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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Os frutos podres do exemplo de Bolsonaro

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A falta de, sequer, uma avertência ao ato de racismo praticado pelo deputado Jair Bolsonaro – que, espertamente, desviou o foco para a questão da homofobia e ainda se projetou – está frutificando num sentimento cada vez maior de impunidade em relação à discriminação racial.
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Mesmo com a denúncia do jornal O Dia de que uma empresa aceitava, pela internet, pedidos de empregadas domésticas especificando a cor da “cútis” para escolher as candidatas, o site, até o meio-dia de hoje, continuava a colocar esta opção de seleção.
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É inacreditável que num país que inscreveu o racismo como crime inafiançável – sobretudo como advertência para que o preconceito não se transformasse em atos concretos de discriminação – isto esteja acontecendo.
Não faz muito escrevi aqui que o Brasil tem uma elite saudosa da escravidão.
E ainda prefere que os escravos sejam brancos.
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Vou procurar meu companheiro e amigo Edson Santos oferecer meu apoio á iniciativa que ele anunciou de procurar a Polícia Federal para que ela tome providências contra a empresa responsável por isso. O que, aliás, não precisaria nem ser pedido.
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