mas um fórum permanente de discussões. Focando no caso
paraibano, a conclusão é bastante desconfortante: a mídia paraibana está
fortemente submetida aos interesses privados e hegemonicamente vinculada às
elites políticas conservadoras. Mais do que detentores de mandatos políticos, a
parcela que não coincidentemente detém as concessões é, em sua maioria,
composta por grandes agropecuaristas do estado, usineiros e empresários. Que se
dividem entre atividades partidárias e empresariais. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">Quem são os radiodifusores-políticos paraibanos? </span></b></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">A tônica
das Políticas de Comunicação clientelista de diversas gestões presidenciais
acentua o caráter concentrado da estrutura midiática brasileira, mas uma gestão
do executivo em especial potencializou a situação. Beneficiando sobretudo os
políticos, o governo Sarney, tendo Antônio Carlos Magalhães como chefe do
Ministério das Comunicações, foi uma verdadeira “fábrica de concessões”. Os
critérios de distribuição que </span><span style="line-height: 150%;">eram políticos e claramente
clientelistas se perpetuaram ao longo da vida política brasileira. </span><span style="line-height: 150%;">Como reflexo dessa realidade, vários
políticos detêm, em seus nomes, concessões de radiodifusão na Paraíba. Se
computarmos nessa conta os políticos sem mandatos, seus filhos ou parentes a
lista praticamente coincidiria com aquela disponibilizada no portal do
Ministério das Comunicações. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Ligados ao
panorama político mais recente, podemos destacar os seguintes nomes: Armando
Abílio, ex-deputado federal e presidente do PTB, é sócio da Rádio Cidade
Esperança, em Esperança; Damião Feliciano, também deputado federal, é sócio da
Rádio Santa Rita e da Rádio Panorâmica, em Campina Grande; Efraim Morais,
ex-senador e atualmente Secretário de Infraestrutura do Estado, é sócio da
<b><a href="http://www.valefm102.com.br/">Rádio Vale do Sabug</a>i</b>, em Santa Luzia, sua cidade natal; Francisca Motta,
prefeita de Patos, é Sócia do Sistema Itatunga de Comunicação e da <b><a href="http://www.102fmpatos.com.br/">Rádio Itatunga</a></b>, em Patos; Marcondes Gadelha, presidente do PSC, é sócio da Rádio
Jornal de Sousa e da Rádio Líder; Nabor Wanderley, ex-prefeito de Patos, ao
lado da atual prefeita da cidade, é sócio do Sistema Itatunga de Comunicação e
da <b><a href="http://www.102fmpatos.com.br/">Rádio Itatunga</a></b>; José Rafael Aguiar, segundo suplente do Senador Cícero
Lucena, é sócio-diretor da Rádio Cultura de Guarabira, parentes também são
sócios da Rádio Guarabira FM; Léa Toscano, deputada estadual e ex-prefeita da
cidade de Guarabira, é sócia da <b><a href="http://www.constelacaofm.com.br/#">Rádio Constelação</a></b>, da cidade de Guarabira. Léa
também é esposa do atual prefeito; Raniery Paulino, deputado estadual e filho
do ex-governador Roberto Paulino, é sócio da <span style="color: blue;"><b>Rádio Guarabira FM</b></span>, que atua na
cidade de Guarabira e São Bento; Rita Nunes, ex-prefeita de Teixeira, é sócia
da <span style="color: blue;"><b>Rádio Liberdade</b></span>, na cidade em que governou; Wilson Braga, deputado estadual
e ex-governador da Paraíba é sócio da <span style="color: blue;"><b>Rádio Cidade de Piancó</b></span>, ao lado de sua
irmã Nice Braga. Nice é irmã de Vani Braga, ex-prefeita da cidade Conceição, e
mãe de Alexandre Braga Pegado, ex-prefeito da mesma cidade, e de Francisca
Leomar, conhecida como Lola, candidata derrotada a prefeitura em 2012, que ao
lado da cunhada é sócia da <span style="color: blue;"><b>rádio Conceição FM.</b></span> </span></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">A família comandou a cidade por
mais de 50 anos.</span></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"> </span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">A ligação
com políticos não se resume às rádios e sistemas de comunicação do interior do
estado somente. Os dois principais sistemas de comunicação, também estão nas
mãos de duas figuras que atuaram na Política. <span style="color: blue;"><b>A Rede Paraíba</b></span>, que aglomera o
<span style="color: blue;"><b>Jornal da Paraíba</b></span>, as <span style="color: blue;"><b>TV Paraíba</b></span> e <span style="color: blue;"><b>TV Cabo Branco</b></span>, as rádios <b><span style="color: blue;">CBN</span></b> e <span style="color: blue;"><b>Cabo Branco</b></span>
e o <span style="color: blue;"><b>Portal G1</b></span>, é administrada pelo grupo São Braz, da família Silva. Tem José
Carlos da Silva Júnior como sócio. <b><a href="http://www.senado.gov.br/senadores/senLegisAnt.asp?leg=&tipo=2&nlegis=51&codparl=143">Silva Júnior</a></b>, como é conhecido na Política,
foi vice-governador da Paraíba de 1983 a 1986, na gestão Wilson Braga, e
suplente de Ronaldo Cunha Lima no Senado. Assumindo o cargo, em virtude do
afastamento do titular, em 1996, 1997 e 1999. <span style="color: blue;"><b>O Sistema Correio</b></span>, por sua vez, é
administrado pela família de Roberto Cavalcanti. Reúne as <span style="color: blue;"><b>TV Correio</b></span> e <span style="color: blue;"><b>RCTV</b></span>, o
<span style="color: blue;"><b>jornal Correio da Paraíba</b></span> e o <b><span style="color: blue;">Paraíba Já</span></b>, o <span style="color: blue;"><b>Portal Correio</b></span> e várias rádios. A
maior parte das concessões está nos nomes de Beatriz Albuquerque Ribeiro, Maria
Alice Albuquerque Ribeiro e Martha Albuquerque Ribeiro, outras estão registradas
no nome de Roberto Cavalcanti Filho, todos parentes de Roberto Cavalcanti, que
também detém concessões em seu nome. <span style="color: blue;"><b><a href="http://www.senado.gov.br/senadores/senLegisAnt.asp?leg=a&tipo=2&nlegis=53&codparl=3631">Roberto Cavalcanti</a></b></span> foi suplente no Senado
de José Maranhão e chegou a assumir o cargo em 2006 e de 2009 a 2011, depois de
executar, através de seus veículos, uma intensa campanha pela cassação do
governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><b><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Comunicação como um negócio de família e o controle Político
da Informação</span></span></b><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="line-height: 150%;"> Assim como a Política, a comunicação
também é um negócio de família. Muito embora, a quantidade de Políticos
concessionários seja considerável, muitos também são beneficiados pelas
concessões sem solicitá-las em seu próprio nome. Na órbita do poder político,
algumas concessões estão em nomes de terceiros ou de parentes de políticos
influentes. Como é o caso de Agnaldo Ribeiro, Ministro das Cidades. Segundo
dados do Observatório do Direito à Comunicação e da Folha de São Paulo, o
Ministro controla, através de terceiros</span><span style="background-color: white; line-height: 150%;">,
as
concessões das rádios <span style="color: blue;"><b>Cariri AM</b></span> e <span style="color: blue;"><b>PB FM</b></span>. Agnaldo é filho de Enivaldo
Ribeiro (ex-prefeito de Campina Grande), presidente do PP, e irmão da
Deputada Estadual
Daniela Ribeiro, que tem um programa chamado “Mandato Popular” na
rádio. A mãe deles, Virgínia Veloso Borges, é
prefeita da cidade de Pilar. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background-color: white; line-height: 150%;">E este
é um ponto interessante para pensarmos sobre o leque de beneficiados pelas
concessões públicas. Já que parte da atividade política consiste no controle da
formação da opinião pública, nas mãos de membros e empregados, a concessão é
ferramenta importante para a manutenção dos interesses políticos daquele grupo
familiar. Na Paraíba, vários familiares de políticos detêm concessões de
radiodifusão. O irmão do Deputado Estadual Carlos Bating</span><span style="background-color: white; line-height: 150%;">a, por
exemplo, </span><span style="line-height: 150%;">Alberto
Jorge Batinga Chaves, é sócio-diretor da <b><a href="http://www.radiocidadesume.com.br/programacao.php">Rádio Cidade FM</a></b> de Sumé, na ponta sul
da Paraíba, região de atuação política do deputado. Ele também é sócio de uma rádio com mesmo
nome em Cuité, cidade localizada no extremo norte do estado. </span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><b>* </b>(grifo meu)Tarcísio Marcelo, que já foi prefeito <span style="font-size: small;">da cidade de Belém, agreste paraibano, e <span style="font-size: small;">ex<span style="font-size: small;">-</span></span>deputado estadual é sócio<span style="font-size: small;">-</span>superintendente da rádio <span style="color: blue;"><b>Talismã</b></span> <span style="color: blue;"><b>FM</b></span>, Tárcisio é filho do ex-prefeito da cidade, João Gomes de Lima e irmão do deputado <span style="font-size: small;">e <span style="font-size: small;">P</span>resid<span style="font-size: small;">ente da <span style="font-size: small;">A</span>ssem<span style="font-size: small;">bl<span style="font-size: small;">eia <span style="font-size: small;">L</span>egis<span style="font-size: small;">lativa da Paraíba, Ricardo Marcelo.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span> </div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">O
mesmo acontece em Sousa, onde dez
membros da família Gadelha dividem a sociedade de duas importantes
rádios da
cidade: a <span style="color: blue;"><b>Rádio Jornal de Sousa</b></span> e o <span style="color: blue;"><b>Sistema Regional de Comunicação</b></span>,
cujo nome
fantasia é <span style="color: blue;"><b>“Rádio Líder FM”</b></span>. A família também domina a disputa política
da
região. Salomão Gadelha, já falecido, foi prefeito da cidade. Marcondes
Gadelha
foi senador e atualmente preside o PSC, seu filho Leonardo Gadelha é
deputado
federal. Lafayette Gadelha é vereador da cidade, e ao lado de sua irmã
Myriam Gadelha administra a <span style="color: blue;"><b>Rádio Líder</b></span>. André Gadelha é o atual
prefeito. Dois membros da família, Renato Gadelha e Dalton Gadelha,
compartilham sociedade da rádio Cidade de <span style="color: blue;"><b>Esperança FM</b></span>, com o
ex-deputado
federal Armando Abílio. A <span style="color: blue;"><b>rádio Líder FM</b></span> teve sua programação
temporariamente
suspensa durante a disputa eleitoral de 2012. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; color: #1e1e1e; line-height: 150%;">A justiça constatou que a emissora dedicou mais de 50% do tempo de
diversos programas da grade beneficiando o candidato a prefeito André Gadelha,
em detrimento dos outros candidatos. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">As ondas sonoras de Cajazeiras também
são ocupadas pela <span style="color: blue;"><b><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1dio_Progresso_%28Sousa%29">Rádio Progresso de Souza</a></b></span> FM. Esta rádio tem como sócios João
Virgínio de Sousa, o João Cazé, ex-vereador do município; Homero de Sá Pires,
ex-prefeito da cidade de Santa Cruz na década de 1960 e pai de Lindolfo Pires,
que atualmente é Deputado Estadual, e candidatou-se a prefeitura da cidade em
2012; outro sócio é José Marques Mariz, parente do ex-governador da Paraíba,
Antônio Mariz. Já a <b><a href="http://www.sousa104fm.com.br/">Rádio Sousa Fm</a></b> é uma
sociedade de Francisco Coura de Sousa e Lúcia Fátima de Oliveira Coura. A
família Coura tem tradição empresarial formando o grupo F. Coura. Porém teve
representantes na política como Francisco de Assis de Sousa, conhecido como
Hominho Coura, que foi vereador de Sousa de 1992 a 2001.</span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Na
cidade de Patos o domínio da comunicação se confunde com a árvore genealógica
da família, cujo tempo de administração da cidade é de 35 anos. A atual prefeita
é sócia da radio Itatunga ao lado do seu ex-genro, o ex-prefeito da cidade
Nabor Wanderley Filho. O mandato do deputado federal Hugo Mota também é um
legado da família. Hugo é neto de Francisca atual prefeita e de Edvaldo
Fernandes Motta, ex-deputado também sócio da rádio, e de Nabor Wanderley,
ex-prefeito. Hugo é filho de Nabor Wanderley Filho, que também ex-prefeito. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Em Pombal, a posse dos meios de
comunicação também coincide com a Política. São os Pereira Lima que detém a
concessão da <b><a href="http://www.maringa98fm.com.br/">Rádio Maringá</a></b>, desde 1982, e alguns mandatos políticos. Na lista atualizada em Janeiro de 2013 pelo
Ministério das Comunicações, Adauto Pereira Lima, já </span><span style="line-height: 150%;">fale</span><span style="line-height: 150%;">cido,
permanece como sócio da Rádio Maringá de Pombal, ao lado do seu irmão Aécio,
também falecido. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 150%;">Adauto foi deputado estadual de 1983 até
2003, quando morreu. </span><span style="line-height: 150%;">O pai deles foi prefeito da cidade por três mandatos. Já Aécio foi deputado de 1975 a 1983.</span><span style="line-height: 150%;"> </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Em Guarabira, o panorama se repete, mas
ganha contornos diferentes. A <span style="color: blue;"><b>Rádio Guarabira FM</b></span> é dividida entre Beatriz
Ribeiro, diretora do <span style="color: blue;"><b>Sistema Correio de Comunicação</b></span>, o deputado estadual
Raniery Paulino e <b><a href="http://www.parlamentopb.com.br/Noticias/?residente-em-guarabira-filha-de-suplente-de-cicero-assessora-vital-15.02.2013">membros da família Aguiar</a></b>: </span><span style="line-height: 150%;">Jaberlly Cristina de
Lucena Aguiar, Maria José de Lucena Aguiar e Jacquelyne de Lucena Aguiar, que
têm relações políticas diversificadas. </span><span style="background-color: white; line-height: 150%;">João Rafael de Aguiar, patriarca
da família, é também sócio-diretor da <span style="color: blue;"><b>Rádio Cultura de Guarabira</b></span>. Empresário
importante da cidade, João Rafael é segundo <b><a href="http://www.senado.gov.br/senadores/dinamico/paginst/senador4529a.asp">suplente do Senador Cícero Lucena</a></b>. </span><span style="line-height: 150%;">Segundo
o portal Parlamento PB, a</span><span style="background-color: white; line-height: 150%;">s relações políticas da família são bem
diversificadas, já que apesar de suplente do senador do PSDB, suas filhas atuam
como assessoras do Senador Vital do Rêgo, do PMDB. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background-color: white; line-height: 150%;">A atual conjuntura política do
estado e o comportamento dos grandes grupos de comunicação também colaboram
para que o jogo político da radiodifusão na região seja bastante complexo. Como
citamos, a sociedade da <span style="color: blue;"><b>Rádio Guarabira Fm</b></span> também é dividida entre deputado
<span style="color: blue;"><b><a href="http://www.al.pb.gov.br/parlamentares/ranierypaulino/biografia.php">Raniery Paulino</a></b></span>, da família que disputa a política na região e que hoje é
oposição tanto no panorama estadual quanto do município de Guarabira, e o
<span style="color: blue;"><b>Sistema Correio de Comunicação</b></span>, que atualmente está na órbita do governo
estadual. Entrevistando o atual prefeito da cidade, Zenóbio Toscano,
jornalistas da <span style="color: blue;"><b>Rádio Correio</b></span> em João Pessoa insinuaram, ao vivo, que a
entrevista pudesse não ser retransmitida na rádio <span style="color: blue;"><b>Guarabira FM</b></span>, em virtude de
romper com os interesses do grupo político dos Paulinos. O diretor de
Radiojornalismo do <span style="color: blue;"><b>Sistema Correio</b></span>, o jornalista, que também é dono do portal
<span style="color: blue;"><b><a href="http://www.politicapb.com.br/">PoliticaPB</a></b></span> e da <span style="color: blue;"><b>Revista Politika</b></span> e pré-candidato a deputado estadual, <b><a href="http://www.blogdofurao.com/blog/fabiano-gomes-lanca-pre-candidatura-a-deputado-em-2014-e-aponta-jeova-e-ze-aldemir-para-federal/">Fabiano Gomes</a></b>, foi enfático e declarou que se isso acontecesse, o sócio deveria “pegar
o seu boné”, isto é, acabar com a sociedade já que os interesses políticos do
Sistema de Comunicação na região agora são outros. Ouça o trecho <span style="color: blue;"><b><a href="https://soundcloud.com/claudiacrvlh/entrevista-correio-sat">aqui</a></b></span>. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Porém o atual prefeito, Zenóbio Toscano, não está fora da
rede de concessionários. Sua esposa e deputada estadual </span><span style="line-height: 150%;">Maria
Hailea Araujo Toscano, cujo apelido é </span><span style="line-height: 150%;"><b><a href="https://brejo.com/2011/07/29/lea-toscano-lanca-programa-de-radio-em-guarabira/">Léa Toscano</a></b>, é sócia da <b><a href="http://www.constelacaofm.com.br/#">rádio Constelação</a></b>, também em Guarabira. A disputa política na região coincide com
essa divisão dos meios de comunicação do município. Veja: O pai de Raniery
Paulino, Roberto Paulino, foi prefeito da cidade entre 1977 e 1982, sucedido
por Zenóbio Toscano 1983-1988; Roberto retoma o poder em 1989 a 1992; é
sucedido por Jáder Soares Pimentel, 1993 a 1996; quando assume Léa Toscano por
dois mandatos de 1997 a 2004; sucedida por Maria de Fátima Paulino, por dois
mandatos 2005 a 2012; até que Zenóbio retoma o poder para o mandato de 2013-2017. Tal relato só reforça a tese de que os meios
de comunicação estão diretamente conectados com os interesses e a disputa
política. O que nos leva a concluir que a produção e a distribuição da
informação da região estão a serviço do interesse particular destas famílias em
detrimento ao interesse público. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">Os Governadores e os seus veículos </span></b></span></span><br />
</div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="line-height: 150%;"> Não para por aí. Do período político
de redemocratização até os dias de hoje, a maioria dos governadores paraibanos estiveram
sob o guarda chuva de veículos de comunicação que são negócios de suas
famílias. Vamos começar por Clóvis Bezerra Cavalcanti, já falecido, mas que
ainda consta como sócio na lista do Ministério das Comunicações foi governador
por um ano (1982/1983), vice-governador em dois mandatos, prefeito da cidade de
Bananeiras e deputado de meados da década de 1940 a 1980. É sócio da <span style="color: blue;"><b>Rádio
Integração do Brejo</b></span>, na cidade de Bananeiras, ao lado de Mozart Bezerra
