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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A nova rotina do poder: PMDB, os mercados, o general e os compromissos de campanha.

O fotógrafo Roberto Stuckert Filho não terá a mesma sorte do irmão Ricardo. Este acompanhou Lula por oito anos e produziu centenas de imagens memoráveis de um presidente comunicativo e um animal político em essência. Se a primeira semana de Dilma Rousseff no poder for um parâmetro dos próximos quatro anos, Roberto realizará uma produção bem menos profícua. Não que a presidenta seja totalmente refratária aos holofotes, mas as suas primeiras cem horas no poder reapresentam ao público seu velho estilo: uma dirigente focada, organizada e amante da pontualidade. Um ministro dos tempos de Lula mantido no cargo e que despachou com Dilma duas vezes na primeira semana de governo assim resumiu seu espírito: “Se o Lula disse que precisaria desencarnar da Presidência, posso garantir, a Dilma já a encarnou. Totalmente”.
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Dilma tem chegado ao Planalto por volta das 9 da manhã. Antes, na Granja do Torto, onde vive provisoriamente com a mãe, Dilma Jane, enquanto Lula desocupa o Palácio da Alvorada, caminha e lê os jornais. Entre as 9 e as 10 da manhã despacha com os assessores mais próximos: Giles de Azevedo, seu chefe de gabinete, e os ministros Helena Chagas, da Secretaria da Comunicação, e Antonio Palocci, da Casa Civil. É a hora de discutir o noticiário e preparar a agenda do dia.
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E haja assunto. Em cinco dias, Dilma teve de lidar com a insaciável fome do PMDB, em disputa por espaço com o PT, e o conhecido jogo dos mercados financeiros, disposto a testar a credibilidade da equipe econômica logo nas primeiras horas. Nada tirou seu bom humor até agora, exceto as declarações do general José Elito Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional (reportagem à pág. 34). Em sua posse, instigado por um repórter da Folha de S.Paulo, disse que o Brasil não precisaria se envergonhar por ainda existirem desaparecidos políticos da época da ditadura. Em consequência, entra para a história como o primeiro ministro a receber uma reprimenda da presidenta. Siqueira pediu desculpas e disse ter sido mal interpretado.
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A presidenta optou, na primeira semana, por almoçar no Planalto, mas não fez do momento um horário de trabalho. Não há uma dieta especial – ela tem tentado compensar os quilos ganhos durante a campanha com as caminhadas matutinas. Além de Palocci e Helena Chagas, os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Míriam Belchior, do Planejamento, são figuras constantes em seu gabinete. Sua jornada de trabalho normalmente se estende até as 9 da noite. Uma de suas obsessões é a pontualidade, tanto que ordenou a instalação de um relógio de parede no gabinete, com fundo branco e números pretos para facilitar a visualização e controlar o horário das reuniões.
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Fonte Carta Capital

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