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Barack Obama aplicou seu melhor talento ao anunciar a morte de Bin Laden: a oratória.
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Foi um discurso comovente, com ecos do Discurso de Gettysburg, de Lincoln: na vitória ou na derrota, celebrar os vivos, os combatentes que sobreviveram.
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A descrição do que foi feito para pegar Bin Laden num condomínio a uma hora de distância do centro de Islamabad, capital do Paquistão, deixa algumas dúvidas:
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- os Estados Unidos podem confiar no aliado Paquistão ? – como se pergunta o colunista Kristof do New York Times
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- a Al Qaeda vai acabar ?
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- os terroristas mundo afora vão se vingar ?
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- Bin Laden vai se tornar um mártir ? (as primeiras notícias diziam que o corpo dele estava com os americanos; depois, que tinha sido lançado ao mar)
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Obama telefonou logo ao ex-presidente George W. Bush para dar a notícia.
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As ruas das principais cidades americanas se encheram de júbilo, noite adentro.
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Líderes americanos – mesmo de oposição – celebraram a vitória.
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A morte de Bin Laden reelege Obama ?
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Kristof acha que não.
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Lembra que Bush pai saiu da primeira Guerra do Iraque com a popularidade perto dos 90% e perdeu a eleição para um desconhecido governador, Clinton, de um pequeno estado, Arkansas, por causa da economia.
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Podia dizer também que Churchill ganhou a Guerra e perdeu a eleição seguinte para um obscuro líder trabalhista, Clement Atlee.
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Este ansioso blogueiro se permite discordar.
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Bin Laden e a queda das Torres Gêmeas têm significado muito mais profundo para a alma americana.
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O sentimento nacional, hoje, é de vingança.
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E de júbilo.
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A auto-estima nacional se reforça num momento de apreensão por causa da economia e do desemprego.
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Obama cala a boca dos ultra-radicais do Partido Republicano, como o vice-presidente de Bush, Dick Chenney, que acusa Obama de ser frouxo com o terror.
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Obama fez o que o republicano Bush não fez: matou o inimigo público numero 1.
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Mostrou que, se o telefone vermelho tocar de madrugada, ele sabe como responder.
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(Na campanha pela indicação do Partido Democrata, Hillary Clinton disse que Obama não saberia o que fazer se o telefone vermelho tocasse de madrugada.)
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No discurso de ontem, Obama descreveu o longo processo de investigação (da CIA, seguramente) que ele acompanhou, pessoalmente, até dar a ordem de atacar, na sexta-feira de manhã.
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O Partido Republicano, de oposição, não tem programa econômico, além de reduzir os impostos dos ricos e subtrair serviços públicos de assistência aos pobres.
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E não tem candidato – como o PSDB, que, inevitavelmente, lançara Luciano Huck em 2014.
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Além do mais, a economia americana não vai afundar.
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Como diz a revista Economist, o pessimismo em relação à economia americana costuma dar prejuízo a longo prazo.
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A economia vai mal.
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Obama não foi exatamente eficaz na gestão da economia.
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Mas, os Republicanos não têm alternativa convincente.
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Digamos que, aí, fique zero a zero.
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Então, Bin Laden reelege Obama.
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Paulo Henrique Amorim
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Foi um discurso comovente, com ecos do Discurso de Gettysburg, de Lincoln: na vitória ou na derrota, celebrar os vivos, os combatentes que sobreviveram.
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A descrição do que foi feito para pegar Bin Laden num condomínio a uma hora de distância do centro de Islamabad, capital do Paquistão, deixa algumas dúvidas:
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- os Estados Unidos podem confiar no aliado Paquistão ? – como se pergunta o colunista Kristof do New York Times
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- a Al Qaeda vai acabar ?
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- os terroristas mundo afora vão se vingar ?
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- Bin Laden vai se tornar um mártir ? (as primeiras notícias diziam que o corpo dele estava com os americanos; depois, que tinha sido lançado ao mar)
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Obama telefonou logo ao ex-presidente George W. Bush para dar a notícia.
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As ruas das principais cidades americanas se encheram de júbilo, noite adentro.
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Líderes americanos – mesmo de oposição – celebraram a vitória.
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A morte de Bin Laden reelege Obama ?
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Kristof acha que não.
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Lembra que Bush pai saiu da primeira Guerra do Iraque com a popularidade perto dos 90% e perdeu a eleição para um desconhecido governador, Clinton, de um pequeno estado, Arkansas, por causa da economia.
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Podia dizer também que Churchill ganhou a Guerra e perdeu a eleição seguinte para um obscuro líder trabalhista, Clement Atlee.
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Este ansioso blogueiro se permite discordar.
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Bin Laden e a queda das Torres Gêmeas têm significado muito mais profundo para a alma americana.
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O sentimento nacional, hoje, é de vingança.
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E de júbilo.
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A auto-estima nacional se reforça num momento de apreensão por causa da economia e do desemprego.
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Obama cala a boca dos ultra-radicais do Partido Republicano, como o vice-presidente de Bush, Dick Chenney, que acusa Obama de ser frouxo com o terror.
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Obama fez o que o republicano Bush não fez: matou o inimigo público numero 1.
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Mostrou que, se o telefone vermelho tocar de madrugada, ele sabe como responder.
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(Na campanha pela indicação do Partido Democrata, Hillary Clinton disse que Obama não saberia o que fazer se o telefone vermelho tocasse de madrugada.)
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No discurso de ontem, Obama descreveu o longo processo de investigação (da CIA, seguramente) que ele acompanhou, pessoalmente, até dar a ordem de atacar, na sexta-feira de manhã.
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O Partido Republicano, de oposição, não tem programa econômico, além de reduzir os impostos dos ricos e subtrair serviços públicos de assistência aos pobres.
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E não tem candidato – como o PSDB, que, inevitavelmente, lançara Luciano Huck em 2014.
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Além do mais, a economia americana não vai afundar.
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Como diz a revista Economist, o pessimismo em relação à economia americana costuma dar prejuízo a longo prazo.
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A economia vai mal.
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Obama não foi exatamente eficaz na gestão da economia.
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Mas, os Republicanos não têm alternativa convincente.
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Digamos que, aí, fique zero a zero.
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Então, Bin Laden reelege Obama.
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Paulo Henrique Amorim
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