Cavalcanti e Afrânio Ataíde Bezerra Cavalcanti. O primeiro foi prefeito da
cidade vizinha, D. Inês, e o segundo Deputado Estadual. A família permanece
importante na região, estendendo sua influência para todo o estado. Oriundos
deste clã são o ex-prefeito da cidade Augusto Bezerra Cavalcanti Neto e Antônio
Hervázio Bezerra Cavalcanti, que atualmente é Deputado Estadual. Porém, desde
1992, a rádio é <span style="color: blue;"><b>administrada pela Diocese Guarabira. </b></span></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">De 1998 em diante, a política paraibana passou a ser
fortemente caracterizada pela bipolarização partidária. Característica que é
resultado do rompimento entre políticos oriundos do PMDB. Depois do episódio de
rompimento, a administração política do estado, basicamente, passou a ser
dividida entre o PSDB e o PMDB. Essa polarização começa a ser apagada do
panorama administrativo, com o fortalecimento de outros partidos, mas ainda se
reflete na organização midiática do estado. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">O grande responsável pela cisão do PMDB, foi o governador
Ronaldo José da Cunha Lima (1991 a 1994), falecido em 2012, que é pai do atual
senador e ex-governador (2003 a 2009), Cássio Cunha Lima. Ambos figuram entre
os governadores que detém parentes como concessionários de radiodifusão. A <span style="color: blue;"><b>rede
Tamandaré</b></span>, da cidade de Picuí, é uma sociedade de Savigny Rodrigues da Cunha
Lima e Silvana Medeiros da Cunha Lima. Como senador, Ronaldo contou com a
suplência de Silva Júnior, dono da <b><span style="color: blue;">Rede Paraíba. </span></b></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Seus arquirivais também estão dotados das mesmas ferramentas
estratégicas. Os ex-governadores José Maranhão e Roberto Paulino detêm
concessões em nome de parentes, conforme já detalhamos. Roberto é pai de
Raniery Paulino, que detém concessões na sua cidade base, Guarabira e na cidade
de São Bento. Já na cidade natal de Maranhão, Araruna, sua irmã Wilma Targino
Maranhão é sócia, ao lado de Magda Maranhão, da <b><a href="http://www.radioserrana590pb.com/">Rádio Serrana</a></b>. A família domina
a Política na região. Wilma é prefeita da cidade, seu filho, Benjamin Maranhão,
é Deputado Federal. E Olenka Maranhão é deputada estadual. Como senador, José
Maranhão ainda contou com a providencial suplência de Roberto Cavalcanti, dono
do <span style="color: blue;"><b>Sistema Correio de Comunicação. </b></span></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">Casos de Família </span></b></span></span></div>
</div>
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">As ondas sonoras que circulam na
cidade sertaneja de Santa Luzia também são influenciadas pelos políticos. A
rádio <b><a href="http://www.valefm102.com.br/">Vale do Sabugy</a></b> é uma sociedade de Efraim Morais, ex-senador e atual
secretário de Infraestrutura do Estado e José Ademir Pereira de Morais,
ex-prefeito da cidade. O pai de Efraim, Inácio Bento foi prefeito da cidade nas
décadas de 1940 e 1960. E a política segue circulando nas veias da família, o seu
filho Efraim Filho é atualmente deputado federal e foi candidato à
vice-prefeitura da capital do estado em 2012. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Ainda no sertão, a cidade de
Cajazeiras segue os exemplos. Duas rádios, <span style="color: blue;"><b>Difusora</b></span> e <span style="color: blue;"><b>Patamute</b></span>, da cidade são
de propriedade do grupo Cavalcanti Primo. Já a rádio <span style="color: blue;"><b>Alto Piranhas</b></span> é uma
sociedade de Maria Antonieta de Albuquerque, José Antônio de Albuquerque, filho
de Francisco Arcanjo Albuquerque, que apesar de falecido ainda figura como
sócio da rádio para o Ministério das Comunicações. Zé Antônio atualmente é
professor universitário, e foi cotado a vice-prefeitura da cidade em 2012, mas
não se candidatou, apesar de filiar-se ao PSD. Já a Rádio <b><a href="http://www.diariodaoeste.com.br/quem-somos.php">Oeste de Cajazeiras</a></b> é
propriedade de José Nello Rodrigues, conhecido como Zerinho, que foi prefeito
da cidade de 1993 a 1997. Seu filho José
Arlan Silva Rodrigues também é sócio e atua como Secretário de Pesca e
Agricultura, do município de Cabedelo no litoral da Paraíba. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Em Santa Rita, o retrato de
continuidade e imbricamento com os meios de comunicação é o mesmo. Severino
Maroja, conhecido como o eterno prefeito de Santa Rita, é dono da <span style="color: blue;"><b>Rádio Santa
Rita</b></span>. E pai de Rachel Maroja, com quem divide a administração da rádio e o
gosto pelos cargos públicos. Rachel foi candidata à deputada em 2010. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="line-height: 150%;"> A
pacata cidade de Serra Branca tem um grande empresário à frente de seu
principal veículo de comunicação, a <span style="color: blue;"><b>rádio Serra Branca FM</b></span>, tem como sócio
<a href="http://www.magshopping.com.br/acontece/142,,empreendedor-do-mag-aniversaria-nesta-quarta-feira.html"><b>Manoel Alceu Gaudêncio</b>,</a> dono do MAG Shopping de João Pessoa. Mas se engana quem
acha que ele não tem um pezinho na política. Manoel foi deputado estadual de
1970 a 1990. O também Gaudêncio, Àlvaro Neto partilha a sociedade da rádio e
também tem a carreira política no sangue. Seu pai foi deputado federal e
prefeito da cidade. Ele foi deputado federal. A outra rádio da cidade, a <span style="color: blue;"><b>rádio
Independente do Cariri</b></span>, é propriedade de Juarez Maracajá, ex-prefeito de Serra
Branca e da vizinha cidade de Gurjão. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<span style="line-height: 150%;"> A
cidade de Princesa Isabel também não escapa. O filho e o neto do Coronel José
Pereira Lima, que deflagrou a Revolução de Princesa, Aloysio Pereira Lima e
José Pereira Lima Neto administram a rádio da cidade, a <b><a href="http://radioprincesa970.com/">rádio Princesa</a></b> Aloysio foi deputado por seis mandatos. Além do filho, Aloysio divide sociedade
com o já falecido ex-prefeito da cidade Luiz Gonzaga de Sousa, conhecido como
Gonzaga Bento, que é avô do ex-prefeito da cidade Thiago Pereira de Sousa Soares.
A família Pereira carrega setores de administração da cidade desde o início do
século XX. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b><span style="line-height: 150%;">O que
pensar da comunicação na Paraíba? </span></b></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">A bipolarização da política
(oposição x situação) se reflete nos veículos de comunicação organizados em
âmbito estadual e no âmbito municipal. O que significa que, respeitando as
especificidades de cada esfera, a informação estará sempre em favor de um ou
outro grupo. A concentração nas mãos de políticos é uma das chaves explicativas
para compreender o porquê da ênfase da mídia paraibana na cobertura dos eventos
e atividades políticas do estado. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Soma-se a essa conjuntura à
dependência de enorme parcela da população do poder público. Dados do IBGE
apontam que </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 150%;">90% dos municípios da PB dependem (em mais de 40%) dos
recursos federais<span class="apple-converted-space">, o que faz com que o
interesse pela informação sobre a Política Partidária seja também uma questão
de sobrevivência. Porém, a questão que nos chama atenção neste quadro é o
modelo de produção e acesso à informação que se pratica. Ou seja, nos preocupa
a constatação de que a informação veiculada em suportes que na teoria prestam
um serviço público é produzida sobre interesse particulares e como ferramenta
eleitoral. </span></span><span style="line-height: 150%;"></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">Se ainda resta dúvidas, é bom
afirmar: a comunicação paraibana anda lado a lado com a Política Partidária no
estado, que pouco e vagarosamente se renova. Em parte dos casos apresentados,
as rádios pertencem a grupos que se mantém no poder há décadas. Este fato, só
reforça a tese de que os instrumentos de comunicação, ao lado de outras
ferramentas sociais como o próprio mandato e as suas prerrogativas, são
ferramentas fundamentais para a manutenção e a criação de parte do capital
simbólico que sustenta essa estrutura. O que significa que a não renovação da
política partidária também é resultado da estrutura midiática. E que a não
alteração da estrutura midiática implica, de certo modo, na manutenção da
conjuntura política. </span></span></span>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">É difícil, diante de tal cenário, acreditar na
possibilidade de independência na produção jornalística praticada em tais
veículos. A difusão e a transparência das informações do setor necessitam ser
dia-a-dia aprimoradas e a democratização da comunicação é urgente. </span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><b><span style="color: blue;"><a href="http://www.sendspace.com/file/tp2iw2">Baixe</a></span></b> a lista de sócios e diretores atualizada em Janeiro de 2013 pelo Ministério das Comunicações. </span></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
</div>
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 106.2pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span><span style="font-size: small;">Janaine Aires é jornalista, mestranda do Programa de
Pós—graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ. Membro do Observatório da Mídia
Paraibana e do Coletivo COMjunto de Comunicadores Sociais.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 106.2pt; text-align: left;">
<br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Fonte: Observatório da Mídia Paraibana </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-75246120010873520972013-03-03T19:36:00.004-03:002013-03-03T19:55:55.068-03:00Nota de repúdio às declarações escritas pelo Diretor do Centro de Humanidades da UEPB, Prof. Dr. Belarmino Mariano Neto<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Guarabira-PB, 02 de março de 2013.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">Nota de repúdio</span><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">Manifestamos publicamente nosso repúdio às declarações escritas pelo Diretor do Centro de Humanidades da UEPB, Prof. Dr. Belarmino Mariano Neto, segundo as quais parte do patrimônio da universidade foi depredada de modo “criminoso” para produzir fotografias sobre as atuais condições da infra-estrutura do campus de Guarabira. Tais acusações têm n</span><span class="text_exposed_show" style="color: #333333; display: inline; font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px; text-align: justify;">otória intenção de intimidação do movimento grevista de docentes e técnicos-administrativos em curso. Trata-se de uma usual tática autoritária verificada durante todo o período republicano, que tenta criminalizar todo e qualquer movimento de ação coletiva, que não pode ser tolerada em um regime democrático, menos ainda em uma Universidade Pública.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 18px;">
</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"></span></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><br /></span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;">
<span style="color: #333333; line-height: 18px;"></span></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">Alômia Abrantes da Silva</span></span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><span style="color: #333333; line-height: 18px;">
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Edna Maria Nóbrega Araújo</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Francisco Fábio Dantas da Costa</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Geralda Medeiros Nóbrega</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Ivonildes da Silva Fonseca</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
João Batista Gonçalves Bueno</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Luciana Calissi</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Marisa Tayra Teruya</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Martinho Guedes</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Rita de Cássia Cavalcante</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Tiago Bernardon de Oliveira</div>
</span><span style="color: #333333; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
Waldeci Ferreira</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fotos onde o Diretor do Campus III afirma ser depredação de criminosos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5NvYdSUJBh2NCsK9n3BDz4OD8hzNxPvD98UB093om7XADDDiSRTnEYESOYr12o2yDaDjUkoVxdqCuFb0kUGodMMiKlUGmsApsw_9gfHwy3Ec9lfvtOQ5My668cQhX3LcUDQfBFIWdDobu/s1600/foto+uepb+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5NvYdSUJBh2NCsK9n3BDz4OD8hzNxPvD98UB093om7XADDDiSRTnEYESOYr12o2yDaDjUkoVxdqCuFb0kUGodMMiKlUGmsApsw_9gfHwy3Ec9lfvtOQ5My668cQhX3LcUDQfBFIWdDobu/s320/foto+uepb+1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: small;">Cupins tomando conta do teto.</span></b><o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPBRdEenlptWZ_ePgM8cx31ANUE0TyR_PvRqC0gmYRDK5jNO-bSqxWzogie1tfWYfvS7LYxpA8MHWvUugGdB_vtrsaTlvqf5PmSPwg5EqNeGNsbh_8FAGu1VTsueecdALKARY7jOygacAY/s1600/foto+uepb+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPBRdEenlptWZ_ePgM8cx31ANUE0TyR_PvRqC0gmYRDK5jNO-bSqxWzogie1tfWYfvS7LYxpA8MHWvUugGdB_vtrsaTlvqf5PmSPwg5EqNeGNsbh_8FAGu1VTsueecdALKARY7jOygacAY/s320/foto+uepb+2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: small;">Teto do laboratório do Campus desabou.</span></b><o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJa-FvWrBF836_DwzvBrkBdtfu-Olc1v6JluggCBWQmL-KPZC2KYyYMLDjeSW8w4w3aiRQHmzvgdz1p2xB3WOuFGRBlnNQtxy-MYY61_RkgNWXJ6L-UTdXoupM9SdS1wQC549Ia3GlkB2/s1600/foto+uepb+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJa-FvWrBF836_DwzvBrkBdtfu-Olc1v6JluggCBWQmL-KPZC2KYyYMLDjeSW8w4w3aiRQHmzvgdz1p2xB3WOuFGRBlnNQtxy-MYY61_RkgNWXJ6L-UTdXoupM9SdS1wQC549Ia3GlkB2/s320/foto+uepb+3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: small;">Reboco caindo aos pedaços.</span></b><o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCZyHnVUiA5gNl3-biP6zsfBKCPCBAwSUw7UvkMFLKVLZjMwgrV-51jd8hu_7Y0uIeJkg-c4nOvjPxKLdEApSze0YIANJvywxSjTOUZlYw-3I1tMfffWMCVlSZz0ob8p-dfR2RLOrJQ-pc/s1600/foto+uepb+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCZyHnVUiA5gNl3-biP6zsfBKCPCBAwSUw7UvkMFLKVLZjMwgrV-51jd8hu_7Y0uIeJkg-c4nOvjPxKLdEApSze0YIANJvywxSjTOUZlYw-3I1tMfffWMCVlSZz0ob8p-dfR2RLOrJQ-pc/s320/foto+uepb+4.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="MsoNormal">
<span style="font-size: small;"><b>Teto de gesso aos pedaços. </b></span><o:p></o:p></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span></span></span>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-38501604520406112562012-12-09T16:35:00.003-03:002012-12-09T16:36:22.007-03:00TV Globo e a amamentação das crianças<br />
<div class="post-body entry-content" style="width: 490px;">
<div dir="ltr" trbidi="on">
<div style="line-height: 16px; text-align: justify;">
<b style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Da <a href="http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/2012/12/tv-globo-deve-esclarecer-maes-sobre-periodo-de-amamentacao-recomenda-ministerio-publico-federal" style="color: #36741b; text-decoration: initial;">Rede Brasil Atual</a>:</span></b></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white;"></span><br />
<div style="line-height: 16px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) do Ministério Público Federal em São Paulo recomendou hoje (7) à TV Globo que informe, em rede nacional, que as crianças devem ser amamentadas até os 2 anos ou mais, conforme preconizam o Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria.</span></span></div>
<span style="background-color: white;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;">Com a recomendação, os procuradores esperam que a emissora corrija um erro de informação transmitido num quadro do programa "Mais Você", apresentado por Ana Maria Braga, que foi ao ar na última segunda-feira (3). Durante a atração chamada Game Hipoglós Amêndoas, o educador Marcelo Bueno orientou as mães a desmamar seus filhos a partir do momento em que elas começarem a andar.</span></div>
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4339298396865316950" name="more"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</a><span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Endereçada ao diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, a recomendação estabelece prazo de três dias para que a informação correta seja veiculada no programa "Mais Você" com o mesmo tempo de duração – 9 minutos e 41 segundos.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Segundo os promotores, o esclarecimento deve ser feito preferencialmente durante entrevista com profissional especializado em aleitamento materno ou com a retratação do educador Marcelo Bueno. A informação passada por ele é considerada prejudicial à saúde das crianças. A decisão determina ainda que as mães participantes do quadro sejam informadas sobre o equívoco.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Segundo a recomendação assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, e pelas procuradoras da República Ana Previtalli e Luciana Costa Pinto, uma publicação oficial do Ministério da Saúde ("Dez passos para uma alimentação saudável – guia alimentar para crianças menores de dois anos") preconiza a amamentação até 2 anos ou mais. A mesma orientação é feita pela OMS e pela Sociedade Brasileira de Pediatria.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Os procuradores lembraram que compete aos meios de comunicação, serviço público concedido pelo Estado, “esclarecer a população a respeito de assuntos de interesse público”, além de “não contribuir para a formação de uma cultura prejudicial e errônea”.</div>
</span></span></span></div>
<div style="line-height: 16px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></span></div>
<div style="line-height: 16px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/12/tv-globo-e-amamentacao-das-criancas.html#more"><span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;">Blog do Miro</span></a></span></div>
</div>
<div style="background-color: #d0ae81; clear: both; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 12px; line-height: 16px;">
</div>
</div>
