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terça-feira, 22 de março de 2011

Brasil pede cessar fogo na Líbia. E a China eleva o tom contra os Estados Unidos

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
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Brasília - O governo brasileiro manifestou hoje (21) formalmente a expectativa de um cessar-fogo efetivo na Líbia, com o fim dos ataques aéreos e das hostilidades entre grupos rivais no país.
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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores defende o fim dos ataques e destaca a necessidade de garantir a proteção da população civil e de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito entre partidários e opositores do regime de Muammar Khadafi.
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“O Brasil reitera sua solidariedade com o povo líbio na busca de uma maior participação na definição do futuro político do país, em ambiente de proteção dos direitos humanos”, diz o texto divulgado na noite de hoje (21). [leia a íntegra da nota AQUI]
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A iniciativa brasileira segue o exemplo da Turquia e da Índia, que defendem o cessar-fogo e pedem a Khadafi que entregue o poder como forma de acabar com o impasse e os confrontos na região.
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No comunicado, o Itamaraty também reafirma o apoio do Brasil às intervenções da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Comitê ad hoc de Alto Nível estabelecido pela União Africana União Africana, que tentam negociar uma solução para a crise na Líbia.
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Edição: João Carlos Rodrigues
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China eleva o tom contra os ataques da coalizão à Líbia

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O principal jornal da China intensificou, nesta segunda-feira, a oposição de Pequim aos ataques aéreos ocidentais na Líbia, acusando os países que apoiam os ataques de violar regras internacionais e arriscar novos tumultos no Oriente Médio. A mais forte condenação chinesa das manobras do Ocidente contra as forças do líder líbio Muammar Gaddafi apareceu no Diário do Povo, órgão do Partido Comunista, e mostrou como o conflito militar pode se tornar uma nova frente de atrito entre Pequim e Washington.
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O jornal usou palavras pouco veladas para acusar os Estados Unidos e seus aliados de violar regras internacionais, embora a China não tenha chegado a vetar a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que efetivamente autorizou os ataques aéreos. O diário apontou semelhanças entre a iniciativa na Líbia à invasão norte-americana do Iraque em 2003, e deu a entender que segue um padrão de interferência do Ocidente nos assuntos de outras nações.
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“As tempestades ensanguentadas que o Iraque sofre há oito anos e o sofrimento indizível de seu povo são um reflexo e um alerta”, disse o comentário do Diário do Povo.
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“Os ataques militares à Líbia são, após as guerras no Afeganistão e no Iraque, a terceira vez que alguns países lançaram ações armadas contra países soberanos”, disse em referência aos EUA e seus aliados.
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“Deveria ser notado que toda vez que meios militares são usados para lidar com crises, é um golpe na Carta das Nações Unidas e nas regras das relações internacionais.”
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O comentário apareceu sob o nome de Zhong Sheng, pseudônimo que em chinês se parece a “Voz do Centro,” dando a entender que verbaliza a opinião do alto escalão do governo.
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Sobre a resolução aprovada na ONU para atacar a Líbia:
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O documento recebeu a aprovação de 10 países -  Grã Bretanha, França, Estados Unidos, Líbano, Colômbia, Nigéria, Portugal, Bósnia e Herzegovina, África do Sul e Gabão - nenhum voto contra e cinco abstenções - Brasil, Rússia, China, Índia e Alemanha. 
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Leia mais no Redecastorphoto 
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Postado no Folha 13

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