<div class="post-footer" style="background-color: #d0ae81; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 12px; line-height: 1.6; margin: 1.5em 0px 0px;">
</div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-53599752004667129352012-12-09T14:36:00.003-03:002012-12-09T15:07:51.029-03:00Imprensa se calou diante do “mensalão ruralista”<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;">“</span><em style="font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">[O mensalão] ameaça o sistema político. (…) [A transferência de recursos] confirma-se pela compra de apoio político (…), não interessa se o destino do dinheiro seja para gastos de campanha ou gastos pessoais. (…) Os partidos participaram de votações importantes, emprestando apoio [a quem os pagou]</em><span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;">“.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
<i style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><b>Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), em seu voto no julgamento de José Dirceu e José Genoíno<span style="font-size: x-small;">.</span></b></i></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><i><</i></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MXENUbJS_rD4EyYi2aB6ro6zeM-a5lJpotaEgMRDqJBdVZquSmVIEwfYCv-aFUNehbUTHoAH9Bnx57EKvSj92PGJO0x8Vcu-_D4l9-pxCGMkbDJfpQhneo8HQKZdepk7CZaVYRlKheoN/s1600/katia-abreu-bancada-ruralista.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3MXENUbJS_rD4EyYi2aB6ro6zeM-a5lJpotaEgMRDqJBdVZquSmVIEwfYCv-aFUNehbUTHoAH9Bnx57EKvSj92PGJO0x8Vcu-_D4l9-pxCGMkbDJfpQhneo8HQKZdepk7CZaVYRlKheoN/s1600/katia-abreu-bancada-ruralista.jpeg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kátia Abreu, a voz dos ruralistas no Congresso</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Faltando poucas semanas para o 1º turno das eleições municipais deste ano, os olhos do país dividiram-se entre a complexa trama de Avenida Brasil e outra, bem mais simples, do julgamento do “maior caso de corrupção” da história do país. Ao contrário das nuances e dúvidas do roteiro de João Emanuel Carneiro, os papéis de mocinho e bandido estavam bem mais delineados na segunda trama. De um lado o “herói de toga preta” e “menino pobre que mudou o Brasil”. De outro, o “chefe de quadrilha”, obstinado a realizar um “golpe [por um] projeto de poder quadrienalmente quadruplicado”. O desfecho apoteótico viria na condenação que “lava a alma de todos os brasileiros vítimas dos corruptos”, muda nossa história e permite que o Brasil volte “a saber distinguir o certo do errado”.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pois nos mesmos dias, do desenrolar das tramas de Delúbio e Carminha, a poucos metros do STF, o Congresso Nacional votava mais uma tentativa de acordo sobre o Código Florestal. <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Por trás das cortinas, um enredo bem semelhante ao que estaria sendo condenado exemplarmente do outro lado da rua</strong>. Dezenas de parlamentares, que conquistaram o espaço de representação na Câmara dos Deputados com apoio financeiro de empresas do agronegócio, propunham a criação de diferentes tamanhos para as Áreas de Proteção Permanente (APP) em beiras de rio. A medida, que reduziria as chamadas APPs ripárias no Brasil e abriria espaço para o aumento da produção do agronegócio acabou vetada pela presidenta Dilma Rousseff.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso do “mensalão” mais famoso, o empresário Marcos Valério de Souza, dono da agência de publicidade SMP&B, e os gestores do Banco Rural haviam sido condenados por fazer transferências de recursos a partidos políticos objetivando ganhos em decisões do governo. Também o empresário Daniel Dantas agora está sendo julgado pelo mesmo caso. Como responsável, na época, pelas empresas Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular, Dantas teria contratado os serviços de publicidade da SMP&B, para repassar recursos ao PT como forma de obter apoio do governo federal.</span></div>
</div>
<div class="conteudopost" style="margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; text-align: start;">
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E o que buscavam as empresas do agronegócio que, em 2010, doaram dinheiro a campanhas de parlamentares que votariam o Código Florestal em seus mandatos? E os parlamentares, neste caso, não atuaram “emprestando apoio político” a quem os financiou?</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Somente o grupo JBS financiou, com mais de R$ 10 milhões</strong>, 38 dos deputados que votaram pela redução das APPs de beira de rio, como exemplifica o livro Partido da Terra, do jornalista Alceu Castilho. Mas não só a maior empresa de processamento de carne do mundo buscou apoio parlamentar no Congresso. Somente na lista das 10 maiores empresas do agronegócio em 2010, feita pela revista Exame, também a Bunge destinou R$ 1,1 milhão ao financiamento de deputados federais, assim como a CoperSucar, com 450 mil. Quando ocorreu a campanha eleitoral, em 2010, já estava em discussão no Congresso o novo Código Florestal.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para evitar este e outros tipos de “mensalões”, organizações da sociedade civil defendem a aprovação pelo Congresso Nacional de uma reforma política que proíba o financiamento privado de campanhas eleitorais. É o que pede, por exemplo, José Antonio Moroni, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). Ele é um dos coordenadores da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político que mantém uma lista de abaixo-assinado na internet visando atingir 1,5 milhão de assinaturas para embasar um Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enquanto isso, a <strong style="margin: 0px; padding: 0px;">votação do PL de reforma política</strong> proposto pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), que inclui a proposta de financiamento público integral, segue sendo obstruída. O relatório de Fontana é resultado do trabalho da Comissão Especial, criada em fevereiro de 2011, que ouviu juristas e representantes dos movimentos sociais. O texto, no entanto, não foi votado por obstrução. Entre outros fatores, pela extinção do financiamento privado de campanha.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- O abuso do poder econômico termina escolhendo candidatos muito mais pela capacidade de arrecadação do que pelas ideias que eles defendem, criando uma democracia de desiguais – avalia o deputado Henrique Fontana (PT-RS), em entrevista ao jornal Brasil de Fato. “O que corrige essas questões é o financiamento público exclusivo, com teto de gastos e forte diminuição dos custos de campanha”.</span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="color: #888888; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Daniel Merli, jornal <a href="http://www.brasildefato.com.br/" style="color: #2564c2; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial;" target="_blank"><span style="color: #888888; margin: 0px; padding: 0px;">Brasil de Fato</span></a>.</span></span></div>
<div style="padding: 0px 0px 25px; text-align: justify;">
<span style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/12/imprensa-se-calou-diante-mensalao-ruralista.html">Pragmatismo Político</a></span></span></div>
</div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-61182644258548543602012-10-11T10:43:00.004-03:002012-10-11T10:49:43.539-03:00Ato criminoso: Imprensa da Paraíba repercute invasão da residência do prefeito eleito de Belém-PB<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxE_5a67clGSL5f1U6RrNBNDrPARnJW89A3qNWYUkGGAde-hPgipHk6TyeDmHCg3Jo18z1feCm2zBQakIFCNyMTbmSxq_AK8mxhtIx81DzKcxStPmAr2gNm3V2Q3pXrOrF3CAPmvYtnZkI/s1600/pulando-muro-250x180.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxE_5a67clGSL5f1U6RrNBNDrPARnJW89A3qNWYUkGGAde-hPgipHk6TyeDmHCg3Jo18z1feCm2zBQakIFCNyMTbmSxq_AK8mxhtIx81DzKcxStPmAr2gNm3V2Q3pXrOrF3CAPmvYtnZkI/s1600/pulando-muro-250x180.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">A imprensa paraibana vem repercutindo a invasão da residência do prefeito eleito de Belém, Edgard Gama, por pessoas ligadas a candidata derrotada, Crisneilde Rodrigues, esposa do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo (PEN), </span><o:p style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;"></o:p><span style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">substituída após inelegibilidade do cunhado Tarcísio Marcelo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Emissoras de rádios, como a Correio FM, Paraíba FM, Arapuã FM, Cultura e Rural AM de Guarabira, destacaram a invasão de domicílio, que tinha como objetivo a colocação de panfletos que poderia prejudicar o prefeito eleito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edgard Gama fez um Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia da cidade de Guarabira, e os acusados responderão pelos crimes de invasão a domicílio e denunciação caluniosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #161616; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A invasão à residência do prefeito Edgard Gama ocorreu na tarde da terça-feira (9) em Belém, distante 120 km da capital, no Agreste Paraibano. Os nomes dos acusados se encontram com a Polícia Civil, inclusive há testemunhas do ato criminoso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 18px; text-align: justify;">
<a href="http://folha13.blogspot.com.br/2012/10/ato-criminoso-imprensa-da-paraiba.html?spref=fb"><span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;">Folha 13</span></a></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-52941392992950746092012-09-16T15:11:00.004-03:002012-09-16T15:13:39.376-03:00BELÉM: candidato do PSB barrado pela justiça perde as estribeiras e parte para agressão a blogueiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjccsGS6dAXTssbMLMGrAjl_r3DIojhCppWElnEyG2ilaiIyhOgOabpJCpcT2QzTnllzjsiRrWabzEoYK3uEmX86qQWOZvW2Jw7PsiqNDrOkm-tjNhi7GtkGBXN1VQXU2_wnRLDTRVhGF3v/s1600/tm.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjccsGS6dAXTssbMLMGrAjl_r3DIojhCppWElnEyG2ilaiIyhOgOabpJCpcT2QzTnllzjsiRrWabzEoYK3uEmX86qQWOZvW2Jw7PsiqNDrOkm-tjNhi7GtkGBXN1VQXU2_wnRLDTRVhGF3v/s1600/tm.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Na noite
de sábado (15), em um arrastão da coligação “agora é o povo que quer”, Tarcísio
Marcelo, que até agora ainda <span style="color: blue;"><a href="http://revistanovoperfilpolitico.blogspot.com.br/2012/09/tre-julgou-hoje-o-embargo-de-tarcisio.html" target="_blank">não conseguiu registrar a candidatura
a prefeito de Belém</a></span>, perdeu as estribeiras e partiu para agressão a
Henrique Filho, que observava o movimento. No exato momento em que Henrique
Filho fazia o documentário, Tarcísio Marcelo deixou o percurso normal do evento
e partiu para agressões verbais, incentivando os populares a agressão que
tentaram danificar o equipamento com tapas e paus de bandeiras. Felizmente a
turma do “deixa pra lá” chegou e não aconteceu o pior. Uma atitude desprezível
para qualquer homem publico, que se preze, isso só mostra o caráter e a índole
de pessoas que são vazias de humanidade, sentimentos e pensamentos
democráticos. A pessoa que não agüenta que outros por discordarem delas, as
observem, não deveria se quer sair de casa, quanto mais tentarem concorrer a um
cargo publico. Mas o que podemos esperar de alguém o qual o Promotor de Justiça
afirmou: “<span style="color: red;"><a href="http://revistanovoperfil.blogspot.com.br/2012/08/belem-indeferida-candidatura-de.html" target="_blank">O impugnado não deveria se quer passar
na calçada de órgão publico</a>”. </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"Times New Roman";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
</style>
<![endif]-->
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Novo Perfil</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Com Diário do Cezar Miranda</span></span></span></span><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-55885908866959801872012-08-22T08:55:00.000-03:002012-08-22T09:06:16.067-03:00STF concede liberdade a fazendeiro acusado de matar Dorothy Stang<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0KLKcJxZO3v9LTlvkiITsmW9pDBOGDzGsEAJ89BWpjzroLNiciyM1YciMt0PSiHfkfzXY9Z6CrPS-ZPnS9Iy4Jkol6M6X559Wj0XA026ORJGmXkKPTlfBRcVcEIktA7U0pF7WwTsj7NLE/s1600/DOROTHY1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0KLKcJxZO3v9LTlvkiITsmW9pDBOGDzGsEAJ89BWpjzroLNiciyM1YciMt0PSiHfkfzXY9Z6CrPS-ZPnS9Iy4Jkol6M6X559Wj0XA026ORJGmXkKPTlfBRcVcEIktA7U0pF7WwTsj7NLE/s320/DOROTHY1.jpg" width="301" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;">SÃO PAULO - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal
Federal (STF), concedeu, nesta terça-feira, 21, liminar em habeas
corpus que determina liberdade provisória para Regivaldo Pereira Galvão,
condenado pelo Tribunal do Júri de Belém (PA) a 30 anos de prisão pela
morte da missionária Dorothy Mae Stang. Segundo o ministro, o alvará de
soltura deve ser cumprido "com as cautelas próprias", caso Regivaldo não
esteja preso por outro motivo. Regivaldo está preso em Altamira (PA)
desde setembro de 2011, quando se apresentou à polícia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Marco Aurélio afirmou que a prisão preventiva deve se basear em
razões objetivas e concretas, capazes de corresponder às hipóteses que a
autorizem. Na decisão, o ministro afirma que, na sentença, "o juízo
inviabilizou o recurso em liberdade com base no fato de o Tribunal do
Júri haver concluído pela culpa", determinando a expedição do mandado de
prisão. "Deu, a toda evidência, o paciente como culpado, muito embora
não houvesse ocorrido a preclusão do veredicto dos jurados", afirmou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em maio, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia
negado pedido de habeas corpus em favor do fazendeiro. O réu teve prisão
preventiva decretada pelo presidente do Tribunal do Júri, como garantia
de manutenção da ordem pública, e ingressou no STJ com pedido para
recorrer em liberdade.</span><br />
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com seis
tiros, no município de Anapu (PA). Na época, a defesa já havia alegado
que o fato de o réu responder por crime hediondo não o impediria de
recorrer em liberdade. Apontou também que haveria constrangimento ilegal
na decisão que determinou a prisão preventiva, pois não haveria fato
novo que a justificasse. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;">O Estado de São Paulo</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-8304873395533740092012-08-21T11:42:00.005-03:002012-08-21T11:46:32.948-03:00A democracia e seus perseguidos<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white; line-height: 22px;"></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><em>Por <span style="color: red;">Vladimir Safatle</span>, na <a href="http://www.cartacapital.com.br/" style="color: #dd0000; font-weight: bold; text-decoration: none;">CartaCapital</a></em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">O governo do Equador deu asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange. O Reino Unido, com seu conhecido respeito seletivo pela legislação internacional, desenterrou uma lei bisonha para afirmar que poderia invadir a embaixada do país latino-americano, a fim de capturar seu inimigo público. Até onde consigo lembrar, esta será a primeira vez que uma embaixada é invadida pela polícia do país no qual ela está situada. Nem mesmo em ditaduras algo parecido ocorreu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">Há de se perguntar se todo esse zelo do Reino Unido pelo cumprimento de um pedido de extradição </span><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;"><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; line-height: 115%;">feito
pela Suécia vem</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; line-height: 115%;"> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; line-height: 115%;">realmente do amor à lei. Ou será que devemos
dizer que Assange é o protótipo claro de um perseguido político pela democracia
liberal?</span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;"><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; line-height: 22px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alguns tendem a defender a posição dos governos britânico e sueco com o argumento de que, enfim, ninguém está acima da lei. Independentemente do que Assange represente, isso não lhe daria direito de “estuprar” duas garotas. É verdade que a definição de estupro pela legislação sueca é mais flexível do que a habitual. Ela engloba imagens como: um homem e uma mulher que estão na cama de comum acordo, sem nenhum tipo de coerção, mas que, em um dado momento, veem a situação modificada pelo fato de a garota dizer “não” e mesmo assim ser, de alguma forma, forçada.</span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vale a pena lembrar que tal definição é juridicamente tão complicada que, quando a acusação contra Assange foi apresentada pela primeira vez à Justiça sueca, ela foi recusada por uma magistrada que entendeu ser muito difícil provar a veracidade da descrição. A acusação só foi aceita quando reapresentada uma segunda vez, não por acaso logo depois de o WikiLeaks começar a divulgar telegramas comprometedores da diplomacia internacional.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas não faltaram aqueles de bom coração que perguntaram: se a acusação é tão difícil de ser provada, então por que Assange não vai à Suécia e se defende? Porque a Suécia pode aceitar um pedido de extradição para os EUA, onde ele seria julgado por crime de espionagem e divulgação de segredos de Estado, o que lhe poderia valer até a pena de morte. Não seria a primeira vez que alguém enfrentaria a cadeira elétrica por “crimes” dessa natureza.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nesse sentido, é possível montar um quebra-cabeça no qual descobrimos a imagem de uma verdadeira perseguição política. Persegue-se atualmente não de uma maneira explícita, mas utilizando algum tipo de acusação que visa desqualificar moralmente o perseguido. Assange não estaria sendo caçado por ter inaugurado um mundo onde nenhum segredo de Estado está seguramente distante da esfera da opinião pública. Um mundo de transparência radical, no qual os interesses inconfessáveis do poder são sistematicamente abertos. Ele estaria sendo caçado por ser um maníaco sexual. Seu problema não seria político, mas moral.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde há muito é assim que a democracia liberal tenta esconder seu totalitarismo. Ela procura desmoralizar seus perseguidos, isso em vez de simplesmente dar conta das questões que tais pessoas colocam. No caso de Assange, ele apenas colocou em prática dois princípios que todo político liberal diz respeitar: transparência e honestidade. Mostrar tudo o que se faz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sua perseguição evidencia como vivemos em um mundo em que todos sabem que os governos não fazem, na política internacional, aquilo que dizem. Há um acordo tácito a respeito desse cinismo. Mas, quando essa contradição é exposta de maneira absoluta, então ela torna-se insuportável.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Lembrem, por exemplo, das razões aventadas pelos governos dos países centrais para a não publicação dos telegramas: eles colocariam em risco a vida de funcionários e diplomatas. Na verdade, eles só colocaram em risco o emprego de analistas desastrados, ditadores como o tunisiano Ben-Ali (que teve seus casos de corrupção divulgados) e negociadores de paz mal-intencionados. Por isso, a boa questão é: o mundo seria melhor ou pior com pessoas dispostas a fazer o que Julian Assange fez?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por fim, vale dizer que aqueles que realmente se interessam por uma mídia livre precisam saudar a decisão do governo equatoriano. A mídia mundial não tem direito à ambiguidade neste caso. Nunca a liberdade de imprensa esteve tão ameaçada quanto agora, diante do problema do WikiLeaks. Pois o site de Assange é o modelo de um novo regime de divulgação de informações e de pressão contra os Estados. Ele é a aplicação da cultura hacker na revitalização do papel da mídia como quarto poder.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="http://www.rodrigovianna.com.br/outras-palavras/caso-wilkileaks-a-democracia-e-seus-perseguidos.html"><span class="Apple-style-span" style="color: #990000;">Escrevinhador</span></a></span></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-1172843920910439712012-08-21T11:12:00.001-03:002012-08-21T11:23:39.361-03:00Sim, eu sou uma vadia!<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Benedita estava coando o café quando Márcia entrou em sua casa. Vinha que vinha apressada, parecia que um touro enfurecido estava nas suas saias. Nem mesmo havia pedido licença, quando, ligeira, puxou a cadeira e se pôs a falar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Isso é mesmo um absurdo. Bem que José disse que o tempo já é do fim dos dias. Primeiro essas moças andaram de ficar empoleiradas em suas bicicletas ou na garupa das motos, andando feito homem até tarde da noite. Você viu o que vai ter mais tarde? Elas vão se reunir em passeata, a tal da marcha das vadias. Helena disse que vai, eu já falei que não ia deixar de jeito nenhum. Ora essa, a pessoa nem consegue ainda arcar com o peso dela e já acha que pode fazer o que quer, não senhora, comigo não, quem come do meu pirão, tem que ouvir minha razão. Onde já se viu isso? José não sai daquela porcaria de jogo, eu falo, falo, falo e tá pensando que alguém me escuta. Nem pra ajudar com Helena ele serve, fica só me ignorando. Tou mesmo querendo saber se ela vai. Ah, se quero...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Márcia, pegue uma xícara para você, tem um pãozinho quente pra acompanhar. Não fique tão aperreada, isso é coisa dessa juventude mesmo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- E eu quero lá saber de história de juventude. Desde que Helena entrou nessa universidade, não vai mais à igreja, não conversa mais comigo, nem me responder mais, ela responde, só faz balançar a cabeça. Como se não precisasse mais dizer por onde anda ou com quem anda. Vêm uns colegas dela bem estranhos lá em casa. Eu acho que esse povo nem tomar banho toma. Tudo com jeito de maconheiro. O pior é que eu nem posso ler mais as cartas dela pra saber o que ela anda fazendo da vida, agora é email pra cá, email pra lá...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Benedita fez de conta que continuava ouvindo, suspirou e serviu o café. Servir é o que sabia fazer. Pelo menos quem sabe Helena aprendesse outras coisas na escola. Benedita nunca teve um filho, apesar de já ter engravidado três vezes. Meus anjinhos, ela pensava, Deus levou para um lugar melhor. Ninguém merecia viver o inferno em vida que ela mesma conhecia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ... essa menina não sai da frente do computador, você acredita que outro dia, ela sentou na cadeira umas quatro horas da tarde e quando eu levantei pra ajeitar o café de José, ela ainda tava lá, na frente daquele troço. Diz que fica fazendo trabalho da faculdade, mas eu sei que trabalho é esse... se fosse trabalho de futuro, se ela pensasse no futuro não tinha terminado o noivado com Bruno. Aquele sim era um genro de futuro, trabalhador. Melhor marido ela não ia arrumar, eu disse, tanto que falei, mas parece que entra num ouvido e sai no outro. E Helena só fica dizendo que essa não é a vida que ela quer pra ela, que quer se formar. Se formar pra quê, quem é que vai cuidar dos filhos dela? Ela pensa o quê, que é melhor do que os outros... Eu mesma mal consegui terminar o segundo grau, era mamadeira, fralda pra lavar, tinha que botar o feijão no fogo e ainda aguentar o choro de Helena, que nunca conseguia dormir mais do que três horas seguidas...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Helena, pensava Benedita, parecia que tinha o fogo do mundo todo. Tão cheia de energia, tão cheia de vontade, não sabia por que sua mãe não percebia o milagre que era Helena. Sempre que via Helena saindo de casa, toda faceira, intuía que ela ia fazer muitas coisas na vida. Mais do que ela mesma ou do que mesmo sua própria mãe, que parecia só se ocupar da vida alheia. Tinha certeza que Helena não seria rendida por homem nenhum. Às vezes achava que tolerava Márcia, por causa de Helena. Às vezes achava que se tolerava, por causa de Helena.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- ... bem que você podia falar com Helena pra ela desistir dessa idéia maluca de ir numa marcha de vadia. Quem em sã consciência ia querer fazer parte disso? Ela fica dizendo que é um protesto para parar a violência contra as mulheres que foram estupradas, que é uma forma política de lutar pelo direito das mulheres. Eu não acho nada disso, mulher que quer ser respeitada, não pode se dá ao desfrute. Como é que o povo vai respeitar as mulheres se elas se chamam de vadia. Helena pensa que eu não vi como é essa marcha, eu posso não ler como ela, mas não sou burra não, eu acompanho tudo na televisão, eu vi a safadeza, um bando de mulher vestida com roupa de quenga gritando, dançando...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Benedita parou o que estava fazendo. Arrumou o cabelo atrás da orelha e resolveu também tomar o café.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Benedita, você não vai dizer nada, ela sempre lhe escuta. Eu nem sei mais o que fazer. Afinal, você é a madrinha dela e ela lhe quer muito bem. Tira essas maluquices da cabeça dela. Essas moças acham que podem andar na rua de todo jeito, depois acham ruim quando um homem se aproveita.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Pare Márcia, não fale assim, você não sabe do que está falando!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Ora, como não sei? Você não viu o que aconteceu com a filha de Fátima, primeiro começou a andar seminua, agora vive trazendo presente caro pra mãe dela, que fica toda prosa dizendo que a filha é uma mulher de negócios, eu sei que negócio é esse que ela faz... uma vadia, como essas moças que vão pra essas passeatas com os peitos de fora.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Benedita sentiu um calor subindo pelo seu corpo, sua garganta travou, como se tivesse um bolo congelando seu íntimo. Frio e quente. Seus olhos passaram a não ver o que estava à frente, e só conseguia ouvir o som dos socos, que levara a vida inteira, o ruído de seu choro engolido nas tantas vezes que levara chutes em seu ventre inchado, cuja promessa era a vinda dos seus anjinhos. Imagens suas, no hospital, dizendo que tinha caído da escada, sua vergonha de ver seu ventre costurado por estranhos toda vez que ele lhe enfiava suas ferramentas, as cicatrizes todas de queimado em suas pernas e em suas nádegas, dos cochichos dos vizinhos quando falava que tinha sofrido um acidente lavando a roupa no domingo. Seu corpo, tomado agora pela sua memória, parecia somar a mudez de uma vida inteira. Começou a se arranhar, rasgando suas vestes, enquanto ia em direção ao banheiro, deixando Márcia pasmada, quando também começou a se maquiar. Não era uma maquiagem como a das estrelas, era a maquiagem de uma mulher que queria dar o rosto ao mundo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Criatura, pra onde você vai assim, tão tresloucada? João daqui a pouco chega da oficina.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Benedita não parou seu tempo para responder, simplesmente continuou o seu frenesi, desarrumando as vestes que sempre fizera questão que permanecessem em ordem. Enquanto fazia isso, com o rosto afogueado, ia jogando pelos cantos do quarto as roupas arrumadas pela cor, todas quase postas no mesmo lado do armário, cinzas, beges, brancas, até achar o xale rosa que Helena havia bordado para ela, quando ainda era mocinha, com miçangas verdes. À medida que ia se desnudando, deixando seus seios caírem sobre seu corpo, ia rasgando as meias que lhe cobriam as pernas, procurando, na sua caixa de costura, sua tesoura, a mesma que muitas vezes pensara em usar no João, para cortar as saias que estava vestindo. Seus seios que nunca alimentaram ninguém, que nunca foram beijados com ternura, que foram sempre cobertos até o pescoço para disfarçar as marcas roxas, amarelas, verdes, que tratava passando arnica, ficaram agora desnudos e pesados ao sabor do calor da tarde. Não eram os seios de alguém que se orgulhasse da juventude dos seus dias, mas nunca se orgulhara tanto deles quanto agora, deixando-os à mostra, enfeitados pelas contas verdes do seu xale, como se aquelas fossem as joias mais raras e exclusivas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Márcia, com sua tagarelice infindável, parecia uma metralhadora, dizendo que eu estava louca, sim, eu estava louca, louca para falar, louca por já ter ouvido tanto, louca por ter me calado tanto, por ter perdido os filhos que nunca tive, por ter desistido de estudar, por ter me apaixonado por João e por achar que ele sempre tinha razão, mesmo naqueles dias, quando ele me culpava por ter se exaltado e eu aceitava, tão culpada.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Cala a boca, Márcia, já lhe escutei o bastante!!!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="line-height: 31px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Mas Benedita, você está parecendo uma vadia, nua e com a cara pintada desse jeito...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: transparent; line-height: 24px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Sim, eu sou uma vadia! – disse Benedita, enquanto saia de casa a procura de Helena.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: transparent; line-height: 24px;"><span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; line-height: 21px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: transparent; line-height: 24px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por Elisa Mariana no <a href="http://lioutrodia.blogspot.com.br/2012/08/sim-eu-sou-uma-vadia.html"><span style="color: #990000;">Blog Li outro dia</span></a></span></span></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-19236943792271236742012-08-19T20:44:00.005-03:002012-08-19T20:44:42.787-03:00A indispensável articulação entre a teoria e a prática<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O pensamento revolucionário foi produzido, originalmente, vinculado diretamente à prática política. A geração inicial era composta de pensadores revolucionários e, ao mesmo tempo, dirigentes políticos. Marx, Engels, Lenin, Rosa Luxemburgo, Trotsky, Gramsci, pertencem a essa categoria.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A repressão nazista na Europa e a estalinizacão do partidos comunistas intervieram para romper essa associação inicial, fundamental para que a teoria fosse, ao mesmo tempo, guia de transformação revolucionária da realidade. Surgiu a imagem do intelectual marxista, com profunda capacidade de analise teórica, mas sem vínculo direto com a realidade.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa anomalia – um marxismo não vinculado diretamente com a prática política – tornou-se o modelo de reflexão teórica, produzindo a anomalia de reflexões teóricas sem prática política e prática política sem reflexões teóricas. Os temas de elaboração teórica foram, por sua vez, se distanciando das questões mais articuladas com a realidade concreta – economia, política, temas estratégicos, sociais – concentrando-se mais em questões de método, de analise estética, moral.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa desvinculação é negativa para ambos – a teoria e a prática. A teoria se torna estéril, seja pelos temas a que se vê limitada, seja porque suas formulações não encontram imediatamente forças sociais e políticas que as ponham em prática. Enquanto que a prática política tende a ser empírica, pragmática, a perder o horizonte estratégico.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Modificações nesse quadro vem da América Latina contemporânea. Na Bolívia, o vice-presidente, Alvaro Garcia Linera, é um intelectual e dirigente político ao mesmo tempo, com capacidade de análise e elaboração, que tem sido centrais para orientar o complexo e inovador processo boliviano. </span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No Equador, o presidente Rafael Correa e a equipe que o acompanha no governo, tem origem universitária, são jovens, com boa capacidade teórica e visão política.</span></div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Elementos que têm feito falta em processos como o brasileiro, o argentino, venezuelano, entre outros.</span></div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 18px;"><a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1058"><span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;">Blog do Emir Sader</span></a></span></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-12433551294918660052012-08-19T16:57:00.003-03:002012-08-19T20:48:33.876-03:00Criança Esperança e a dívida da Globo<br />
<div style="text-align: justify;">
<b style="line-height: 16px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por Paulo Nogueira, no blog <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=9524" style="color: #36741b; text-decoration: none;">Diário do Centro do Mundo</a>:</span></b></div>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 16px;"><br /></span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
<span style="line-height: 16px;"></span></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 16px;">Imposto é um dos temas mais quentes do mundo moderno. O Diário tem coberto o assunto intensamente.</span></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 16px;">
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Nos Estados Unidos, por exemplo. Barack Obama tem usado isso como uma arma para atacar seu adversário republicano Mitt Romney. Romney é um homem rico, mas tem pagado bem menos imposto, proporcionalmente, do que um assalariado comum.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4339298396865316950" name="more"><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
</a><span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Obama o desafiou a publicar o quanto ele pagou nos últimos cinco anos. Se ele fizer isso, Obama jurou que não toca mais no assunto.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
No mundo, agora. Um levantamento de um instituto independente chamado TJN mostrou, há poucas semanas, que mais de 30 trilhões de dólares estão escondidos em paraísos fiscais, longe de tributação. Se aquela cifra descomunal fosse declarada, ela geraria impostos de mais de 3 trilhões, considerada uma taxa (modesta) de 10%.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Lembremos. Imposto é chato e ninguém gosta, nem você e nem eu. Mas é com ele que governos constroem escolas, estradas, hospitais etc. Logo, eles são do mais absoluto interesse público.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Agora, o Brasil.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Uma notícia espetacular, a despeito do número esquálido de linhas, foi publicada na seção Radar, de Lauro Jardim, da Veja: a Globo está sendo cobrada em 2,1 bilhões de reais pela Receita Federal por impostos que alegadamente deveria recolher e não recolheu.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Segundo o Radar, outras 69 empresas foram objeto do mesmo questionamento fiscal. Todas acabaram se livrando dos problemas na justiça, exceto a Globo. Chega a ser engraçado imaginar a Globo no papel de vítima solitária, mas enfim.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Em nome do interesse público, a Receita Federal tem que esclarecer este caso. É mais do que hora de dar um choque de transparência na Receita – algo que infelizmente o governo Lula não fez, e nem o de Dilma, pelo menos até aqui.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Se o mundo fosse perfeito, a mídia brasileira cobriria a falta de transparência fiscal para o público. Mas não é. Durante anos, a mídia se ocupou em falar do mercado paralelo.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Pessoalmente, editei dezenas de reportagens sobre empresas sonegadoras. A sonegação mina um dos pilares sagrados do capitalismo: a igualdade entre os competidores do mercado. Há uma vantagem competitiva indefensável para empresas que não pagam impostos. Elas podem investir mais, cobrar menos pelos seus produtos etc.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Nos últimos anos, o assunto foi saindo da pauta. Ao mesmo tempo, as grandes corporações foram se aperfeiçoando no chamado “planejamento fiscal”. No Brasil e no mundo. O NY Times, há pouco tempo, numa reportagem, afirmou que o departamento contábil da Apple é tão engenhoso quanto a área de criação de produtos. A Apple tem uma sede de fachada em Nevada, onde o imposto corporativo é zero. Com isso, ela deixa de recolher uma quantia calculada entre 3 e 5 bilhões de dólares por ano.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
Grandes empresas de mídia, no Brasil e fora, foram encontrando jeitos discutíveis de recolher menos. Na Inglaterra, soube-se que a BBC registrou alguns de seus jornalistas mais caros, como Jeremy Paxton, como o equivalente ao que no Brasil se chama de “PJ”. No Brasil, muitos jornalistas que escrevem catilinárias incessantes contra a corrupção são “PJs” e, aparentemente, não vêem nenhum problema moral nisso. Não espere encontrar nenhuma reportagem sobre os “PJs”.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
O dinheiro cobrado da Globo – a empresa ainda pode e vai recorrer, afirma o Radar – é grande demais para que o assunto fique longe do público. A Globo costuma arrecadar 10 milhões de reais com seu programa “Criança Esperança”. Isso é cerca de 5% do que lhe está sendo cobrado. Que o caso saia das sombras para a luz, em nome do interesse público – quer a cobrança seja devida ou indevida.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 16px;"><div style="text-align: justify;">
De resto, a melhor filantropia que corporações e milionários podem fazer é pagar o imposto devido. O resto, para usar a grande frase shakesperiana, é silêncio.</div>
</span></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 16px;"><span style="color: white; font-family: Verdana, sans-serif;">></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; line-height: 16px;"><a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/08/crianca-esperanca-e-divida-da-globo.html"><span style="color: #990000; font-family: Verdana, sans-serif;">Blog do Miro</span></a></span></div>
Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-16945660287972436982012-06-03T22:02:00.003-03:002012-06-03T22:02:31.934-03:00Roberto Flávio oficializa o apoio ao pré-candidato Edgard Gama para prefeito de Belém<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc3i1Dj7qyAieCnKw5JgyYQwhj8KxUj6qRovF7Cw56JcArYowiWkZfFnsyGXEpEb1mwFOJqO-AgDMl53puYtw9SgjwNzVr5qAiBpMoYS6cZD9ozf5APnKrK-eHIs2yCJTBbdnnNrndd6M/s1600/DSCN2448.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc3i1Dj7qyAieCnKw5JgyYQwhj8KxUj6qRovF7Cw56JcArYowiWkZfFnsyGXEpEb1mwFOJqO-AgDMl53puYtw9SgjwNzVr5qAiBpMoYS6cZD9ozf5APnKrK-eHIs2yCJTBbdnnNrndd6M/s400/DSCN2448.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com o auditório da Rádio Rural de Guarabira lotado de
lideranças políticas e comunitárias, o prefeito Roberto Flávio anunciou,
oficialmente, o nome do ex-vereador e atual vice-prefeito, Edgard Gama, como
pré-candidato a prefeito de Belém pelo seu grupo político, nome que será confirmado, em breve, na convenção partidária.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8AXnjHkv_Q25BVCNRp9XW8cEQ8xelMTYK_1SwMSSK8QP40mvtRKElgEnxRYW2-ZpyGOkn_N8heVUKg2AaknhXDp6COXbkyfnXf1PziQOC38VKaoXxCxgMmj3sT8KEF5L7hO_4FyQK7ZU/s1600/DSCN2446.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8AXnjHkv_Q25BVCNRp9XW8cEQ8xelMTYK_1SwMSSK8QP40mvtRKElgEnxRYW2-ZpyGOkn_N8heVUKg2AaknhXDp6COXbkyfnXf1PziQOC38VKaoXxCxgMmj3sT8KEF5L7hO_4FyQK7ZU/s400/DSCN2446.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O lançamento oficial da pré-candidatura de Edgard Gama também
contou com o apoio de importantes lideranças políticas da Paraíba, a exemplo da
petista Giucélia Figueiredo, que participou através do telefone, e do deputado
estadual Gervásio Maia, que compareceu
pessoalmente nos estúdios da Rádio Rural.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJylOfZK3UbdgG9PocWVDJ7t73o09Z1j1BnXotPXnoRqcNBfDHlDZX4WIaxLyluXq3wtycBFRfXCks8sNbLOIDyaHnNkoaPnx8CqOedatBQzD_DJvI0iHRlrFLUfBzmVMI_J190g60NrU/s1600/DSCN2466.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJylOfZK3UbdgG9PocWVDJ7t73o09Z1j1BnXotPXnoRqcNBfDHlDZX4WIaxLyluXq3wtycBFRfXCks8sNbLOIDyaHnNkoaPnx8CqOedatBQzD_DJvI0iHRlrFLUfBzmVMI_J190g60NrU/s400/DSCN2466.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além do deputado estadual Gervásio Maia, o deputado federal
Wilson Filho transmitiu sua mensagem de apoio à pré-candidatura de Edgard Gama
através de mensagem interna, devido à impossibilidade de participar ao vivo por
causa do congestionamento das linhas telefônicas da emissora, numa clara
demonstração de força do grupo político liderado pelo prefeito Roberto Flávio. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEmuK408tkgC8X5MSwB_oktJ_IaC51L8w9umkVjXkuNurG27Yp5uk45xDd76OikUElbc4ursmOwdWL3Xniggvhtamgld0SIUqHVwD_tnY_mJ03jer6jda8sa69-0xpiE87Mgv41C1vPQA/s1600/DSCN2445.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEmuK408tkgC8X5MSwB_oktJ_IaC51L8w9umkVjXkuNurG27Yp5uk45xDd76OikUElbc4ursmOwdWL3Xniggvhtamgld0SIUqHVwD_tnY_mJ03jer6jda8sa69-0xpiE87Mgv41C1vPQA/s400/DSCN2445.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Emocionado em sua fala, o pré-candidato Edgard Gama agradeceu
o apoio do povo belenense e do prefeito Roberto Flávio pela confiança
depositada, e reafirmou seu compromisso de dar continuidade ao excelente
trabalho desenvolvido pela atual gestão, da qual também faz parte como
vice-prefeito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por fim, Edgard Gama foi bastante aplaudido pela enorme comitiva
que o acompanhou durante a entrevista, além de ter sido saudado pelo seu
aniversário, comprovando a aceitação popular de sua pré-candidatura a prefeito
de Belém, também confirmada pela intensa repercussão positiva nas
redes sociais como o facebook.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: white; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;">></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><a href="http://folha13.blogspot.com.br/2012/06/folha13-local-roberto-flavio-oficializa.html?spref=fb" style="color: #990000;">Folha 13</a> </span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-17916345516560893322012-05-29T15:14:00.001-03:002012-05-29T15:14:26.770-03:00Governo da Paraíba decretou situação de emergência em Belém - PB<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57lQ18iiHGowAQx6kzqQWfXbZ6ilwDwp711RMembKG4tx_zeJuEz9K4-gBLTX-4BQ_jJeZ5AWYdXu4qkLsswshOloa2xKw9LXhoKCtnjnDE2TauQOR_4H7XxUUUqqUNFD9SajejoIpWBs/s1600/Nova+Imagem+%2810%29+-+C%C3%B3pia.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh57lQ18iiHGowAQx6kzqQWfXbZ6ilwDwp711RMembKG4tx_zeJuEz9K4-gBLTX-4BQ_jJeZ5AWYdXu4qkLsswshOloa2xKw9LXhoKCtnjnDE2TauQOR_4H7XxUUUqqUNFD9SajejoIpWBs/s640/Nova+Imagem+%2810%29+-+C%C3%B3pia.bmp" width="537" /></a></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Antes mesmo de o Governo da Paraíba decretar situação de emergência em
alguns municípios paraibanos, a Prefeitura de Belém decretou, EM 02 DE
ABRIL, situação de emergência no município. (Clique: <a href="http://www.belem.pb.gov.br/verNoticia.php?idnoticia=645" rel="nofollow nofollow" target="_blank">http://www.belem.pb.gov.br/verNoticia.php?idn<span class="text_exposed_show">oticia=645</span></a><span class="text_exposed_show">).
A Prefeitura enviou TODOS os documentos necessários, e se antecipou em
relação aos demais municípios. Ontem, dia 28 DE MAIO, o Governo da
Paraíba reconheceu a situação de emergência no município através do
Decreto 32.984. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado
desta terça-feira (29). A Prefeitura de Belém enviou TODOS os documentos
em tempo hábil, comprovando a agilidade e a responsabilidade com o povo
belenense.</span></span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span class="text_exposed_show">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span class="text_exposed_show"><span style="color: #990000;">SECOM/PMB</span> </span></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-1457435910725953372012-05-21T08:34:00.002-03:002012-05-21T08:55:14.067-03:00Suspensão de site gera indignação no meio acadêmico<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJVN3TxUP31h0IhqXndjJXDcwimSP6aCW8DdheOTzuJ6zgmsHC2VDNRgfJ9uAZm3x_ImJVZldpuHxiNwAJtR4SyuWDxu_UhyphenhyphenYiSUYKEs1GELAWp3wqRwY7zcD_yCpcNVNe7XhnJGQmI1D0/s1600/humanas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJVN3TxUP31h0IhqXndjJXDcwimSP6aCW8DdheOTzuJ6zgmsHC2VDNRgfJ9uAZm3x_ImJVZldpuHxiNwAJtR4SyuWDxu_UhyphenhyphenYiSUYKEs1GELAWp3wqRwY7zcD_yCpcNVNe7XhnJGQmI1D0/s320/humanas.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<h2 class="subtitle" style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
</h2>
<div class="MsoNormal" style="color: #666666; font-family: Verdana,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i>Autores e pesquisadores defendem o site Livros de Humanas, ameaçado
judicialmente por promover o compartilhamento digital de livros raros.</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Por Bolivar Torres</span> </span></b></div>
<span style="color: white;">></span><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Há três anos, ele tem se mostrado uma ferramenta essencial para
estudantes e pesquisadores. Diversos livros esgotados podiam ser
baixados de graça em formato PDF ou Epub pelo Livros de Humanas, site de
compartilhamento de publicações de ciências humanas. Para o público da
área, era a chance de ter contato com obras teóricas raras sobre
filosofia, antropologia, literatura e psicanálise, muitas vezes
impossíveis de serem encontradas. No entanto, desde esta quinta, 17, os
usuários se depararam com a seguinte mensagem ao acessar o site: “Olá. O
site está fora do ar porque recebemos notificação judicial da ABDR
(Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos). Por ora é o que
podemos informar”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">. </span></span></div>
<div class="entry">
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Criado em 2009 por um estudante da USP, o Livros de Humanas era o
maior e mais conhecido site de compartilhamento de livros. Em pouco mais
de dois anos de existência, já havia formado uma biblioteca maior do
que a de muitas faculdades brasileiras. A biblioteca do Livros de
Humanas era toda formada sem qualquer autorização. O motivo da ameaça
judicial teria sido dois livros, um de Jacques Lacan, que estava
esgotado até o ano passado, e outro do professor de letras e linguista
brasileiro José Luiz Fiorin. Ao mesmo tempo, outros sites do gênero
também saíram do ar por causa de ameaças judiciais, como o IOS Book e
EpuBr. Mais tarde, chegaram informações de que os responsáveis pelas
ameaças judiciais eram duas editoras didáticas, Contexto e Forense. Esta
última um selo do grupo Gen, editora de apostila didática para
concurso, cujo presidente, Mauro Koogan Lorch, é diretor da ABDR.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O processo que resultou na retirada temporária dos sites coloca em
xeque a cultura de compartilhamento de livros digitais. A ampliação da
circulação de obras promovida pelo sistema de trocas na internet
revolucionou o acesso ao conhecimento, mas bateu de frente com os
interesses das editoras. Por outro lado, a medida provocou indignação no
meio acadêmico. Professores e pesquisadores, muitos deles autores de
livros (e, portanto, diretamente interessados) se manifestaram nas redes
sociais em apoio ao site.</span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro defendeu a cultura de
compartilhamento de livros, afirmando em seu Twitter que “Sites que
permitem a leitura gratuita de livros de difícil acesso, esgotados ou
absurdamente caros, são fundamentais para a difusão do saber. O que a
internet perturba é o CONTROLE, pela editora, da relação entre autor e
leitor. Ninguém perde economicamente. A questão é política. Exceto é
claro no obscuríssimo mercado de livros didáticos, onde a
instrumentalização do saber e a concentração de poder são a regra”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O antropólogo também acredita que o ataque ao site é “uma excelente
ocasião para se inventariar o negócio do ‘livro didático’ no Brasil, das
editoras ao MEC”. Ele aproveita para questionar os dogmas da ABDR e do
mercado editorial: “Nunca vendi tantos livros (nunca foram muitos, mas
enfim) como depois que meus livros entraram nas bibliotecas públicas da
rede”, contou. Ele também afirma que “jamais COMPREI tanto livro como
depois que pude começar a baixar livros GRATUITAMENTE pela rede”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>Quanto mais downloads, mais vendas</b></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A teoria de Viveiros de Castro é a mesma de muitos especialistas da
área; a de que o público que baixa livros é o mesmo que compra livros.
Recentemente, ninguém menos do que Paulo Coelho, um dos autores mais
vendidos do mundo, confessou que vazava propositalmente seus livros na
internet, já que isso ajudava a promovê-los. O autor notou que suas
vendas aumentaram em países onde costumava ser menos popular, como a
Rússia, logo depois que traduções em russo de seus livros foram
disponibilizadas para download.</span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“Mais pessoas leram meus livros graças ao @Livrosdehumanas que por
qualquer outra via”, lembrou em seu Twitter Idelber Avelar, professor de
literatura na Universidade de Tulane em New Orleans. “Como autor, sou
profundamente grato e quero ajudar”. Ele também promoveu uma
mobilização: “A internet tem que dar uma resposta contundente a esse
ataque da ABDR contra @Livrosdehumanas. Levantar grana, boicotar,
encarar a luta.”</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A ideia de boicote às editoras foi levantada por diversos perfis no
Twitter. O professor e poeta Eduardo Sterzi afirmou que “Em resposta ao
ataque que fizeram a uma das mais democráticas bibliotecas brasileiras,
nunca mais comprarei livros da Forense e da Contexto”. Sterzi
acrescentou: “Sites de compartilhamento de livros têm de ser vistos e
respeitados como bibliotecas. É o que eles são. Combatê-los é fomentar a
ignorância”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Não é a primeira vez que o Livros de Humanas sofre com ameaças
judiciais. Em 2011, já havia recebido mensagens de violação dos termos
de uso. Ameaçado, foi obrigado a sair do WordPress e ir atrás de um
servidor fora do país. O site, no entanto, sempre funcionou sem nenhum
interesse comercial. Promovia “vaquinhas” entre os usuários para comprar
livros e digitalizá-los. Na prática, trata-se de um sistema de trocas
que sempre aconteceu: diversas pessoas se mobilizam para comprar um
livro e repassá-lo uns para os outros. A internet apenas deu à prática
um alcance global. Além do mais, o site só digitalizava obras esgotadas e
de difícil acesso.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“É óbvio que o blog desrespeita a legislação vigente”, havia dito o
criador da página em entrevista ao Globo, em 2011, logo após as
primeiras ameaças judiciais. “Mas não porque somos bandidos, mas porque a
legislação é um entrave para o desenvolvimento do pensamento e da
cultura no país”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Vale lembrar que, segundo o próprio site da ABDR, o Livros de Humanas
não aparece entre os enquadrados na categoria pirataria editorial. No
Twitter oficial do site, o administrador anuncia que “a discussão se
fará em juízo” e disse que já está “consultando advogados”.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/suspensao-de-site-gera-indignacao-no-meio-academico/#.T7j-vHnjtL5.twitter" style="color: #990000;">Opinião & Notícia </a></span></div>
</div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-58736762531017178942012-05-15T09:19:00.001-03:002012-05-15T09:19:12.591-03:00Verdugos e vítimas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbPajqwhuwu7VPRrFl7cjH4OXHKnP_HvNOw1iUj5HYe8ASUd9NLVVX-ukOJjW-o79aqVRtaDTOG3BdYuEQePCmGnsgO1UAM4mcIGp2fm6kM5FsghqXaBGhnKGQL62pw9EyrSZwr8_z41Q_/s1600/banner_35143.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbPajqwhuwu7VPRrFl7cjH4OXHKnP_HvNOw1iUj5HYe8ASUd9NLVVX-ukOJjW-o79aqVRtaDTOG3BdYuEQePCmGnsgO1UAM4mcIGp2fm6kM5FsghqXaBGhnKGQL62pw9EyrSZwr8_z41Q_/s320/banner_35143.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Instala-se finalmente esta semana a Comissão da Verdade, com uma
excelente composição, que permitirá que cumpra plenamente com as funções
que lhe foram atribuídas. Estas são, centralmente, a apuração das
violações dos direitos humanos promovidas pelo Estado brasileiro
apropriado pela ditadura militar para impor um regime de terror no país;
e escrever a interpretação que o Estado democrático brasileiro tem
daquele período.<br /><br />Esta visão orientará os trabalhos da Comissão,
tipificando o que sucedeu no pais naquele período caracterizado pela
ditadura militar e pelo ataque e destruição de tudo o que tivesse a ver
com a democracia no Brasil. As pesquisas – sua sistematização e seu
aprofundamento – deverão ocupar grande parte das energias e do tempo da
Comissão, mas poderão se apoiar na extensa lista de investigações
desenvolvidas por órgãos ligados aos direitos humanos nas ultimas
décadas, para o que contarão com o a possibilidade de engajar pessoal
qualificado para esse trabalho, com as dezenas de Comissões Estaduais da
Verdade, assim como com órgãos ligados aos direitos humanos e com o
apoio total da Presidência da Republica para dispor dos recursos que
necessite.<br /><br />A simples instalação da Comissão da Verdade deixa
ouriçados os setores que estiveram, direta ou indiretamente, envolvidos.
Tentam envolver a todos, para tentar banalizar as ações do regime de
terror, do qual eles foram cumplices. Gostariam de igualar verdugos e
vitimas, agentes da tortura e opositores ao regime, ditadura e
democracia.<br /><br />O que houve no Brasil foi uma ocupação do Estado
pelas FFAA, que o militarizaram e impuseram uma ditadura no país. Daí as
funções da Comissão da Verdade. Propor que se investiguem “dois
bandos” é supor que o que houve de 1964 a 1985 foi uma guerra civil
entre dois lados. Quando o que houve inquestionavelmente foi uma
ditadura militar.<br /><br />Aconteceu algo similar ao que ocorreu na
Alemanha na época do nazismo, na Itália com o fascismo, na Espanha com o
franquismo, em Portugal com o salazarismo. Não se tratou ali e não se
trata hoje, de apurar as ações dos opositores a esses regimes
totalitários, mas das ações desses regimes na violação da democracia e
nos crimes cometidos contra seus opositores. Aqui também.<br /><br />O
incômodo que a Comissão da Verdade gera em setores que foram cúmplices
da ditadura ou seus agentes diretos, por si só, é confissão de culpa.
Ninguém deveria ter medo de falar na Comissão da Verdade. Aqueles que
acreditam que seus nomes foram injustamente envolvidos em acusações de
crimes e cumplicidade – sejam pessoas, órgãos da imprensa, associações
políticas – deveriam se propor voluntariamente a declarar, para
esclarecer, de uma vez por todas, seus tipos de envolvimento com a
ditadura militar.<br /><br />A Comissão da Verdade começa a funcionar esta
semana e o Brasil finalmente poderá, de forma oficial, esclarecer o que
ocorreu no período mais negativo da sua historia. Seremos melhores com o
seu funcionamento e as conclusões que apresentar, teremos uma história
mais transparente e estaremos mais protegidos contra a possibilidade de
que aventuras ditatoriais como aquela voltem a assolar o país.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=983" style="color: #990000;">Emir Sader </a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-6604663309182798552012-05-14T17:07:00.001-03:002012-05-14T17:07:10.601-03:00A cultura como campo de combate<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Um dos fenômenos sociais mais importantes dos últimos anos é a
transformação da cultura e da modernização dos costumes em setor
fundamental do embate político. Durante os anos 1970 e 1980, a cultura
fora um campo hegemônico das esquerdas. Este não é mais o caso. Há de se
perguntar o que ocorreu para encontrarmos atualmente um processo de
politização da cultura por parte, principalmente, de representantes da
direita.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Poderíamos dizer que a direita do espectro político teria
compreendido que a população, em especial as classes populares, é
naturalmente conservadora nos costumes, pois avessa a questões como
aborto, casamento homossexual e políticas de discriminação positiva. Da
mesma maneira, ela seria conservadora em cultura, pois mais sensível ao
peso dos valores religiosos na definição de nossas identidades e de
nossos “valores ocidentais”. É possível, porém, que o movimento em
questão seja de outra natureza.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Em um astuto livro chamado <em>O Que Há de Errado com o Kansas?</em>,
o ensaísta norte-americano Tom Frank lembra como o pensamento
conservador soube se aproveitar do sentimento de abandono social das
classes populares. Frank serve-se do Kansas para perguntar: como um dos
estados politicamente mais combativos dos EUA nas primeiras décadas do
século XX tornou-se um bastião conservador? Sua resposta é: sentindo-se
abandonado pelas elites intelectuais esquerdistas cosmopolitas que, à
sua maneira, não foram completamente prejudicadas pelos desmontes
neoliberais, as classe populares deixaram que um conflito de classe se
transformasse em um conflito cultural.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><strong>Em vez de se voltarem</strong> contra os agentes econômicos
responsáveis por tais desmontes, elas se voltaram contra o modo de vida
que representaria as elites liberais. Neste deslocamento, os
responsáveis pelo empobrecimento dos setores mais vulneráveis da
população apareceram como os portadores dos “verdadeiros valores de
nosso povo”. Desta forma, a direita pode falar menos sobre economia e
mais sobre hábitos e cultura. Ela pode, inclusive, tentar
instrumentalizar o anti-intelectualismo, como vimos nas reações caninas
contra a Universidade de São Paulo e seus departamentos de Ciências
Humanas à ocasião dos conflitos com a Polícia Militar.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Mesmo a discussão europeia sobre a imigração deve ser lida nesta
chave. Qualquer pessoa séria sabe que a discussão sobre imigração nada
tem a ver com economia. Quem quebrou a Europa não foram os imigrantes
pobres que servem de mão de obra espoliada e desprovida de direitos
trabalhistas. Na verdade, quem a quebrou foi o sistema financeiro e seus
executivos “brancos e de olhos azuis”. A discussão sobre imigração é um
problema estritamente cultural. Maneira de deslocar conflitos de classe
para um plano cultural.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Este é um fenômeno parecido ao ocorrido em países como a Tunísia após
a Primavera Árabe. Feita por jovens esquerdistas diplomados e filhos da
classe média tunisiana, a revolução permitiu a vitória de um partido
islâmico (Ennahda) porque, entre outras coisas, eles souberam captar a
lassidão das classes populares em relação à classe média europeizada de
cidades como Túnis e Sfax. Os islâmicos souberam dizer: “O desprezo a
que vocês foram vítimas durante todos esses anos é, no fundo, desprezo
aos valores que vocês representam, desprezo ao nosso modo de vida de
alta retidão moral contra a lassidão dos mais ricos”. Mudam-se os
agentes, mas a estrutura do discurso é a mesma.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><strong>Contra isso, a esquerda</strong> não deve temer entrar no
embate cultural e dos costumes. Devemos quebrar as tentativas de nos
fazer acreditar que as classes populares são naturalmente conservadoras e
mostrar como a cultura virou uma forma de o capitalismo absorver o
descontentamento com o próprio capitalismo. A melhor maneira é mostrar
como o modo de vida baseado na modernização dos costumes e da cultura
tem forte capacidade de acolher as demandas populares.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Por exemplo, boa parte dos absurdos falados contra o casamento de
homossexuais vem do medo de desagregação das famílias em ambientes onde
elas aparecem como núcleos importantes de defesa social. Talvez seja o
caso de lembrar que nenhum estudo demonstra que famílias homoparentais
são mais problemáticas do que famílias tradicionais. Famílias
tradicionais também são bons núcleos produtores de neuroses. Ou seja, os
impasses e dificuldades da família continuarão, com ou sem famílias
homoparentais. Mostrar a fragilidade de nossos “valores” e “formas de
vida” é uma maneira de quebrar a fixação a um estado de coisas que não
entrega o que promete.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1519394989"><span style="color: #990000;">Carta Capital </span></a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-78168134843924694052012-05-11T10:34:00.002-03:002012-05-11T10:41:58.585-03:00Quem é quem na Comissão da Verdade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzIZQz4-MEzQ3ND9YK4HkcuSG96bLi-SY1yznptgg4SZdwUN_LSoBT_Uhw1aH4G8BpmIcz5n40prBUVZY6OESJ9-RkhVyShu-nFAV2msZdVXUBkfdhx4M625NY-gFMLiqndGU6oGHoknQM/s1600/comissao+verdade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzIZQz4-MEzQ3ND9YK4HkcuSG96bLi-SY1yznptgg4SZdwUN_LSoBT_Uhw1aH4G8BpmIcz5n40prBUVZY6OESJ9-RkhVyShu-nFAV2msZdVXUBkfdhx4M625NY-gFMLiqndGU6oGHoknQM/s400/comissao+verdade.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A presidenta Dilma escolheu os sete membros que comporão a Comissão da
Verdade, para esclarecer episódios nebulosos ou ocultos da ditadura,
tais como o destino dos ainda desaparecidos e outros atos arbitrários.<br /><br />
Eis os escolhidos:</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Maria Rita Kehl </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Psicanalista, ensaísta. Quando fez mestrado em 1979, sua tese apresentada foi </span>
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: #ffe599;">"O Papel da Rede Globo e das Novelas da Globo em Domesticar o Brasil Durante a Ditadura Militar"</b>.
Editou o "Jornal Movimento", influente na resistência a ditadura. Como
jornalista, escreveu para jornais e revistas da chamada grande imprensa
(atual PIG).<br /><b><br class="Apple-interchange-newline" />Rosa Maria Cardoso da Cunha </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Advogada, professora e escritora. Durante a ditadura especializou-se na
defesa de presos políticos, quando defendeu a própria presidenta
Dilma. Foi Secretária Adjunta de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no
governo de Leonel Brizola.</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Claudio Fontele </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Exerceu o cargo de Procurador-Geral da República de 2003 a 2005,
indicado pelo presidente Lula. Nos anos 60, atuou no movimento
estudantil da esquerda católica e pacífica, militando politicamente
na AP (Ação Popular). É membro do Conselho de Defesa dos Direitos da
Pessoa Humana. Lutou pela demarcação de terras indígenas.</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Gilson Dipp </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral). Foi corregedor do CNJ entre 2008 e 2010, antecedendo Eliana
Calmon. Preside a Comissão de Juristas para elaborar o anteprojeto de
mudanças no Código Penal.</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>José Carlos Dias </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Advogado criminalista, foi Ministro da Justiça durante o governo FHC
(julho de 1999/abril de 2000). Foi Presidente da Comissão de Justiça e
Paz de São Paulo, e Presidente do Conselho Superior de Coordenação do
Instituto Latino Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e
Tratamento do Delinqüente (Ilanud). </span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>José Paulo Cavalcanti Filho </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Advogado no Recife. Consultor da Unesco e do Banco Mundial. Ex-Ministro
Interino da Justiça no governo José Sarney, e ex-Presidente do CADE no
mesmo governo.</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Paulo Sérgio de Moraes Sarmento Pinheiro </b></span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
Professor universitário de Ciência Política, escritor e consultor. Foi
Secretário Especial dos Direitos Humanos no governo FHC e relator do
Programa Nacional de Direitos Humanos, PNDH, em suas duas primeiras
versões em 1996 e 2002. Foi um dos nomeados pelo Presidente Lula para
preparar um projeto de comissão verdade no Brasil. Trabalhou para
diversos organismos internacionais ligados à Direitos Humanos e proteção
da infância.</span>
<span style="font-size: small;"><br /><br />
As biografias mais completas de cada um podem ser vistas </span>
<span style="font-size: small;"><b><a href="http://blog.planalto.gov.br/wp-content/uploads/2012/05/ComissaoVerdade.doc">aqui</a>. </b></span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/05/quem-e-quem-na-comissao-da-verdade.html" style="color: #990000;">Os Amigos do Presidente Lula </a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-32044617636699932832012-05-11T10:12:00.000-03:002012-05-11T10:12:33.622-03:00Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade<div class="content">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b>Daniella Jinkings e Luana Lourenço</b><br /><em>Repórteres da Agência Brasil</em></span>
</div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (10) os sete
integrantes da Comissão da Verdade. São eles: José Carlos Dias
(ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de
Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles
(ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata),
Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista). Os
integrantes foram apresentados pelo porta-voz da Presidência da
República, Thomas Traumann e seus nomes serão publicados amanhã (11) no <em>Diário Oficial da União</em>.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Os sete integrantes foram escolhidos pela própria presidenta a partir
de critérios como conduta ética e atuação em defesa dos direitos
humanos. O convite a cada um foi feito pessoalmente por Dilma, que
recebeu os sete em audiências hoje no Palácio do Planalto. Ainda não há
informações sobre quem presidirá o colegiado.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
A Comissão da Verdade será instalada oficialmente no dia 16 de maio, às
11h, em uma cerimônia em que estarão presentes os ex-presidentes José
Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da
Silva. “Todos já confirmaram presença, numa demonstração de que a
Comissão da Verdade não é uma comissão de governo, e sim de Estado”,
avaliou o porta-voz.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
A Comissão da Verdade vai apurar violações aos direitos humanos
ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar
(1964-1988). O grupo terá dois anos para ouvir depoimentos em todo o
país, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as
violações de direitos. De acordo com o texto sancionado, a comissão tem o
objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
A comissão vai aproveitar as informações produzidas há 16 anos pela
Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e há dez anos
pela Comissão de Anistia.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
A lei que cria a Comissão da Verdade foi sancionada em novembro do ano
passado. Por lei, estão excluídas pessoas que tenham cargos executivos
em partidos políticos, que “não tenham condições de atuar com
imparcialidade no exercício das competências da comissão” ou “estejam no
exercício de cargo em comissão ou função de confiança em quaisquer
esferas do Poder Público”.<br />
</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><em>Edição: Rivadavia Severo</em></span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><em>></em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-05-10/dilma-anuncia-integrantes-da-comissao-da-verdade" style="color: #990000;"><i>Agência Brasil</i></a> </span></em></div>
</div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-28685210087802446742012-05-07T13:40:00.002-03:002012-05-07T13:41:53.712-03:00Neoliberalismo e crise hegemônica na Europa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizTXgdV91JuJ92iXUc9mkQi6aKsWa0SdZZ-g3_WokAAWOuiJ4vs5cefc2oZybSuW8aK7-pK56wXZr_MtFcWaFBFGYr9oEV-CpwS9600tg_PZzF3m9ki3XVNrfajNo79LtLRuevPFLdTaF9/s1600/holande.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizTXgdV91JuJ92iXUc9mkQi6aKsWa0SdZZ-g3_WokAAWOuiJ4vs5cefc2oZybSuW8aK7-pK56wXZr_MtFcWaFBFGYr9oEV-CpwS9600tg_PZzF3m9ki3XVNrfajNo79LtLRuevPFLdTaF9/s320/holande.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O pânico que havia gerado a possibilidade de convocação de uma consulta
popular na Grecia sobre o pacote de ajuste imposto pelo Banco Central
Europeu já revelava o que se confirma agora, de maneira ainda mais
enfática. As “necessidades” da política de ajuste da UE, do Banco
Central Europeu e do FMI se chocam frontalmente com os interesses da
grande maioria dos europeus em cada país.<br /><br />As eleições destes
últimos dias – municipais na Inglaterra, parlamentares na Grécia,
presidenciais na Franca, numa província na Alemanha – vão todas na mesma
direção. Os governos da Inglaterra, da Grécia, da Alemanha, da França,
não detém mais o apoio majoritario da sua população. As políticas que
adotaram os levam ao isolamento social e à derrota política.<br /><br />Na
Inglaterra, rapidamente o governo de Cameron se desgastou e assumiu o
ônus da recessão em que caiu o país. Perdeu as eleições municipais, como
consolo o carismático prefeito de Londres conseguiu se reeleger, o que
não esconde a maré nacional de rejeição do governo, prenunciando
existência curta para o governo conservador britânico.<br /><br />Na Grécia,
como se poderia esperar, os dois partidos tradicionais, congregados no
governo supostamente tecnocrático imposto pelo BCE, so’ conseguiram 1/3
dos votos, revelando a inviabilidade de seguir com o pacote suicida
imposto ao país.<br /><br />Na Alemanha, segue a série de derrotas politicas
regionais da Democracia Cristä, que apontam para uma possível derrota
da Merkel no próximo ano.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Na França, como todos os 11 governos que se
submeteram a eleições gerais, o de Sarkozy foi derrotado, terminando o
longo ciclo de governos de direita no país.<br /><br />No entanto, nem esta
vitória na França, nem o panorama negativo para o BCE, o FMI e Angela
Merkel, abrem claramente um novo período político na Europa, pelo menos
por enquanto. Pode estar dando sinais claros de esgotamento do modelo
atual e do ciclo de governantes direitistas que assolou o continente,
mas está ainda longe o momento de que uma nova política europeia se
imponha.<br /><br />As armadilhas montadas pela forma que assumiu a
unificação europeia – uma unificação antes de tudo monetária – amarram
os pés dos governos da região. Ficar no euro ou sair se assemelha ao
dilema do "se correr o bicho come, se ficar o bicho pega".<br /><br />As
boas novidades são a consolidação de uma nova força de esquerda na
Grécia, assim como o enfraquecimento da DC na Alemanha e dos
conservadores na Inglaterra. Na Franca, no entanto, a soma dos votos do
Sarkozy e da Le Penn seria maioria (só 50% dos votos dela foram para ele
no segundo turno), demonstrando como o consenso conservador ainda é
majoritário naquele país.<br /><br />Essas eleições – especialmente a
francesa – demonstram como a Europa também entra em uma situação de
crise hegemônica, em que o bloco atualmente dominante, liderado pelo
capital financeiro, não consegue mais apoio social e politico para
sobreviver. (Tiveram que praticamente realizar um golpe para impor seus
governos “tecnocratas” na Itália e na Grecia.) Todos os governos perdem
as eleições gerais e as locais. Os candidatos de direita – como Sarkozy –
não tem nada a dizer sobre os temas centrais dos países europeus, como a
recessão e o desemprego, buscando desviar a atenção para os temas da
imigracao e a violência. Não há proposta, no marco das atuais políticas
econômicas, que consiga ter apoio popular.<br /><br />Mas se está longe
ainda de ter alternativas, ainda mais que elas têm que dar conta da UE,
do euro, isto é, construir uma solução alternativa para todo o
continente. O peso do pensamento conservador é ainda muito forte – como
se vê na França. Mas o governo de Hollande pode contribuir para a
construção de um novo consenso, rompendo com os termos da questão como
estão colocados pela Alemanha e assumidos por, até aqui, todos os
governos europeus. Na França pode começar a se esboçar medidas de apoio
popular que comecem a construir um consenso alternativo.<br /><br />O que se
abre na Europa é um longo processo, cheio de turbulências e
instabilidades, de construção de um consenso posneoliberal, em que a
América Latina está há mais de uma década.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=975" style="color: #990000;">Emir Sader</a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-8151381453845569842012-04-28T14:22:00.000-03:002012-04-28T14:28:42.210-03:00Crime organizado: Com Veja, Cachoeira quis por fogo na República<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVjkl0fC-Yw1dOfkcdy5eNoVttPdYbm94lmeC8BCri-B0NX4V0lJ7j_euq9PDjic3NQg2KxEpYZJMMyeUosxklTxF1pTV2wOeU4bBGgcwlH_gMn52aOQQ2I70wb27X_wBrPvAy4z585QCM/s1600/bessinha-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVjkl0fC-Yw1dOfkcdy5eNoVttPdYbm94lmeC8BCri-B0NX4V0lJ7j_euq9PDjic3NQg2KxEpYZJMMyeUosxklTxF1pTV2wOeU4bBGgcwlH_gMn52aOQQ2I70wb27X_wBrPvAy4z585QCM/s400/bessinha-1.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #2d2d2d; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<div style="font-size: 16px;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b style="border-width: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline-width: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://brasil247.com/pt/247/midiatech/56815/Com-Veja-Cachoeira-quis-por-fogo-na-Rep%C3%BAblica.htm" target="_blank">247</a></b>
– O inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre as atividades do
senador Demóstenes Torres começa a desvendar, também, métodos duvidosos
utilizados pela imprensa brasileira para produzir escândalos, como no
caso recente do Hotel Naoum, em Brasília, que motivou uma capa de Veja
em agosto do ano passado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">De forma
colaborativa, internautas, jornalistas e blogueiros de todo o País
começam a garimpar o que há de relevante nos milhares de diálogos
trazidos a público pelo 247.</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Um dos trechos mais
impactantes foi descoberto pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, do site
Viomundo. Nele, Carlos Cachoeira e Demóstenes confirmam que o filme do
hotel Naoum, em que José Dirceu é filmado na companhia de nomes como
Fernando Pimentel e José Sergio Gabrielli, foi produzido pelo araponga
Jairo Martins, do bando de Cachoeira, e entregue ao jornalista Policarpo
Júnior, de Veja. O objetivo de Cachoeira era “por fogo na República”,<span style="color: #2d2d2d;">Cachoeira
acreditava que conseguiria provar que José Dirceu teria tramado a queda
de Antônio Palocci, colocando, assim, o governo Dilma contra o PT. “Aí é
ótimo, fantástico”, responde Demóstenes (leia a íntegra do diálogo
clicando </span><a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/demostenes-sobre-grampo-de-dirceu-ai-e-otimo-fantastico.html" style="border-width: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline-width: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="color: #990000;">aqui</span></a><span style="color: #2d2d2d;">).
Cachoeira tenta ainda se tornar credor de Policarpo ao determinar ao
araponga que transmitisse uma ordem ao jornalista. A fita deveria ser
pedida a ele.</span></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><span style="color: #2d2d2d;"></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><span style="color: #2d2d2d;"></span><b style="border-width: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline-width: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fiasco de Veja</b></span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b style="border-width: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline-width: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></b></span><br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><b style="border-width: 0px; font-style: inherit; margin: 0px; outline-width: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></b>A
capa de Veja, em que José Dirceu, era retratado como “Poderoso Chefão”,
foi antecipada por Reinaldo Azevedo, como a maior denúncia dos últimos
anos, e tratada como um escândalo de grandes proporções. O feitiço, no
entanto, se virou contra o feiticeiro. No mesmo fim de semana em que a
revista circulou, descobriu-se que o repórter Gustavo Ribeiro,
subordinado a Policarpo Júnior, havia tentado invadir o quarto de
Dirceu.</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">A reportagem, que
transformou o jornalismo investigativo em jornalismo sob investigação,
contribuiu para a queda do ex-redator-chefe da revista, Mario Sabino.
Pode, agora, contribuir também para a queda do seu sucessor, Policarpo
Júnior.</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Por mais que Fábio
Barbosa, presidente da Abril, lute para evitar a convocação de Policarpo
e Roberto Civita, será difícil conter a onda de indignação da opinião
pública.</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif;">
</span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">No Brasil 247</span><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"> </span></div>
</div>
<div style="border-width: 0px; color: #2d2d2d; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; outline-width: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<a href="http://folha13.blogspot.com.br/2012/04/crime-organizado-com-veja-cachoeira.html?spref=fb" style="color: #990000;"><span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;">Folha 13</span></a></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-69536790858675309052012-04-26T09:35:00.001-03:002012-04-26T09:35:10.538-03:00Galdino Pataxó: 15 anos depois de morto, luta de seu povo continua<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEvdfBSXu4Wl9CBJrICFX6F72aC-BtUjSSL-iaZXQDrDMJGXeLGWXpG3K8ahJBDvKerFr10A-CGTm6AJNzXEsOJpNTAPPgpWl1Rcs6GU1Jz_hku73zfl19IBSN1uqUB65cwrm_sa9mbSW/s1600/Galdino-pataxo-+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfEvdfBSXu4Wl9CBJrICFX6F72aC-BtUjSSL-iaZXQDrDMJGXeLGWXpG3K8ahJBDvKerFr10A-CGTm6AJNzXEsOJpNTAPPgpWl1Rcs6GU1Jz_hku73zfl19IBSN1uqUB65cwrm_sa9mbSW/s640/Galdino-pataxo-+1.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Itabuna (BA) - Ao invés do mármore frio, os túmulos dos cemitérios da
Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, sul da Bahia, se misturam à
mata. Quanto mais velho é o morto, mais a vegetação se espraia sobre a
terra. Longe de ser sinal de abandono, para o povo Pataxó Hã-Hã-Hãe é o
cumprimento da profecia do ancião Samado Bispo dos Santos, uma das
tantas lideranças que empenharam a própria vida na retomada completa do
território indígena: sirvo de adubo para essa terra, mas daqui não saio.
Num desses lugares sagrados, onde os índios se misturam ao seu bem mais
precioso, está Galdino, morto há 15 ano ao ser queimado por cinco
jovens de classe média alta num ponto de ônibus da capital do país.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-YFta2x3dHGMrZYn-M7saEKgoWxzzYUxsm9j7qekP4ercTUWxMj6081I-d1QLT47wxjBUeBRAhEcq_NB_hxgioyG1zPRJj-5GLBmdavYXFtRtui3A6Z-g8bEjwJvpQ9eCNTuQzuh_VmI/s1600/Galdino-pataxo-i2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-YFta2x3dHGMrZYn-M7saEKgoWxzzYUxsm9j7qekP4ercTUWxMj6081I-d1QLT47wxjBUeBRAhEcq_NB_hxgioyG1zPRJj-5GLBmdavYXFtRtui3A6Z-g8bEjwJvpQ9eCNTuQzuh_VmI/s1600/Galdino-pataxo-i2.jpg" /></a></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> Galdino é índio Pataxó Hã-Hã-Hãe. De forma tímida, alguns jornais
lembraram os 15 anos da morte do indígena, mas sem o atrelar aos
episódios recentes no sul da Bahia. O que era para ser uma data
simbólica de renovação do compromisso do Estado com os povos indígenas,
tornou-se apenas mais uma praça no local em que o índio foi martirizado.
Nem mesmo a terra pela qual Galdino lutava em Brasília foi garantida
pelas autoridades. Porém, 15 anos depois do assassinato do indígena,
estando impunes os que o mataram e invadiram suas terras, o povo Pataxó
Hã-Hã-Hãe decidiu por reocupar cada palmo dos 54,105 mil hectares da
Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu. Desde janeiro, o número de
áreas retomadas passam de 70. Como acontece há quase um século, a
caminhada rumo à plenitude do território tradicional é marcada pela
violência e criminalização.</span>
</div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;"> <span style="color: white;">></span></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;">Tropa de Elite</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Na entrada do município de Pau Brasil, um grupo da tropa de elite da
Polícia Militar baiana, fortemente armado, revista veículos e indaga os
ocupantes. Desde o início das retomadas indígenas, Pau Brasil, Itajú do
Colônia e Camacan, cidades que abrangem a terra indígena, foram
invadidas por pistoleiros, na maior parte das vezes tratados como
seguranças das fazendas. São estes jagunços, com armas de grosso
calibre, conforme revelou matéria do jornal "Folha de S. Paulo" na
edição do dia 21 de abril, que vão para o confronto com os indígenas. Na
mesma reportagem, fazendeiros afirmam que pretendiam retirar os
indígenas da fazenda para não dar a entender ao Supremo Tribunal Federal
(STF), que vota a nulidade dos títulos dos invasores, que a questão já
está resolvida. Desde a primeira retomada dos Pataxó Hã-Hã-Hãe, estes
‘seguranças’ já assassinaram em emboscadas mais de 30 lideranças do povo
pataxó nos últimos anos. Como ainda restam áreas não retomadas, os
pistoleiros contratados pelos fazendeiros ficam pela cidade, ameaçando
moradores, ou buscando se entrincheirar nas fazendas em posse dos
invasores.<br /><span style="color: white;"> ></span><br />Se por um lado a pistolagem faz parte do cotidiano
dos indígenas, notícias plantadas na imprensa baiana, sobretudo pela
Rede Globo, reverberam declarações de líderes de sindicatos rurais dando
conta de que os Pataxó Hã-Hã-Hãe são invasores de terras, assassinos e
uma ameaça para a vida social e econômica da região. Os indígenas nunca
recebem espaço equânime e informações oficiais da polícia que
desconstroem as acusações são omitidas. Em conversa informal, a delegada
da Polícia Federal de Ilhéus Denise Dias afirma que os policiais nunca
comprovaram a existência de reféns nas áreas retomadas pelos indígenas e
tampouco as denúncias de sequestros, desaparecimentos e assassinatos de
fazendeiros ou trabalhadores rurais. No entanto, é taxativa ao dizer
que os dois lados estão armados.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
<span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;">Lideranças Mortas</span><br />“Os
índios não mataram nenhum fazendeiro e nenhum pistoleiro. Em todos esses
anos de luta, foram mais de 30 lideranças nossas assassinadas. Fizemos o
trabalho sem matar ninguém, porque fazemos pelo sangue derramado do
nosso povo. Totalmente diferente do que eles contam”, justifica o
cacique Nailton Muniz Pataxó Hã-Hã-Hãe. O povo possui mais de um cacique
e Nailton é um dos mais antigos. Ele lembra do massacre sofrido por seu
povo para justificar a recente onda de retomadas: “Sentimos também o
desejo de políticos nas nossas terras e isso acumulou em nós a
preocupação de nunca mais a termos. Fora o projeto de uma hidrelétrica
no rio Pardo. Nós sabemos que se for realizada essa construção, uma
parte importante da nossa terra se perderá”, pontua. Não se esquece de
Galdino e de outros mortos na luta pela terra: “Completa agora 15 anos
da morte de Galdino. Queria ter aqui a alegria de estar em paz em nosso
território. Queria ver os assassinos do Galdino e de outras lideranças
presos. Queríamos prender o fazendeiro que castrou o índio Djalma, que
arrancou suas unhas, arrancou os dentes, o couro cabeludo, que o fez
engolir os testículos e um quilo de sal até morrer”.<br /> <span style="color: white;">></span><br />Cacique
Ilza Rodrigues da Silva salienta que as ocupações foram pacíficas, mas a
postura dos jornais e das elites agrária e política é de
criminalizá-los. A Polícia Federal acompanha de perto as ações, assim
como a Fundação Nacional do Índio (Funai) está sempre nas retomadas. A
comunidade indígena, conforme Ilza, é bem vista pela população de Pau
Brasil, um dos rebolos do conflito, porque sabe que os indígenas são
importantes para a cidade. “Acusam os índios de praticar mortes, como a
de Ana Maria que foi pelas mãos dos pistoleiros. Queremos que
investiguem. Os fazendeiros dizem que são seguranças: eu penso que
segurança é a polícia, o que tem ali são pistoleiros. Não queremos tirar
a vida de ninguém, não temos esse direito. O direito que nós temos é
sobre a terra. À vida todos têm direito, assim como nós índios”, diz.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig7WdD3bg0Ga5fSgi5fp_LvWziUZLyY7v_VJ0zslhY0hXl9mIjWWGNfTjkRkMOI_gm_XRHMiCuQ-6eTKbyuies64_4ojcHdYB-4ZnRQFnMxfpnfc657ZB0-KrafIH7n1iiyneIyIgofvmm/s1600/Galdino-pataxo-terra.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig7WdD3bg0Ga5fSgi5fp_LvWziUZLyY7v_VJ0zslhY0hXl9mIjWWGNfTjkRkMOI_gm_XRHMiCuQ-6eTKbyuies64_4ojcHdYB-4ZnRQFnMxfpnfc657ZB0-KrafIH7n1iiyneIyIgofvmm/s1600/Galdino-pataxo-terra.jpg" /></a></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A situação de ocupação do território pelos indígenas nunca é fixa.
Algumas fazendas retomadas foram recuperadas pelos pistoleiros,
sobretudo na região do rio Pardo. O que é certo é que não há mais
fazendeiros, trabalhadores ou gado nas áreas. Conforme o cacique Gerson
de Souza Melo, dos 54 mil hectares, ao menos 50 mil estão na posse dos
indígenas. Por isso os conflitos são permanentes, caso do indígena
baleado na perna enquanto pescava numa das fazendas, do incêndio no
pasto em área retomada pelos indígenas e de um caminhão de fazendeiro
também incendiado.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> ></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;">Memória e resistência</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Como num eclipse alinhando a terra, o sol e a lua, outras datas se
somam aos 15 anos da morte de Galdino e representam a memória usada
pelos indígenas para, desde 1º de janeiro deste ano, tocarem uma série
de retomadas que garantiram a ocupação de quase a totalidade das áreas
invadidas por fazendeiros desde a década de 1940. Tais invasões foram
facilitadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que passou recibos
de arrendamentos de lotes da terra indígena aos latifundiários, mesmo
com ela demarcada e já da União. Duas décadas depois, nos anos 1960, a
ocupação irregular motivou o então governador baiano Antônio Carlos
Magalhães a emitir títulos de posse ilegais aos ‘proprietários’ para
‘legalizar’ a situação dos invasores. A justificativa era de que naquela
região os índios estavam extintos. São esses títulos que estão em
votação pelos ministros do STF, que decidirão se eles são válidos ou
não. O processo corre desde 1982, ou seja, há 30 anos.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">No último dia 20 de abril, os Pataxó Hã-Hã-Hãe trouxeram à memória do
povo os 20 anos da morte da índia Barretá, retirada da condição de
isolamento pela equipe de atração de José Brasileiro, homem do SPI no
Posto Indígena Caramuru que coordenou o arrendamento da terra indígena.
Barretá falava a língua Pataxó Hã-Hã-Hãe e antes de morrer, já com idade
bem avançada, deixou uma cartilha oral, subsídio usado nas tentativas
de se recuperar a fala do povo. A índia foi retirada da mata à força ao
lado de outros índios, entre eles Onhak, Zé Índio, Maria Butx e Txitxiá.
Juntos viviam numa aldeia chamada Pedra do Couro Danta, na base de um
grande rochedo. A área estava dentro das 50 léguas em quadra (mais de
200 mil hectares) proposta inicialmente pelos trabalhos fundiários de
1926, que a demarcação de 1936 reduziu para 54 mil hectares e deixou de
fora a aldeia. A violência na região, portanto, atende aos casos mais
clássicos de massacres cometidos contra as populações indígenas nas
Américas.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;"> <span style="color: white;">></span></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;">Rancho Queimado</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O cacique Nailton, como todos na Terra Indígena Caramuru-Paraguassu,
desde pequenos convivem sob esse estigma. Nailton nasceu numa aldeia
chamada Rancho Queimado, que tem esse nome pelo fato de que no lugar foi
construído um rancho para os marcadores delimitarem a terra indígena,
em 1926. Os fazendeiros atearam fogo na moradia e daí surge a
denominação da aldeia. Apenas dez anos depois os trabalhos foram
retomados. Iline Brasileiro da Silva lembra o período posterior à
demarcação. Durante a década de 1940 ele viveu no posto indígena ao lado
de seu pai, José Brasileiro. “O SPI mandava arrendar as terras. Foram
muitas mortes mesmo. Todo fazendeiro era arrendatário e os que não eram
meu pai expulsava”, lembra Iline numa esquina pacata de Itaju do
Colônia.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Era um tempo, de acordo com depoimentos deixados por Barretá, em que
os indígenas chamavam seus algozes, fossem da SPI ou fazendeiros, de
papai. “Ela dizia que os castigavam amarrando-os na árvore (que está na
aldeia até hoje) sob o sol, com espancamentos e davam sal para eles
comerem. Nesse sofrimento, os índios choravam e chamavam: papai, papai,
papai. Tudo isso justifica retomarmos o que é nosso e foi roubado com
muito sofrimento do nosso povo”, ataca o cacique Reginaldo Pataxó
Hã-Hã-Hãe.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Ele aponta a aldeia Barretá como o marco zero da posse dos indígenas
sobre o território, pois ali foi montado o Posto Indígena Caramuru,
foram feitas as atrações e dali as medições da terra partiram. Ele
explica que o objetivo das retomadas não é só para garantir a posse da
terra, mas também as riquezas naturais que existem já reduzidas pela
ação depredatória da pecuária. “Nos preocupamos em reocupar a área até
que o STF julgue. Assim podemos garantir que as terras estejam em nossas
mãos. Queremos garantir aos nossos filhos a posse da terra e a
recuperação das riquezas naturais”, define. Reginaldo salienta, no
entanto, que as retomadas trouxeram ameaças e hoje não se pode caminhar
pelos municípios do entorno.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“Esses dias saiu matéria de demissões no comércio e usaram um lugar
que já estava fechado há muitos e muitos anos. Dados do IBGE de 2010
mostram que os índices sempre foram baixos em Itjau do Colônia, por
exemplo. O município vive de receita do governo federal e não tem nada
que cria receita. Há sim um latifúndio criador de gado; esses bois não
ficam no município e tampouco trazem recursos. Com essas terras em
nossas mãos, vamos gerar renda para o município, porque defendemos a
diversidade e a não exploração capitalista das terras. Com fé em Tupã
vamos vencer”, ressalta.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> ></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: red;">Depoimento: ameaças de morte e medo</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Cacique Gerson Pataxó Hã-Hã-Hãe: </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“Eu já fui sequestrado por fazendeiro, preso duas vezes, saí em porta
mala de fusca da cidade. Depois que me elegi vereador, o carro da Funai
que me levava para as sessões e buscava. Foi atacado e ficou crivado de
tiros. Tem um pistoleiro chamado de Remilson e mandou recado dizendo
que só sai da área quando estourar minha cabeça. Já me caçaram na
estrada. Corro risco de morte. Isso já vem de muitos anos. Eu estou com
medo de morrer”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“A violência aumentou. Não deixam nem o carro pipa entrar na área
para trazer água para a comunidade. Estamos com 1.200 alunos sem
estudar, porque não podem sair da terra indígena. Esperamos que o
julgamento saia logo. A terra da gente foi demarcada em 1936. Essa ação
que está no supremo é para julgar nulidade de título, não a demarcação.
Então, como é que o STF vai julgar como legítimo os títulos se a terra é
da União? Como o governo da Bahia dá título de uma terra que não é
dele? Pedimos aos ministros que pensem nisso”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">As declarações são ainda mais contundentes quando se observa o tempo
levado para a decisão da Justiça. No processo do STF está claro: dos 396
réus do processo, 336 já foram indenizados. A maioria não possui
títulos de posse e já foram até indenizados pela Funai. Além disso,
quatro perícias foram feitas e que comprovaram a ocupação nos 54,105 mil
hectares. “Numa das fazendas do Durval Santana que ainda não retomamos
está um dos marcos”, se indigna Gerson. O sentimento se expande aos
outros caciques. Caso do jovem Josivaldo Reis dos Santos.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">“Aqui queremos a terra. Índio não quer casa bonita, sede de fazenda.
Queremos a terra, que é nossa. Somos um povo de raízes e aqui é nossa
casa. Perto dos dez anos de idade começo a lembrar de muita gente que
morreu. Samado, meu avô, foi preso pelos homens de Geno (primeiro
fazendeiro de quem os indígenas retomaram terras) e trancado dentro de
um banheiro cheio de imundices. Isso é considerado tortura hoje em dia.
Os mais velhos correram longas datas pelo mato para fugir de
pistoleiros”, afirma Josivaldo.</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><a href="http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/noticias/2833-galdino-pataxo-15-anos-depois-de-morto-luta-de-seu-povo-continua">Caros Amigos </a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-12661239017562129952012-04-24T11:49:00.004-03:002012-04-24T11:49:43.135-03:00Os desafios da esquerda na gestão municipal, segundo Pochmann<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0ESjIWWuj2yybC2qK47c4Nz-LSfard4Kof0IVCBz1qe5dwTsStsUaC7ydYTtOgnFoSdXK4uCsIIKb1JxwkIjKrqI9oMPhqh_nTQnn0UYkyGgAIQ0Y6mV7un5QR5MqCPXPqyP9njArZcsm/s1600/marcio_pochmann_ipea_272_398.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0ESjIWWuj2yybC2qK47c4Nz-LSfard4Kof0IVCBz1qe5dwTsStsUaC7ydYTtOgnFoSdXK4uCsIIKb1JxwkIjKrqI9oMPhqh_nTQnn0UYkyGgAIQ0Y6mV7un5QR5MqCPXPqyP9njArZcsm/s1600/marcio_pochmann_ipea_272_398.jpg" /></a></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i><b>O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, e o ex-ministro da
Educação, Fernando Haddad, vão concorrer às prefeituras de Campinas e
São Paulo, respectivamente, por interferência direta do ex-presidente, e
dentro de um projeto de mudança no perfil de um partido que, para
Lula, esgotou o ciclo que vai de sua criação até a ascensão social de
grandes massas da população não organizadas. </b></i></span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><i><b>></b></i></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
São Paulo - A intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
nas eleições dos dois mais importantes municípios paulistas - São
Paulo, capital e Campinas – tem um objetivo que transcende o pleito de
outubro. Lula colocou em andamento uma estratégia que consiste em
oxigenar o PT via seu núcleo paulista, estruturado a partir dos
movimentos sindicais dos anos 80, e trazê-lo para uma realidade de
democracia consolidada no país, mas de onde emerge uma classe
desgarrada do sindicalismo, das associações de base ou da militância em
movimentos sociais.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Essa visão dos desafios que o partido terá que enfrentar para se
adequar a esse novo ciclo político foi exposta por Lula ao economista
Márcio Pochmann, no ano passado, quando o chamou para conversar sobre a
possibilidade de aceitar a candidatura petista à prefeitura de
Campinas. Simultaneamente, Lula investiu no seu ex-ministro da
Educação, Fernando Haddad, para que assumisse igual papel, em outubro,
na disputa pela prefeitura da maior cidade do país e da América Latina,
São Paulo.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Pochmann e Haddad têm biografias parecidas. Ambos, muito jovens,
estavam nas articulações que resultaram na fundação do PT. Os dois, em
algum momento, tornaram-se quadros intelectuais do partido, ao seguirem
carreira acadêmica. Ambos integraram a administração de Marta Suplicy
(2001-2004) - Pochmann comandou a pasta do Trabalho e Haddad foi chefe
de gabinete da Secretaria de Finanças, cujo titular era João Sayad.
Haddad foi ministro de Lula; Pochmann assumiu, em 2007, a presidência
do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Ambos podem ser enquadrados na classificação de "técnicos", por terem
feito carreiras mais ligadas à academia do que à política
institucional, mas não há como negar que, também por essas qualidades,
foram parte e articuladores de políticas de gestão pública importantes.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
"O PT é muito grande e terá candidatos a prefeitos de diversas origens.
Haddad e eu somos os únicos que viemos do sistema universitário e com
experiências mais intelectuais", afirmou Pochmann, em entrevista à
Carta Maior. A escolha de dois acadêmicos que tiveram experiências na
gestão pública federal, na opinião do pré-candidato em Campinas, é uma
inversão na ideia de que uma prefeitura é apenas o início de uma
carreira política: o espaço municipal é retomado como um elemento
fundamental para o êxito de políticas públicas. “O sucesso do governo
federal em políticas públicas decorre de experiências exitosas de
prefeituras, como os bancos populares municipais, o orçamento
participativo, políticas de distribuição de renda e o próprio Sistema
Único de Saúde (SUS)”, afirma Pochmann.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
O movimento municipalista dos anos 70 e 80, se foi fundamental para a
inovação da gestão, vive hoje uma fase de esgotamento, pela
“pasteurização das políticas públicas”, afirma o economista. As
inovações daquele período foram absorvidas indistintamente pelas
administrações municipais, independentemente dos partidos políticos a
que pertenciam os gestores. Pochmann acredita que desafio para ele e
Haddad é propor um novo ciclo de renovação de políticas públicas, numa
realidade econômica em que o país tem uma melhor distribuição de renda e
adquire maior importância no cenário internacional.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Pochmann, que se intitula da “esquerda democrática, que tem como valor
fundante a radicalização da democracia”, considera que essa vertente
ideológica tem desafios próprios. O primeiro deles é o de reconhecer
“um certo esgotamento da experiência democrática representiva” e, a
partir daí, avançar e propor novos instrumentos de participação da
população na gestão municipal. Um avanço seria associar os conselhos
municipais, que hoje existem em todas as áreas da administração, a
orçamentos participativos territorializados. “Hoje há áreas geográficas
enormes, com grandes populações, e a ideia de um município
centralizado na prefeitura, em um único espaço, distancia a
participação popular”, afirma o presidente do Ipea.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
Outro desafio, segundo o pré-candidato, será lidar com cidades que
tiveram uma forte experiência industrial e hoje se transformam em
municípios de serviços. A cidade industrial empurrou as pessoas mais
pobres para as periferias e comprometeu uma grande parte do tempo das
pessoas com todos tipos de deslacamento. A cidade de serviços, com o
avanço das tecnologias de informação e comunicação, não pressuporá
grandes deslocamentos “se houver uma mudança da centralidade da
cidade”. O novo modelo é aquele em que o trabalho e a residência são
mais próximos, “com forte presença do espaço público e da educação, que
é o principal ativo dessa sociedade”, diz Pochmann.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">> </span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">
O outro grande desafio é a alteração na demografia das grandes cidades
brasileiras. “Estamos vivendo uma transformação importante na queda da
fertilidade brasileira e em duas décadas teremos uma regressão absoluta
no número de habitantes e um aumento na proporção de pessoas idosas”,
observa. Esta é uma realidade para a qual o país não está preparado.
“Vão sobrar escolas, haverá uma mudança no perfil profissional da
população e será uma sociedade de jovens e adultos muito complexa, com
forte dependência do conhecimento”.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="color: blue; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://contextolivre.blogspot.com.br/2012/04/os-desafios-da-esquerda-na-gestao.html" style="color: #990000;">Com Texto Livre </a></span></div>
<div style="color: blue; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: #990000;">Maria Inês Nassif</span><br /><span><span style="color: #990000;">No</span> <a href="http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20019&boletim_id=1175&componente_id=18807" style="color: #990000;" target="_blank">Carta Maior</a></span></span>
</div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-47150071743841543112012-04-24T08:30:00.000-03:002012-04-24T09:40:28.756-03:00O colonialismo liberal europeu mostra a sua face<div class="MsoNormal" style="font-family: Verdana,sans-serif; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b>É o cúmulo do absurdo que o Parlamento Europeu, que
reúne representantes do povo, se preste a votar uma resolução contra a
Argentina, em defesa dos interesses de uma multinacional<i> </i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana,sans-serif; font-size: small;"><i>Por Eduardo Febbro, de Paris [20.04.2012 14h00]</i></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"> </span></div>
<br />
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><i>Publicado por <a href="http://www.cartamaior.com.br/" style="color: #990000;">Carta Maior</a></i></b></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><b><i> <span style="color: white;">.</span></i></b></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Os impérios do Ocidente estão nervosos. A decisão da presidenta
argentina de renacionalizar os recursos petrolíferos do país reativou
nos europeus o ímpeto da ameaça e da desqualificação, assim como a
política dos valores em escala variável. O santo mercado tem
prerrogativas acima de qualquer oposição. Além da agressiva campanha que
se desatou na Espanha em defesa de uma companhia que, na realidade,
sequer é espanhola, a União Europeia somou seus votos em respaldo à
multinacional. A inesgotável e esgotadora responsável pela diplomacia da
UE, Catherine Ashton, advertiu que a decisão argentina “era um muito
mau sinal” para os investidores estrangeiros. Por sua vez, o presidente
da Comissão Europeia José Miguel Barroso, disse que estava muito
“decepcionado” pela medida de Buenos Aires. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">.</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O vice-presidente da Comissão Europeia, o italiano Antonio Tajani,
sacou um leque de ameaças: "Nossos serviços jurídicos estudam, de acordo
com a Espanha, as medidas a adotar. Não se exclui nenhuma opção",
disse. Cúmulo do absurdo, o Parlamento Europeu de Estrasburgo, que reúne
os representantes do povo, se presta a votar uma resolução contra a
Argentina. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">.</span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Um traço mais da confusão que leva a uma instituição política,
surgida do voto popular, a clamar pelos interesses de uma multinacional.
O Parlamento Europeu nada fez para denunciar as empresas do Velho
Continente que, em nome da segurança jurídica, investiam e investem seus
capitais em países amordaçados por regimes assassinos que, ao mesmo
tempo que ofereciam segurança jurídica aos investidores, jogavam seus
povos no poço da repressão, da corrupção, do assassinato das liberdades e
da pobreza. A defesa dos interesses nacionais contra os do mercado é
algo que ficou na garganta da muito liberal União Europeia. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="color: white;">></span> </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A UE revisitou seus “valores” recentemente, no ano passado: em troca
da ajuda aos países árabes, a UE pede eleições democráticas, luta contra
a corrupção, abertura comercial e proteção dos investimentos. Antes,
não lhe importava que um punhado de ditadores e autocratas esmagassem
seus povos enquanto a abertura comercial e a proteção dos investimentos
estivessem garantidas. A fonte da democracia fechava os olhos enquanto
suas empresas pudessem operar a seu bel-prazer. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A mesma dupla linguagem, duplo valor, envolve a escandalosa política
das subvenções agrícolas da UE. Instrumento de destruição dos mercados,
perverso mecanismo de falsificação dos preços internacionais, as
subvenções se aplicam em apoio a uma corporação, a dos agricultores.
Pouco importa que o planeta pague pela proteção de um setor. O porta-voz
do Comissário Europeu para o comércio, John Clancy, disse ao canal
EuroNews que a decisão da presidenta “destrói a estabilidade que os
investidores procuram”. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Tocar numa empresa europeia é sinônimo de uma declaração de guerra ou
de pisotear a identidade. Hoje reúnem o Parlamento Europeu, em outras
épocas talvez tivessem enviado a marinha para bloquear o porto de Buenos
Aires como ocorreu em 1834, quando Juan Manuel de Rosas se negou a que
os súditos franceses ficassem isentos de suas obrigações militares e
decidiu impor um gravame de 25% às mercadorias que chegavam do exterior
com destino a Buenos Aires.</span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A imprensa europeia e os analistas propagam um cúmulo alucinante de
omissões e mentiras. Frases como “nacionalismo petroleiro” ou “tentação
intervencionista” do Estado argentino, se tornaram uma consigna repetida
em todas as colunas. Como se qualificaria então a defesa de uma empresa
por parte das instituições políticas da União? Euro-nacionalismo de
mercado, escudo político para os interesses privados, etnocentrismo
liberal? </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">E, assim mesmo, o discurso do nacional contra o global, do local
contra o multilateral não é uma exclusividade peronista. O próprio
presidente francês, Nicolas Sarkozy, o reativou com um vigoroso discurso
durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais do dia 22
de abril e seis de maio (primeiro e segundo turno). O presidente
candidato propôs renegociar o acordo de Schengen que regula e garante a
livre circulação das pessoas e revisar os acordos comerciais que ligam
os 27 países membros da União Europeia. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">No primeiro caso e por razões claramente eleitorais, Sarkozy
considera que os acordos de Schengen não permitem regular para baixo os
fluxos migratórios. No segundo, que tem dois capítulos, se trata
primeiro de instaurar na Europa um mecanismo similar ao Buy Act American
com um “Buy European Act” a fim de que as empresas que produzem na
Europa obtenham dinheiro público em caso de licitações. Em segundo
lugar, Sarkozy exigiu à Comissão Europeia que imponha um critério de
reciprocidade a seus sócios comerciais. Sarkozy disse em seu discurso:
“A Europa não pode ser a única região do mundo que não se defende. (…).
Não podemos ser vítimas dos países mais fortes do mundo”. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Isto pode ter vigência também para o resto do planeta. O patriotismo
europeu bem vale o suposto “patriotismo petroleiro”. Ali onde se
encontra em desvantagem, a UE impõe seus limites, ativa seu <i>lobby</i>
ou bota suas instituições democráticas a atuar como polícia
moralizadora. O livre comércio e o direito monárquico das empresas sobre
os recursos naturais, a vida humana e as geografias não é o último
estado da humanidade. Há vida depois de tudo, antes e depois da Repsol. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Todo o aparato jurídico da UE se colocou em marcha para sancionar isso que o jornal espanhol <i>El País</i>
chama “o vírus expropriador” de Cristina Fernández de Kirchner. O
“vírus” do mercado global começa a fazer seu trabalho. A UE está
ofendida. Tocaram em seu filho pródigo, a liberdade de brincar com o
destino dos povos em benefício de suas empresas. Uma guerra moderna onde
o gigante vai sancionar um sócio que deixou de apostar em um tabuleiro
onde só ganham os capitais que se volatilizam como os valores
democráticos e de justiça que defenda a sacrossanta União. Seu hino à
liberdade é geométrico. Enquanto a grana encha seus bancos, o sangue
pode correr, como na Tunísia, Líbia, Egito e tantas outras ditaduras
africanas que proporcionam o petróleo para acender as luzes de um século
cujo destino está em mãos privadas e suas instituições às ordens das
entidades financeiras e das empresas. </span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> <span style="color: white;">></span></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Tradução: Libório Junior</span></div>
<div style="color: white; font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">></span></div>
<div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_noticia.php?codNoticia=9835%2Fo-colonialismo-liberal-europeu-mostra-a-sua-face" style="color: #990000;">Revista Fórum</a></span></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4339298396865316950.post-817318771704278992012-04-22T09:50:00.000-03:002012-04-22T09:50:25.674-03:00Da Servidão Moderna - Jean-François Brient<div style="text-align: center;">
<br /><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Sgd4xLmLBrc" width="520"></iframe></div>Diário do Cézar Mirandahttp://www.blogger.com/profile/13472617507958345146noreply@blogger.com0